Grupo de Estudo –
Gira de desenvolvimento Baianos – 09/02/2013
Tema 1: Quaresma na
Umbanda
“A palavra Quaresma
vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta
dias que antecedem a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo
de Páscoa. Esta prática segundo alguns, se consolidou no final do século III,
tendo sido citado no 1° Concílio de Nicéia, no ano 325. Na Quaresma, que começa
na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os
católicos realizam a preparação para a Páscoa.
Essencialmente, o período é um retiro
espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e
penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo,
ressuscitado no Domingo de Páscoa.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o
universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na
terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está
baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos
quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo
deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias
que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que
durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre
antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um
clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.
O espírito da quaresma deve ser como
um retiro coletivo de quarenta dias,
propondo um retiro como Jesus no
deserto, se prepara para a celebração das solenidades pascoais, com a
purificação do coração, uma prática perfeita da vida cristã e uma atitude
penitencial.
“...Jesus, antes de
iniciar sua vida pública, passou pelo ritual de purificação, foi ao deserto e
jejuou quarenta dias e quarenta noites (Mateus 4,2) para preparar-se para sua
missão. E depois, ressuscitado, permaneceu quarenta dias com os apóstolos (Atos
1,3) ensinando-os, renovando-os para a nova fase da missão.
E por que quarenta? Até a ciência
moderna utiliza o termo quarentena para determinar o isolamento por perigo de
contaminação de doenças. De onde vem esse número? Quarenta é o número de
semanas que demora para a gestação de um ser humano, o tempo que levamos para
adquirir vida, desenvolver um organismo apto a sobreviver. A quaresma é um
período entendido e tratado de maneira peculiar na visão de diversas religiões,
mas na sua essência representa um processo necessário na vida de todo ser humano,
a reflexão buscando auto conhecimento.
Todo espiritualista sabe e se prepara
para as alterações energéticas geradas durante os três ciclos (Carnaval,
Quaresma, Semana Santa),
Se a Umbanda é uma religião Cristã,
porque não deveríamos seguir o exemplo do nosso mestre, que antes de iniciar
uma nova fase, um ciclo que deixaria marcas na eternidade, guardou silêncio,
refletiu, lutou contra seus demônios interiores e venceu.
Cada umbandista sabe que a mudança faz
parte do aprendizado e crescimento espiritual, devemos vencer os demônios da
vaidade, inveja, egoísmo e tantos outros, para merecer a oportunidade de
trabalhar na corrente de um terreiro.
Umbandista, entre nesta vibração que
está sendo gerada pelos seguidores de várias religiões e retire o melhor que
puder para sair renovado e ter condição de assumir a grande e difícil
responsabilidade de ajudar o próximo, sem julgamentos, sem preconceito,
seguindo mais uma vez o exemplo do mestre.
Se há tantos espíritos perturbados
soltos durante a quaresma, é justamente nela que precisamos trabalhar para
auxilio deles e de quem mais nos procurar.
Sendo
assim a quaresma representa uma ideia de
renascimento, na Umbanda ela representa uma nova chance de remissão para
aqueles que, no mundo espiritual, foram os aprisionados de acordo com a lei e
justiça divinas. A estes, então, é oferecida a liberdade e a oportunidade de
recomeçar.
Porém,
infelizmente, para muitos espíritos essa é apenas uma oportunidade de se verem
libertos para voltar a praticar o mal, inclusive contra aqueles ligados à causa
de seu aprisionamento.
Por
isso, todos nós, mas principalmente aqueles que trabalham sua mediunidade,
devemos ficar, durante esse período, mais vigilantes e cuidadosos do que nunca
com as influências energéticas negativas, tanto as mentais quanto as
espirituais.
O que é possível fazer para evitar
esse tipo de interferência em nossas vidas, decisões e atitudes?
Primeiramente, é preciso estar atento a padrões incomuns de pensamento,
atitudes, comportamentos ou sentimentos negativos, ou porque normalmente não
acontecem, ou porque passam a acontecer nessa época de forma mais acentuada.
Além disso, atentar também para distúrbios de sono e de humor, dores de cabeça
sem causa aparente ou recaídas de uma forma geral, sobretudo com relação a
vícios. É importante ainda evitar os excessos, principalmente no consumo de
álcool e/ou de outras drogas que alteram o estado de consciência e, portanto,
deixam a mente mais suscetível a influências externas.
De
forma prática, auxilia manter sua vela de anjo da guarda permanentemente acesa
e fazer banhos freqüentes de defesa. Recorrer à ajuda que as entidades nos
oferecem com muito amor também é de grande importância, seja através da
aplicação de passes ou através das consultas.
Vale
lembrar que ataques e influências externas negativas não acontecem apenas nesse
período, mas nesse período podem tornar-se mais freqüentes ou incisivos. Da
mesma forma, velas e banhos não são ferramentas ou formas definitivas de
proteção contra más influências específicas do período da quaresma, são
instrumentos de que podemos nos valer em todos os dias do ano, mas que nesse
período nos são de especial utilidade.
Quando
o Mestre Jesus aconselhou os seus discípulos com a frase, "Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação; o espírito na verdade, está pronto, mas a carne é
fraca... na vossa paciência salvai vossas almas." ele os
alertava para que estivessem atentos aos seus sentimentos, e atitudes pois a
matéria é suscetível às vibrações negativas. A densidade da matéria faz com que
ela seja propícia à interferência das forças do meio ambiente e também de
forças manipuladoras que querem arrebanhar mais poder.
Tema 2 : O que são os Orixás?
O planeta em que vivemos e todos os
mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as
energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um
intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos e energéticos
que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas.
Um dado característico do exercício
da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias.
Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução,
Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à
vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo. Sem essa harmonia energética o
planeta entraria no caos.
O fogo, o ar, a terra e a água são
os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos
físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.
Esses elementos e suas ramificações
são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os
Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário),
até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido
vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica
evolutiva da vida no Planeta Terra e seus habitantes.
A esses espíritos de alta força
vibratória chamamos ORIXÁS, Na Umbanda são tidos como os maiores responsáveis
pelo equilíbrio da natureza, condutores das qualidades divinas e responsáveis
pela dinâmica da evolução. São conhecidos em outras partes do mundo como
"Ministros" ou "Devas", espíritos divinos de alta vibração
evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam
cumpridas constantemente.
O uso de uma palavra que significa
“dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o
indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em
sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além
dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, como
nosso Anjo de Guarda e nossos Guias, somos vibrados e irradiados por esses
Seres Divinizados no ensejo de nos comunicarem as qualidades divinas que nos
impulsionam para frente e para o Alto, na conquista da paz e da alegria. Apesar
de recebermos a influência constante de todos os Orixás, somos influenciados e
filiados, de forma especial, em nossa encarnação, os poderes e as energias
Divinas. O Orixá que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de
nossos corpos físicos e astral.
Nós, seres espirituais,
manifestando-se em corpos de matéria, somos influenciados pela ação dessas
energias desde o momento da nossa criação por Deus. Desde o momento em que
nossa personalidade começa a ser definida, essas energias divinas e seus
regentes nos abraçam com amor e nos apontam e orientam no caminho da evolução.
Essas vibrações, em cada encarnação, vão formar o que chamamos de
"arquétipo", conformando nossa personalidade à energia vibrada
dominante.
Ao Regente dessa energia
predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá ,
"Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", Quando um
espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto
à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo
os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará
no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza,
sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa de forma especial,
fornecendo a esse ser reencarnante as energias necessárias para que o feto se
desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado
estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surgem os Orixás da
coroa desse novo ser encarnado, que são as forças energéticas primárias e
atuantes.
Nesse período da reencarnação, os
Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo
do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são
moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.
Após o nascimento, essa força energética
vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do
espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por
meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma
mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e
energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de
manter-lhe a existência.
A cada reencarnação, de acordo com
nossas necessidades evolutivas e carmicas a serem cumpridas, somos responsáveis
por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com
o auxílio dos Espíritos da Natureza, regidos pelos Orixás. Um Mensageiro desse
Orixá é, normalmente, quem se aproxima do médium quando este invoca qualquer
Orixá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a
invocação dessas forças são feitas para todos os médiuns quando efetuam seus
Assentamentos, meio de atração, para perto de si, das energias puras vibradas.
É importante dizer que ao recebermos
a vibração destes orixas estamos recebendo e emitindo esta energia cosmica
tanto para o nosso bem como para as pessoas presentes na casa. Trazendo tudo de
bom para que o trabalho ocorra da melhor maqneira possivel com as energias
vibratorias dos Orixas.
È necessario lembrar que esta
energia é de grande força, por isso se faz necessario que o medium receba os
seus Orixas mentores para que o mesmo não se esgote e consiga continuar o
trabalho de incorporação na casa. Esta forma vibratoria dos orixas, exigi do
medium maior concentração e tambem disponibilização de enrgia pessoal , por
isso e natural sentir a sensação de fraquesa no momento que o mesmo se retira.
Orixas mais cultuados na Umbanda
OXALÁ
Oxalá
é o maior Orixá da Umbanda, Deus
Supremo. Representado por uma estrela de cinco pontas, é sincretizado como
Jesus Cristo e representa a paz e a fé. Na umbanda, sua tarefa foi a de criação
do ser humano. Ele envia vibrações que estimulam a fé individual, assim como
irradiações que geram sentimentos de religiosidade. É aquele que determina o
fim da vida de cada ser humano, é o momento de partir em paz. Representa o
amor, bondade, pureza espiritual, e tudo aquilo que indica positividade.
OXUM
É
a Orixá que domina as mulheres, orixá da fertilidade, do amor e do ouro.
Protetora das gestantes e da juventude, é a senhora das águas doces. Representa
a beleza e a pureza, a moral e o modelo de mãe. Muitas vezes é evocada em prol
da limpeza fluídica dos seguidores e do ambiente dos templos. Segundo a
Umbanda, ela é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos e ajuda a
qualquer pessoa.
OGUM
Orixá
guerreiro, Ogum é aquele que representa todas as batalhas da vida. Representado
por São Jorge, é o orixá protetor contra as guerras e contra diversas demandas
espirituais; Ogum é a força do movimento. É ele quem protege os seguidores da
Umbanda e as pessoas que sofrem perseguições espirituais ou materiais. Ogum
também é o senhor das estradas, é a jornada do dia a dia e sua responsabilidade
é a manutenção da lei e da ordem.
IEMANJÁ
Orixá
mais popular do Brasil, a rainha do mar é a mãe todos os Orixás, é o trono
feminino da geração, a protetora dos marinheiros, pescadores, das viagens pelo
mar, e também sobre toda a flora e fauna marinhas. E além disso, atua no amparo
à maternidade, rege de forma absoluta o lar e a família. Dona dos mares e
oceanos, águas essas que, através de sua força, tem o papel de devolver
vibrações e trabalhos, pois creem que o mar devolve tudo que nele for jogado e
vibrado.
XANGÔ
Xangô
é o Orixá da justiça e da sabedoria, simboliza a lei de causa e efeito,
responsável a dar a quem merece o devido castigo e a vitória aos que foram
injustiçados. É quem dá solução às pendências. A maioria dos seguidores que
recorrem ao Xangô são os que sofrem de injustiças, perseguições espirituais e
materiais. Desse Orixá, emanam também o saber e a autoridade, é o protetor de
todos que tem contato com as práticas da lei.
IANSÃ
Iansã
é a Orixá dos ventos e das tempestades. Rainha dos raios, é responsável pelas
transformações e pelo combate à feitiçarias feitas aos seus seguidores.
Guerreira, é conhecida também como guardiã dos mortos, pois exerce domínio
sobre os eguns. A força de sua magia afasta todas as influências do mal e
negativas, pois tem o poder de anular os males e cargas de enfeitiçamento.
OXOSSI
Oxossi
é o Orixá conhecido como senhor dos caboclos e das matas. É o caçador de almas
de homens e dele emana altivez. Encoraja e dá segurança a todos seus
seguidores; protetor dos animais, é conhecido por aliar sua grande força com o
bom senso. Assim como Ogum, é um lutador, grande guerreiro, está sempre pronto
para defender aqueles que se colocam sob sua guarda.
OMULÚ
Orixá
da saúde, atua sobre os doentes, hospitais e cemitérios. Senhor da morte e das
doenças,costuma ser muito temido, porém da mesma forma que traz a doença, ele
leva embora também. Muito respeitado, é um orixá exigente e grande feiticeiro.
Omulú é a é a manifestação idosa de Obaluaiê. Os médiuns ao manifestarem a
presença de Omulú, se curvam aproximando-se o máximo da terra, do chão.
Representa a transformação do ser, morrer para o pequeno e renascer para o
grande.
NANÃ
Rege
sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres.
Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já
mais equilibrada.
È
a linha da Evolução, enquanto Obaluaye atua na passagem do plano espiritual
para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no
adormecimento do espírito que irá encarnar
OXUMARÉ
filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de
Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo
enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo.
Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento.
Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios.. Sua essência é o movimento,
a fertilidade, a continuidade da vida.
A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos
mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande
cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os
antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical..
Cores
Vibratorias dos Orixas
Oxalá
– Branco
Iemanjá
– azul ( clara)
Oxum
– amarelo ou Azul escuro
Iansã
– Amarelo
Nanã
– Lilás
Ogum
– Vermelho
Oxossi
– Verde
Xangô
– Marron
Omulu
– Branco Amarelo e preto
Oxumarè
– As Cores do Arco Iris
Tema 3-Significado da
palavra Aruanda
Aruanda é o nome dado pela Umbanda a uma cidade de luz
etérica que orbitaria a ionosfera do planeta Terra, em uma dimensão espiritual
de transição.
Apesar da farta literatura, a Umbanda não é considerada
uma religião codificada. Por esse motivo, o
termo Aruanda pode possuir diversos significados, dependendo da tenda, barracão
ou centro espiritualista no qual seja mencionado. É, inclusive, utilizado por
outras religiões espiritualistas tais como Quimbanda e Candomblé, em referência
genérica a "plano espiritual".
Para a Umbanda tradicional (fundada em 1908 pelo
Caboclo das Sete Encruzilhadas), os habitantes de Aruanda são trabalhadores do
bem e da caridade, sejam recém-desencarnados em aprendizagem, sejam espíritos
de luz que à muito não retornam a esfera física pela reencarnação. Estes guias
epirituais, apesar de sua evolução, permanecem na dimensão vibratória de
Aruanda para continuar auxiliando encarnados e desencarnados, se manifestando
na Terra sob a roupagem fluídica (em tipologia espiritual) de pretos-velho,
cablocos e crianças. Suas verdadeiras formas, no entanto, transcendem raça,
credo ou etnia, sendo possível sua manifestação em qualquer congregação que
pratique o binômio amor-caridade e que admita a comunicação espiritual.
Para o espiritismo (codificado por Allan Kardec),
Aruanda seria a denominação de uma colônia espiritual, assemelhada à colônia
Nosso Lar, descrita no livro de André Luis, psicografado pelo médium Chico
Xavier. Em Aruanda, porém, estariam presentes elementos magísticos da cultura
africana, em sincretismo com simbolos da cultura judaico-cristã.
Aruanda, enquanto cidade espiritual, é mencionada
nos livros "Tambores de Angola" e "Aruanda" - livros do
espírito Ângelo Inácio, psicografado pelo médium Robson Pinheiro. Em ambos, a
religião da Umbanda é situada com integrante de um panorama espírita maior (espiritualismo
universalista), sendo explicada a importância de seus rituais magísticos e
simbologias, enquanto formas de manipulação das forças elementais da natureza.