Será mantido pelo Grupo de Estudos do Terreiro da Vó Benedita

Tentaremos colocar aqui a religião de uma forma pratica com uma linguagem simples de se entender, sem usar expressões antigas e desconhecidas, mas sim simplificando, da forma que nosso mentor o Caboclo das Sete Encruzilhadas quer que seja nossa religião.

A Umbanda é simples, pessoas que não estudam que não se atualizam que tem medo, que tem vaidade que complicam nossa Sagrada.

Em 2013 nosso grupo de Estudos foi focado em temas básicos da Umbanda, e conseguimos construir um conjunto de 10 apostilas básicas , com assuntos essenciais a nossa religião.

No ano de 2014 iremos focar assuntos mais complexos e misteriosos de nossa Umbanda e ate mesmo de outras religiões.

Estaremos fazendo sempre uma vez ao mês na primeira ou segunda terça feira do mês.

Teremos uma hora de palestra sobre algum desses assuntos, com algum convidado participando e depois uma hora de desenvolvimento aos médiuns da casa

Lembrem disso...o desenvolvimento do médium não deve ser apenas espiritual, mas também desenvolver seu intelecto...estudar...entender as obrigações que são pedidas e feitas.

Contatos e sugestões :

João Carlos Galerani Junior - paijoaozinho@terreirodavobenedita.com

Dirigente do Terreiro da Vó Benedita

Terreirodavobenedita.com

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Apostila IX - Outubro 2013

Reflexão

LÁGRIMAS DA UMBANDA

Um dia na espiritualidade superior, alguns espíritos se reuniram e sonharam com um local onde o amor, a fé, a caridade e a humildade fossem os pilares de um lindo trabalho espiritual.
Um trabalho voltado ao amor ao próximo e a caridade.
E assim surgiu a nossa linda e sagrada Umbanda.
Os nossos mentores e nossas guias espirituais conspiraram para que tudo desse certo.
Reuniu algumas pessoas na terra com os mesmos ideais.
Trabalharam firme para que estas pessoas se encontrassem e assim colocando em prática o que antes era ainda um sonho.
Uma pena que algumas das pessoas escolhidas desviaram-se do caminho tão lindamente preparado.
E exercem uma "Umbanda" tão diferente da que fora sonhado.
E mais errados são aqueles que "usam" o nome dos nossos tão queridos guias para dizer aquilo que pensam.
Sempre negando a verdadeira realidade.
E continuam praticando rituais mentirosos e falsas ideologias.
Muitas vezes me pego pensando, no que me levou a ser Umbandista!
E nos últimos tempos isto tem sido mais constante!
Devo confessar que todos os dias, tenho muitas alternativas, até mesmo a alternativa de mudar.
Mas invariavelmente chego sempre a mesma conclusão.
Sou umbandista por que amo esta religião, e ela me permite praticar o bem, ajudar quem realmente precisa.
Ela me fez crescer e aprender a amar a vida. E me ensinou a enxergar o mundo de uma forma diferente,
Alargando meus horizontes, não me deu riquezas materiais, mas me deu paz, me deu compreensão.
Trouxe acalento nas horas mais dolorosas, me fez conhecer muitas pessoas.
Algumas que já passaram outras ainda estão presentes em minha vida. E olha que outras eu nem conheço pessoalmente.
Aprendi como princípios básicos desta religião o amor, a fé, a humildade e a caridade.
Foi a Umbanda com estes princípios que aprendi a amar.
Aí de repente eu vejo pessoas que contrariam todas essas práticas quase centenárias da Umbanda.
E é tão triste contrariar as leis de Olorum .
Por isso chora minha mãe Oxum.E assim rezo:
- Oxum lava meus olhos, Oxum lava a minha alma, Oxum mãe das águas, lava o meu coração, Oxum flor das águas, lava o meu coração, que a enxurrada de suas águas tome conta de mim, e leve minhas mágoas!
Que assim seja!





Congresso Nacional de Umbanda.
Propõe-se uma “Carta Magna de Umbanda”
A proposta em relação a um Congresso sempre se fez importante no tocante a assuntos de alta relevância para a religião. Porém é hora de realizarmos um trabalho voltado a normatizações, o que não quer dizer codificação temos que ter um posicionamento único em relação à própria religião. É necessário que haja o comprometimento de todos para realizarmos uma plataforma de compreensão dentro do conceito religioso. Para isto segue abaixo uma proposta inicial para ser discutida e melhorada através de todos os que estarão participando. O Congresso Nacional de Umbanda, que será realizado em 2014, proposto pelo MPU segue respeitando todas as vertentes e linhas de estudo, sendo assim não segrega ou discrimina nenhum tipo de opinião que não seja para enaltecer o meio.  Não será colocado em pauta nenhum assunto de cunho litúrgico ou que faça parte de qualquer ritual, entende-se assim que existe dentro da religião colocações que servem a todos, estas devem ser enaltecidas por todos como fonte básica onde parte a própria religião. Propõe-se uma “Carta Magna de Umbanda” e através desta, todos poderão assinar dando uma referencia única. Esta referencia respeita os ditames da sublime forma de interpretação da base religiosa, podendo ser um documento Nacional onde através dele podemos nos diferenciar de trabalhos que não condizem com a realidade da Umbanda. 
Sabemos que muitos que não comungam de nossa fé e acabam por interpretá-la de maneira errônea, dando conotações equivocadas que influenciam a opinião pública e a mídia. A partir do momento que realizarmos este trabalho, estaremos protegendo nosso conceito básico, dando força a todas as casas que professam a fé religiosa de Umbanda.  Através desta Carta Magna de Umbanda podemos cobrar de órgãos governamentais e não governamentais, que respeitem os direitos existentes na Constituição Brasileira colocando este documento como referencia de interpretação de nossa religião. 
O trabalho foi apresentado em reunião dia 14 de Abril na Rua Brigadeiro Jordão, 297 Ipiranga a partir das 9h00 da manhã. Cada órgão federativo, representado pelos seus diretores, sacerdotes e lideranças se empenharam na ajuda em relação à trazer propostas para o Congresso Nacional de Umbanda, a direção foi do MPU todos unidos com  responsabilidade pela Umbanda.
O Congresso tem por finalidade agregar todas as vertentes, escolas, federações, templos, escritores, pensadores, imprensa, filósofos, doutores que estão inseridos na religião de Umbanda com a finalidade de atingir a opinião pública sobre o que é Umbanda, sua cultura social, política e religiosa. Temos a responsabilidade de fundamentar um pensamento único em relação a alguns pontos específicos.  Estes pontos são aspectos claros existentes em qualquer vertente da Religião de Umbanda e passam a ser uma forma de normatizar uma base. A normatização nada mais é do que uma forma de trazer  a unidade, coerente e inteligente para difundirmos a nossa religião respeitando a liturgia e os estudos aplicados em cada vertente. 
O lançamento oficial do Congresso Nacional de Umbanda foi na Câmara dos Vereadores de São Paulo dia 17 de Agosto a partir das 13h00 onde iniciou o cadastro das autoridades e posteriormente a leitura das propostas já apresentadas. neste dia foi assinado o primeiro documento oficializando a realização do Congresso. 
Atualização dia 18 de Agosto de 2013
Congregamos as diferenças através do diálogo, defendemos a posição religiosa, que é de mostrar que a Umbanda é uma religião que combate o negativismo, as trevas, educando seus seguidores atuando sobre a égide do Criador. Assim semeando a PAZ!!!
Divulgamos a Luz da Umbanda, como fonte viva de crescimento espiritual e através dos postulados elaborados neste Congresso definitivamente a religião fica protegida dos falsos religiosos, dos enganadores da fé.
Renovação... é uma postura de ideias formatadas de pensamentos  e ações, que tem como objetivo posicionar a religião de Umbanda em seus postulados básicos que seguem nesta Carta Magna de Umbanda.
Todas as propostas aqui elaboradas não estão finalizadas, são para apreciação e avaliação para traçarmos as melhores formas de abordar os temas. Nos Foros realizaremos os debates e assim com a opinião dos presentes estaremos melhorando este documento. Contamos ainda com a participação pelo site, http://www.congressonacionaldeumbanda.com.br/site/.

Carta Magna de Umbanda
A Umbanda é religião e tem em seus fundamentos  a base na crença em um Único Deus,  e sua estrutura se estende através do panteão de forças que cremos em nossa liturgia, os Orixás.
Acreditamos nos espíritos da Umbanda com suas linhas e sublinhas, onde os denominamos de guias espirituais.
Dando por verdade que a religião teve as influências das filosofias Indígena, Africana, Kardecista e Católica.
Cremos em Oxalá - Jesus Cristo e seguimos seus ensinamentos.
Possui sacramentos e ritos próprios de batismo, casamento e fúnebre.
A Umbanda é uma religião de culto a natureza através dos Orixás, sendo assim é uma religião ecológica. Seus ritos são realizados através de orações, que podem ser cantadas, ritmadas com a utilização de instrumentos musicais.
Todos estes aspectos dentro da religião de Umbanda se sustentam como fonte de atuação através da prática caritativa, assistencialista e religiosa aos que a ela recorrem.
 A Umbanda atua na elevação e educação religiosa praticando trabalhos que visam a evolução do ser humano.
Entende-se que a religião de Umbanda, respeitando suas influências, é genuinamente brasileira, com duas características em sua origem:
Primeira- que ela é milenar em suas atribuições espirituais em relação a manifestações.
Segunda– que se iniciou através do Médium Zélio Fernandino de Moraes com a terminologia Umbanda, em 15 de Novembro de 1908, em Neves, Niterói, através do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Ainda o médium Zélio teve a manifestação de Pai Antônio, que nos trouxe o sincretismo dos Orixás.
A Umbanda se pratica por meio da doação pessoal, onde os médiuns de forma voluntária atuam na ajuda mutua, visando a Caridade. Possuem compromisso, onde a responsabilidade é o alicerce ético na prática religiosa no combate do baixo espiritismo.
A Umbanda é:  Doação, Caridade, Compromisso, Prosperidade.
Doação - A Umbanda tem no voluntariado a forma de crescimento natural da religião, onde a participação se faz fundamental.
Caridade -  A ação caritativa é uma das formas da elevação do espírito.  Fora da caridade não existe a compreensão da missão evolutiva do religioso de Umbanda.
Compromisso  - A Umbanda tem no médium compromissado com o bem, com a verdade, com a lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal, com o respeito, a essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
Prosperidade -  A Umbanda defende que todo seguidor da religião deve ser prospero. A prosperidade se da pelo esforço constante do conhecimento e trabalho individual, onde amparado por sua fé conquista seus objetivos.

Racismo
 A Umbanda é uma religião brasileira e assim como seu povo que é miscigenado, existindo a representação de várias raças. A Umbanda é o exemplo inter-racial e responde por ela mesma, pois tem em sua base o negro o indígena e o europeu. Mostra-se como exemplo de cultura e educação, coibindo qualquer forma preconceituosa.
Homossexualidade
Na Umbanda todo ser humano é visto como irmão (a) espiritual, sendo aceita qualquer orientação sexual.  Assim a religião entende e acolhe espíritos e não o gênero. Discriminação e preconceito, não são ensinados pelos nossos guias, entendendo que a Umbanda acolhe a todos.
Encarnamos com propósitos e escolhas, sendo fundamental respeitarmos o livre arbítrio da escolha pessoal de cada indivíduo.

Drogas
Todos que recorrem aos vários Templos de Umbanda encontrarão o lado assistencialista. O dependente químico deve ser tratado sem aspectos preconceituosos, tendo total assistência por parte da religião de Umbanda.
A Umbanda respeita a vontade do individuo em buscar e aceitar o tratamento espiritual.
Deve ser observado e respeitado nos tratamentos, o lado psicológico, o comprometimento químico e atenção espiritual para o dependente e sua família. 
Eutanásia / Suicídio
A Umbanda, por valorizar a vida, nos aspectos terreno e espiritual, entende que a passagem deve ser natural, respeitando a Lei do carma e aprendizados importantes ao espírito.
Só o Criador através de Sua Onisciência, Onipresença e Onipotência sabe o momento do desenlace carnal daquele indivíduo.
Práticas que atentam contra a vida, seja de que forma for, não são aceitas pela religião de Umbanda.
Aborto
 Entende-se que a partir da concepção já existe vida, um espírito que anseia por sua evolução.
As observações dos resgates espirituais, através dos acontecimentos, necessitam ser levados em consideração.
A Umbanda é contra a prática do aborto; porém, quando existe o risco de morte da mãe, o arbítrio deve ser dela.
O aconselhamento direto com os guias de Umbanda é fundamental para que as ações sejam feitas sempre baseadas na espiritualidade.
Violência doméstica
  A Umbanda não aceita qualquer forma de violência doméstica, atendendo aos parâmetros da legislação vigente com destaque para:  Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente, Leis de proteção à mulher e a Carta das Nações Unidas (ONU), onde os direitos da pessoa humana devem ser preservados, combatendo qualquer tipo de violência doméstica.
O papel da mulher  na sociedade
 A Umbanda defende o direito de igualdade, onde a mulher deve ocupar qualquer posição com o mesmo tratamento.
As mulheres na Umbanda estão em todos os níveis hierárquicos da religião, mostrando a toda sociedade o exemplo a ser seguido. Entendemos que a religião de Umbanda é exemplo a todos os segmentos religiosos, pois valorizamos as mulheres em seu exercício sacerdotal.

Pedofilia / Maus tratos
A Umbanda não aceita qualquer forma de ato que atente contra a criança e o adolescente, em especial os casos de pedofilia e maus tratos, e defende que as Leis já estabelecidas devam ser aplicadas.
Pessoas que possuem desvio de conduta podem estar sendo obsidiadas, ou mesmo necessitam de acompanhamento psicológico, unido de orientação espiritual.

Posicionamento e ética em relação à Umbanda e outras religiões
A Umbanda traz em si a base religiosa que deve ser respeitada. Amar, respeitar, não julgar, não caluniar, atuar sempre com verdade, na base do bem, da educação e da elevação.
O posicionamento ético em qualquer religião deve se basear em tais atributos, manifestado pelo verdadeiro religioso de Umbanda.
 Sobre a questão inter-religiosa a Umbanda respeita todas as religiões e busca o Estado Laico, não discriminando nenhum tipo de manifestação religiosa que vise o respeito e evolução do ser humano.
                                               Sobre os médiuns e assistidos
 Os médiuns e assistidos em geral são vistos como religiosos e devem agir como tal, acreditando em Deus, nos Orixás e guias espirituais, possuir os atributos da Fé, amar seu semelhante, não julgar, jamais caluniar, ser um pacificador, estar a serviço do bem e jamais utilizar o seu conhecimento de forma torpe. Estes atributos são posicionamentos éticos para todos que comungam da Fé de Umbanda.

Candidatos à política  na  Umbanda
A Umbanda exige que todo candidato que se apresente dentro da religião, concorde, se comprometa e assine documento público com o compromisso de seguir a “Carta Magna de Umbanda”. Assumindo sua posição expondo em seu próprio site, blog e em suas redes sociais.
Entendendo que este documento protege a religião de oportunistas e pessoas mal intencionadas.
Para tanto, a religião deve estar apontando qualquer tipo de possível desvio de comportamento do possível representante da religião.
Ensino religioso
A Umbanda defende o ensino religioso nas escolas de forma ecumênica, porém, enfatiza a inclusão da Carta Magna de Umbanda como fonte didática e a música umbandista como forma de inclusão social.
Assim como as demais religiões, a Umbanda passa a ter um documento que esclarece de forma objetiva sua base.
Conceitos, Umbanda no Mundo e Jurídicos.
A Umbanda não aceita e não compactua com trabalhos de ordem trevosa, não faz amarração, ou atua de maneira que corrompa a base da família. Não cobra trabalhos caritativos de atendimento e aconselhamento, porém, temos que ter ressalva em relação aos elementos ritualísticos utilizados.
A Umbanda esta em vários Países do Mundo, levando a Paz e a Elevação de uma Religião que defende os direitos pela igualdade, respeitando a pluralidade de cada Nação. As bases da “Carta Magna de Umbanda” são os princípios seguidos por religiosos de Umbanda pelo Mundo.
A Umbanda como religião ecológica, tem em seus seguidores os defensores da natureza.  Entendemos que o Orixá é a força da natureza em nosso planeta e manifestação do Criador em nós. Sendo o nosso maior altar a própria natureza.  Observamos que não cabe á nenhum umbandista cultuar despachos em zonas publica urbano, visto que os pontos de irradiação estão juntos a natureza.  Sabemos da  necessidade de fazer oferendas ao povo da rua, nossos exus e pombagiras,  porém é  importante que  haja o levantamento dos despachos antes do raiar do dia, respeitando as pessoas que professam outras crenças e a ordem publica.
Do ponto de vista administrativo jurídico -  A Carta Magna de Umbanda defende a necessidade de organização jurídica e administrativa, no que diz respeito a organização dos templos e federações.



Caboclos

A presença dos Caboclos nas Giras de Umbanda nos leva a refletir sobre a importância do meio natural que nos acolheu e nos ajuda a compreender que somos parte da Criação Divina e, por isso mesmo, precisamos viver em harmonia com o Todo. Eles são um exemplo de forma de vida simples, natural, livre de preconceitos e artifícios, de arrogância e de vaidade. Sua atuação junto de nós é libertadora, própria daqueles que evoluíram.
  
Caboclos e Pretos-Velhos manipulam ervas de todos os Orixás porque têm essa autorização e conhecimento, conforme o grau elevado que os distingue.

Existem Falanges de doutrinadores, de guerreiros, de “feiticeiros” (isto é, que atuam mais fortemente na quebra de magias negativas), de curadores, de justiceiros etc.

Os Caboclos são profundos conhecedores das ervas e dos seus princípios ativos. Suas “receitas” (banhos, defumações, oferendas etc.) costumam produzir curas inesperadas. Conhecem como ninguém o Reino Vegetal e podem nos ensinar o valor e a melhor utilização das ervas e dos alimentos vindos da terra.

Também grandes conhecedores da Magia, nos seus trabalhos costumam utilizar pembas, velas, essências, flores, ervas, pedras, frutas, vinho, sumo de ervas, raízes, cipós e sementes, entre outros elementos. Usam charutos e fumos à base de ervas para defumar o ambiente e as pessoas presentes, recolhendo e neutralizando as cargas densas que os envolvam.

Sua forte carga magnética nos impulsiona a ir em frente, a enfrentar os obstáculos com coragem e determinação. Porque Caboclo é o Arquétipo do guerreiro corajoso, valente, simples, honrado, justo e harmonizado com as Forças da Mãe Natureza. Pela simples presença entre nós, quando incorporados em seus médiuns, já nos imantam com essas fortes energias e nos estimulam a conseguir nossos objetivos. São “caçadores”, vão buscar e nos ensinam a buscar o  melhor para a nossa evolução.

Grandes doutrinadores e disciplinadores, são muito atuantes na orientação de sessões de desenvolvimento mediúnico, uma vez que os Guias Espirituais agem principalmente sobre o mental do médium, que está relacionado ao Chacra Frontal, regido por Pai Oxóssi, justamente o Regente do Mistério Caboclo.

Também atuam nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, na quebra de demandas, entre outros trabalhos espirituais de Umbanda, utilizando vários recursos magísticos nos quais são iniciados. Não ostentam conhecimentos, colocam-nos em prática!

Seus assobios e brados  assemelham-se a mantras. Cada Caboclo emite um som, de acordo com o trabalho que vai realizar, criando condições que facilitem a incorporação e liberando bloqueios energéticos dos médiuns e consulentes. Os assobios traduzem sons básicos das Forças da Natureza, dão um impulso no campo magnético (corpo espiritual) do médium para direcioná-lo corretamente, liberando-o de cargas negativas, larvas e miasmas astrais. Nos consulentes, produzem igual efeito.

Os Caboclos incorporados também costumam estalar os dedos, bater no peito e estender o braço na direção do Altar. Tudo isto tem um significado magístico-religioso:

●Estalar dos dedos - Nossas mãos têm vários terminais nervosos que se comunicam com os sete chacras principais e com os chacras menores do nosso corpo. O estalar dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (a parte gordinha da palma da mão) e reequilibra a rotação e a frequência de todos os chacras  que voltam a funcionar plenamente. O equilíbrio vibracional gera a consequente descarga de energias desequilibradas (“negativas”). Ao estalar os dedos, o Caboclo provoca essas reações no campo magnético do médium ou, conforme o caso, descarrega o campo do consulente. Ao estalar os dedos da mão esquerda, ele absorve negatividades e faz uma limpeza energética; e quando estala os da mão direita, ele irradia cargas altamente positivas e reenergiza, acalma, cura etc.

●Bater no peito - Com isso, o Caboclo ativa o chacra Cardíaco do médium e equilibra suas emoções, possibilitando uma sintonia mais apurada com o medianeiro e a efetivação de um bom trabalho espiritual.

●Estender os braços (ou um braço) para o Altar - Com esse gesto, o Caboclo lança uma “flecha energética” que ativa os Poderes e Forças assentados e firmados no Terreiro, conforme a necessidade do trabalho espiritual a realizar.

Esses procedimentos criam um grande centro de Forças que facilita o amparo aos consulentes, ao próprio Terreiro e a toda a corrente mediúnica.

Alguns Caboclos, quando se despedem do Terreiro, dizem que vão “para Aruanda”, ou “para a cidade da Jurema”. Outros falam que vão “subir para o Humaitá”, e assim por diante. São referências às colônias astrais que existem ligadas ao planeta Terra, onde eles habitam, conforme o respectivo grau de evolução. E muitas vezes os Caboclos responsáveis por Terreiros levam para essas colônias os dirigentes e demais integrantes da corrente mediúnica (durante o desdobramento normal dos seus espíritos que acontece durante o sono físico), a fim de participarem de trabalhos de auxílio a encarnados e desencarnados, para estudarem e ou receberem. Um trabalho espiritual de Umbanda não termina no Terreiro, ele prossegue no Astral. Por isso, é importante que os médiuns sigam as orientações dos Guias Espirituais sobre os preceitos para antes e depois das Giras (manter pensamentos e sentimentos elevados e uma vida diária equilibrada, inclusive no campo sexual; abster-se, ao menos por 24 horas antes e depois do trabalho espiritual,  do uso de bebida alcoólica, fumo e de qualquer substância nociva, mantendo uma alimentação isenta de alimentos de origem animal, porque são de difícil digestão; etc.).





terça-feira, 17 de setembro de 2013

Apostila IX - Setembro 2013

Texto para reflexão
Dia desses, ao final de uma Gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, o Preto Velho regente da casa.Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele e, após se acomodarem, pediu que todos respondessem uma pergunta simples:
“ – Do que a Umbanda precisa?”
E assim um a um foram respondendo:
“ – Mais união…”
“ – Mais estudo…”
“ – Mais divulgação…”
“ – Mais respeito…”
“ – Mais reconhecimento…”
Mais, mais e mais…
Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou:
“ – Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? E eu digo que a Umbanda precisa de Filhos!”
Silêncio repentino no ambiente.
Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação.  Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou:
“É isso, a Umbanda precisa sobretudo de FILHOS.”
Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza. Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida seria o mesmo que negar o nome de sua mãe.
Um filho de Umbanda, dentro do Terreiro, limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar.  Um filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo o Terreiro, pois sente que ali ele está na casa de sua mãe.
Um filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de Fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer.
Um filho de Umbanda sente naturalmente que o Terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando lá não está sente-se ansioso para retornar e sempre que retorna é um momento de alegria e prazer.
Um filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo.
Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o Terreiro; ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda.
Um filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe.
Quando a Umbanda agregar em seu interior mais Filhos que qualquer outra coisa, estas necessidades que vocês tanto apontam como união, respeito, educação, ética, enfim, não existirão, pois isto só existe naqueles que não são Filhos de fato.
Tenham uma boa noite, meus filhos!”
Pai João pitou mais uma vez e desincorporou.  Diante dele, seus filhos, com olhos marejados, rosto rubro, agradeciam a lição.
Saravá a Umbanda, salve a sabedoria, salve os Pretos Velhos!


Orgulho x Ego x Vaidade na Umbanda

Os textos abaixo, foram retirados através de pesquisas na Internet, onde o intuito é a leitura para maior conhecimento e aprendizado dos assuntos discutidos no grupo..

A falta de reconhecimento e agradecimento

Axé a todos! Quem já não ouviu falar sobre o perigo que é a Vaidade? Quem já não ouviu tristes histórias de médiuns quando tiveram a Vaidade alimentando seus íntimos? Quem já não percebeu como é difícil lidar com a Vaidade e o quanto Ela é sutil e arrasadora?
Sei que muitos fogem e negam esse sentimento, mas Ela não foge e não nega ninguém. Ela, A Vaidade, não titubeia em se fazer viva a qualquer momento, em qualquer lugar e em qualquer pessoa, aliás, existem vários momentos em que a vaidade é absurdamente incentivada e vivenciada, existem diversas pessoas manipulando outras pessoas sob o prisma da vaidade.
Mas ninguém gosta ou quer reconhecer seus momentos de vaidade, nem tampouco a possibilidade de sentí-la, mesmo porque, Ela aflora de forma tão “sutil”, tão “simples” aos olhos míopes da ingenuidade que, por consequência, as pessoas deixam de se vigiarem, esquecem de se educarem, de cultivarem a humildade e de entender o outro como “outro”, automaticamente se tornam vaidosas. Percebam, é  uma bola de neve, uma ação refletindo uma reação continuamente.
Sei que a maioria das pessoas utiliza o termo “vaidade” para falar do bem cuidar do corpo, da importância de ter uma boa aparência, no entanto, mais que isso, vaidade é o desejo sem limites de atrair admiração. Isso mesmo, DESEJO SEM LIMITES DE ATRAIR ADMIRAÇÃO.
Em nossa Umbanda, vivenciando nossa religiosidade, sabemos o quanto a vaidade é prejudicial. Ela chega a ser a principal causa de afastamento de médiuns dos terreiros. Ela é tão avassaladora e destruidora que retarda potencialmente a ascensão de qualquer médium. Portanto, temos que estar vigilantes o tempo todo, temos que cultivar a humildade dentro de nós entendendo que nada somos e nada fazemos sem o Outro.
O fato é: a Vaidade está sempre viva em um elogio, em um olhar de admiração, em uma situação resolvida, Ela está sempre pronta para aflorar no primeiro momento de “falta de reconhecimento” e “falta de agradecimento” para com o Outro, para com o Divino e para com o Universo.
Isso quer dizer que a vaidade pode brotar nos momentos de cura, de conquista e de auto-estima, portanto nos momentos de alegria e satisfação, basta ter a semente e estar com o solo propício. Quem já não conquistou  algo  importante ou difícil na vida e estufou o peito sonorizando “eu sou bom mesmo” esquecendo totalmente de agradecer e de reconhecer que nada, absolutamente NADA se conquista e se constrói sozinho?
E não é só isso, a vaidade está quase sempre misturada ao sentido da Fé e com a capacidade de sentir Fé.
Calma, sei que agora deu calafrio, mas pensem comigo, quantas pessoas ao afirmarem sua Fé têm a vaidade esculpida em seus rostos, atos e falas afirmando que a sua fé é a melhor do que qualquer outra, que ‘seu Deus é o Deus dos milagres’ e que somente ‘Ele’ pode curar, melhorar, resolver e ajudar?
Além disso, é fato que a Fé proporciona realizações, melhoras, conquistas, auto-estima, e quando vivenciamos esses sentimentos, quase sempre aflora a prepotência, a arrogância e a vaidade. É aí que nos achamos deuses e nos esquecemos do Outro, do Divino, do Universo. E é a partir daí que, mesmo não percebendo, nos encontraremos sozinhos achando que somos aquilo que nunca fomos: BONS.







Umbanda se faz com humildade

Na Umbanda, não existem poderosos, existe um poder Divino, que podemos caminhar sobre Ele sem soberba. Existem mistérios, mais também não somos donos deles, são para que o mundo melhore. Não se pratica Umbanda com Vaidade e Orgulho, a única forma de se praticar a Umbanda é com Humildade:

Humildade refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão.
Humildade vem do Latim "humus" que significa "filhos da terra", ao analisarmos esta frase, encontramos material suficiente para aprender sobre a humildade:
Se diz que a humildade é uma virtude humilde, quem se vangloria da sua, mostra simplesmente que lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”, contrastando com os que, orgulhosos das conquistas da razão no mundo das ciências positivas, negam Deus e a imortalidade da alma.

Vaidade é uma das maiores pedras que o ser humano precisa aprender a vencer., vaidade não é auto-estima. Auto-estima é ter consciência de seu valor, reconhecer seus pontos fracos e fortes sem se abater com o que descobre. Acima de tudo é reconhecer seu lugar no mundo e seu valor neste espaço. A vaidade é a auto-estima que adoeceu ou mesmo um sinal de inferioridade. Quem é muito vaidoso, vangloria-se de tudo e tem sempre a necessidade de mostrar para os outros que foi ele(a) quem fez ou deixou de fazer, demonstra sua insegurança e deixa patente sua necessidade de chamar a atenção de quem o rodeia, não que desejar ser reconhecido seja algo ruim, absolutamente. Mas daí a fazer disso uma meta, acima do bom senso e do respeito a capacidade das outras pessoas, vai uma longa distância.

Orgulho é um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal.
As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:

a)Amor-próprio muito acentuado:contraria-se por pequenos motivos;
b)Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
c)Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
d)Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
e)Menospreza as idéias do próximo;
f)Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
g)Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
h)Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;
i)Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa ati¬tude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
j)Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior.

Toda grandeza se esvai sob o peso do orgulho e da vaidade, restando apenas algo lamentável, triste de se ver. “A Pobreza de Espírito” Uma doença espiritual que é comparada á um câncer espiritual, que mata todas as ações boas da alma!
A vaidade e o Orgulho nos faz pensar na triste sorte de Narciso, que se apaixonou pela própria figura refletida num lago e se suicidou ao se atirar no lago morrendo afogado! A Narciso a morte apanhou-o num lago. E eu pergunto-me, onde é que a morte apanha os narcisos de hoje, que consomem a sua vida no culto idólatra da sua figura???


Assim como trago as dádivas dessa maravilhosa religião de culto aos Orixás, devo também citar alguns problemas que a maioria das vezes não são muito relacionados à religião e sim aos próprios seres humanos.

Nos médiuns mais firmes existe um crescimento excessivo de vaidade, vaidade que sinceramente acredito ser muitas vezes prejudicial para a própria firmeza. Claro que a vaidade é algo comum em qualquer ser humano, mas o excesso traz sempre algo prejudicial.

Que vaidade é essa que estou falando? Por que os médiuns mais firmes?

Bom, os médiuns mais firmes estão de certa forma acostumados a receber elogios sobre suas entidades, quando essas falam, avisam ou prometem ajuda na vida do consulente.

Percebo então uma grande necessidade do médium em provar que a entidade está ali e não só isso mas também dar credibilidade à palavra da mesma.

É claro que é muito bom pro nosso ego de médium receber elogios sobre nossas entidades, mas existe um porém aí. A Entidade não está preocupada em provar ou receber créditos e méritos pelos assuntos abordados por ela, e sim preocupados em realizar sua missão de ajudar a quem pede sua intervenção. Portanto a vaidade excessiva vem do médium e não da Entidade. A Entidade vangloriar demasiadamente o médium que trabalha provém mais da pessoa do que do Guia. Isso não significa que as Entidades não vão elogiar seus “cavalos” nem que não vão gostar de elogios, mas essa vaidade em excesso não condiz com tudo o que essas Entidades representam.

Vou tentar explicar essa diferença excessiva de vaidade, existem situações muito complicadas nas vidas das pessoas, o maior pesar que possamos sentir é o da perda. Perda de entes queridos, ou sofrimento demasiado devido a circunstância de saúde ou acidente. Levando em consideração a magnitude desse problema, a Entidade sabe quanto sofre os entes que se encontram à volta de pessoas passando por tais problemas. Esses entes procuram na religião algum apoio. Nesse momento, a Entidade se compadece do sofrimento ali encontrado, mas alguns momentos podemos ver uma certa satisfação em ter acertado aquilo havia dito antes que acontecera.

Vamos falar a verdade, um Espírito de Luz, não se vangloriaria de seu ato nesse momento porque o que importa não é o que havia avisado mas sim todo o sentimento aflorado ali, não seria o momento. Portanto no momento que esse ego excessivo vem à tona, se trata de algo inerente aos seres humanos.

Isso não significa que em médiuns que acontece o que descrevi deixam de ser bons médiuns. Não vamos misturar uma coisa à outra, mas acho importante mudarmos algumas realidades dentro da religião para que possamos evoluir e evoluir, e não ficarmos presos à penumbra da estagnação.



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Apostila VIII - Agosto 2013

Origem de Cosme e Damião
Cosme e Damião eram irmãos gêmeos e cristãos. Nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Não aceitavam receber um centavo pelo serviço prestado. Os irmãos aproveitavam também para divulgar a fé cristã entre aqueles que se recuperavam das doenças. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.
Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. As perseguições do Imperador Diocleciano, porém, não demoraram a frear a ação benéfica destes “médicos do amor”. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas. Foram forçados a negar sua fé.
Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Condenados à morte, resistiram milagrosamente a pedradas e flechadas. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.
Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 27 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data. Inúmeros milagres se deram na sepultura deles.
Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina. Na festa, é costume distribuir balas e doces para as crianças.








Quem é Doum?

Criança - Origem de Doum

Este personagem material e espiritual surgiu nos cultos Afros quando uma macamba (denominação de mulher, na seita Cabula) dava a luz a dois gêmeos e, caso houvesse no segundo parto o nascimento de um outro menino, era este considerado "Doum", que veio ao mundo para fazer companhia a seus irmãos gêmeos.

Foram sincretizados com os santos que foram gêmeos e médicos, tem sua razão na semelhança das imagens e missões idênticas com os "erês" da África, mas como faltava "doum", colocaram-no junto a seus irmãos, com seus pequenos bastões de pau, obedecendo à semelhança dos santos católicos, formando assim a trindade da irmanação.

Dizem também, que na imagem original de S. Cosme e S. Damião, entre eles (adultos) havia a imagem de uma criança a qual eles estavam tratando, daí para sincretizarem Doum com essa criança, foi um pulo.

Cosme e Damião na Umbanda

Ibeji
Ibejí ou Ibejís são os Orixás que protegem as crianças. Foram sincretizados a São Cosme e São Damião, são conhecidos na Umbanda como os Orixás de amor e alegria.
Os espíritos trabalhadores sobre a influência de Ibejí, apresentam-se normalmente sob a forma de crianças ou espíritos de crianças, porém espíritos não têm idade, apresentam-se dessa forma de modo a facilitar a comunicação com as nossas crianças. Esses espíritos puros trazem a cura para as doenças e amparam todas as crianças enquanto elas manterem a inocência.
Seus domínios são os parques, jardins e grandes gramados. Sua cor é o rosa, os espíritos que trabalham sob a irradiação de Ibejí são espíritos de grande força espiritual.
Não devemos julgá-los fracos devido à forma como se apresentam, ou seja, como crianças, depois de Oxalá são os únicos que dominam totalmente a magia.
Nas obrigações a Ibejí, são utilizadas velas cor de rosa, flores com tonalidade rosa e sem os espinhos ou ainda brancas. Também são usados doces como as cocadas, balas, pirulitos, fatias de bolo, etc. A bebida é a água pura ou então misturada com mel e mais recentemente são utilizados refrigerantes como o guaraná.
Ibejí, São Cosme e São Damião são trabalhadores da linha de Oxalá e pertencem a uma de suas falanges. A eles podemos pedir proteção contra demandas e malefícios; pedir principalmente proteção para nossas crianças e principalmente as enfermas.



OBALUAÊ / OMULU
Obaluaê é uma flexão dos termos: Oba (rei) – Oluwô (senhor) – Ayiê (terra), ou seja, "Rei, senhor da Terra". Omulu também é uma flexão dos termos: Omo (filho) – Oluwô (senhor), que quer dizer " Filho e Senhor". Obaluaê, o mais moço, é o guerreiro, caçador, lutador. Omulu o mais velho, é o sábio, o feiticeiro, guardião. Porém, ambos têm a mesma regência e influência. No cotidiano significam a mesma coisa, têm a mesma ligação e são considerados a mesa força da natureza.
Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha – da - Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá.
Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura.
Obaluaê rege a saúde, os órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente.
O órgão central da regência de Obaluaê é a bexiga, mas está ligado a todos os outros. Ele trata do interior, fundamentalmente, mas cuida também da pele e de suas moléstias.
Divide com Iansã a regência dos cemitérios, pois ele é o Orixá que vem como emissário de Oxalá (princípio ativo da morte), para buscar o espírito desencarnado. É Obaluaê (ou Omulu) que vai mostrar o caminho, servir de guia para aquela alma.
Obaluaê também é o Senhor da Terra e das camadas de seu interior, para onde vamos todos nós. Daí a ligação que tem com os mortos, pois ele é quem vai cuidar do corpo sem vida, e guiar o espírito que deixou aquele corpo. É por isso que Obaluaê e Omulu gostam de coisas passadas, apodrecidas.
O sol também tem a sua regência.
Obaluaê está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade. Está presente quando sentimos coceira e comichões na pele.Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes.
Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doença mas, principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia.
Obaluaê é à força da Natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mal humor, a intranqüilidade. É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos.
Obaluaê está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da saúde.
No sincretismo Obaluaê é São Lazaro, que também sofreu com feridas espalhadas no corpo e teve estas tratadas por cachorros. Motivo também pelo qual Obaluaê não é só comemorado no dia 16 de Agosto, mas também no dia 17 de Dezembro.
  • As Velas de Obaluaê são Preto e Branco (cruzada)
  • A saudação para Obaluaê tanto na Umbanda quanto no Candomblé é "Atotô" 
  • Seu dia da semana é a Segunda Feira
  • Seu Elemento é a Terra
  • Seu metal é o chumbo
  • Sua Flor é o Monsenhor Branco
  • Suas ervas são: Agoniada; Alamanda; Alfazema; Babosa; Cipó Chumbo; Cebola do mato; Hortelã brava
  • Seu símbolo é a Cruz
  • Seu adorno é o Xarará


domingo, 9 de junho de 2013

Apostila VII - Junho 2013


Texto para reflexão:
O que é ser umbandista!!!
Ser umbandista não é ser apenas religioso. É ser cristão.
Ser umbandista não é ostentar uma crença. É vivenciar a fé sincera.
Ser umbandista não é ter uma religião especial. É saber que tem grande responsabilidade para consigo mesmo e para com o próximo.
Ser umbandista não é querer superar o próximo. É querer superar a si mesmo através da reforma íntima e das boas ações.
Ser umbandista não é construir templos de pedra. É transformar o coração em templo eterno.
Ser umbandista não é apenas aceitar a reencarnação. É compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Ser umbandista não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber. É comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.
Ser umbandista não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura. É transformar os livros e suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança. Ter grande conhecimento sem no entanto vivenciar é o mesmo que falar e não fazer.
Ser umbandista não é internar-se no Centro Espírita ou Terreiro, fugindo do mundo para não ser tentado. É conviver com todas as situações, sem alterar-se. O umbandista consciente é umbandista no centro, terreiro, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sózinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.
Ser umbandista não é ser diferente. É ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus. Não é mostrar-se que é bom e sim provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente. Anormal é não ser bom.
Ser umbandista não é curar ninguém. É contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.
Ser umbandista não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros. É ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e na sua própria fé, que estão na sua vontade sincera e perseverante de melhorar a si próprio.
Ser umbandista não é consolar-se em receber. É confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".
E por fim, ser umbandista não é esperar que Deus desça até onde nós estamos. É subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre, buscando sempre o auxílio ao próximo, a pratica do bem e da caridade.
Isto é ser umbandista!




                                 




Sonhos na mediunidade
Os sonhos são produções espontâneas do inconsciente, sem a participação direta do ego.
Eles brotam das conexões psíquicas que formam os nós das redes dos complexos. São expressões do Espírito que aliviam as tensões geradas pelo conjunto das emoções das experiências reencarnatórias. Não são quimeras nem fantasias, mas legítimas imagens carregadas de significado aparentemente incompreensível.
São resultantes simbólicos das intensas emanações das experiências vividas pelo espírito, que ficam gravadas no perispírito. Essas experiências podem ser ocorrências no momento do sono, da vida atual, de vidas passadas, assim como prognósticos quanto ao futuro.
Os sonhos que retratam vivências do espírito durante o sono do corpo físico, contêm menos símbolos e são mais nítidos e lógicos do que aqueles que trazem informações sobre vidas passadas.
Porém, qualquer que seja o conteúdo dos sonhos, ele sempre terá símbolos a serem decodificados.
A existência da faculdade mediúnica desenvolvida favorece a produção de sonhos com fraco conteúdo simbólico, pois o inconsciente dos médiuns ostensivos é mais aberto à consciência.
Tal abertura favorece o alívio natural das tensões inconscientes, conforme o médium for lidando harmonicamente com os fenômenos resultantes de sua relação com o espiritual.
Embora os sonhos retratem aspectos da vida do sonhador, contendo realidades que lhe pertencem, alguns médiuns têm a facilidade de sonhar com informações sobre a vida de outras pessoas.
Isso é raro e denota a existência de uma faculdade psíquica especial.
Há pessoas que sonham com eventos que freqüentemente terminam por acontecer. São os chamados sonhos premonitórios.
Esse tipo de mediunidade não só decorre do contato do médium com espíritos que lhe proporcionaram conhecimentos além do senso comum, como também por conta da flexibilidade maior do médium em vasculhar seu inconsciente, obtendo mais amplas informações para antever o futuro. Não são previsões absolutas, mas possibilidades de ocorrência, com altos níveis de probabilidade. A premonição é sempre uma possibilidade e não uma ocorrência futura absoluta.
Os sonhos dos médiuns podem estar misturados com idéias, emoções e informações de espíritos desencarnados que com eles mantêm contato próximo. Espíritos que porventura se encontrem no campo psíquico do médium, poderão, por pregnância, alterar o conteúdo de seus sonhos. Os símbolos neles presentes podem estar misturados aos próprios do inconsciente do médium. Os tipos de símbolos servem como elementos de identificação de sonhos que são vivências espirituais, dos sonhos comuns e oriundos da psiquê do próprio indivíduo. É sempre oportuno que os médiuns ostensivos levem seus sonhos para interpretação a pessoas que tenham conhecimento psicológico e espírita, e que poderão melhor auxiliá-los na compreensão dos símbolos neles presentes.
As pessoas que sonham freqüentemente com outras que já faleceram, parentes ou não, possuem um tipo de mediunidade a que chamo mediunidade onírica, pois ocorre durante o sono e só é percebida após o acordar. Seu desenvolvimento está associado à identificação dos personagens desencarnados presentes nos sonhos, bem como à interpretação adequada das mensagens neles existentes..
Do Livro: Psicologia e mediunidade - Adenáuer Novaes

















Descarrego


Descarrego, o “des” significa tirar o “carrego” Carrego seria um “peso” algo que carregamos, aquilo que não faz parte da nossa essência e que de alguma forma nos foi colocado, por outros, e até por nós mesmos consciente ou inconscientemente, ou ainda por fatores karmicos!
Obs. Fatores Karmicos= Lei do retorno, que trás consigo os resultado de ações pretéritas, boas ou ruins. Tudo funciona dentro das Leis do Ser Supremo, dificuldades ou facilidades aparentemente sem uma causa real ou lógica.
Na Umbanda, O DESCARREGO, é um termo comum, assim como seu uso dentro das cerimônias, a pessoa atendida, médium da casa(integrante do grupo) ou consulente(frequentador ou visitante) que esteja “carregado” será purificado, liberto destas energias negativas, ou entidades negativas e perturbadoras, os chamados dentro da linguagem umbandista de kiumbas(no kardecismo são chamados obsessores).
Fatores que são eliminados pelo desgarrego:
1) Energias Negativas(vibrações criadas pela própria pessoa, através dos seus pensamentos, ou através de pensamentos ou ações mágicas de outros, sejam encarnados ou desencarnados)
2) Larvas Astrais(formas pensamentos, seres elementares criados através de pensamentos pertinentes e repetitivos, esses pensamentos adquirem “vida própria” no mundo astral, e passam a se alimentar da energia da ou das pessoas, que os criaram)
3) Kiumbas ou os chamados Espíritos Obsessores, são entidades, que por motivos diversos perseguem ou se ligam as pessoas(suas vítimas) de forma a lhe sugarem energias vitais e/ou influenciarem negativamente.
4) Espíritos da categoria de sofredores, entidades que se afeiçoam a pessoa, podem ser até mesmo parentes e amigos desencarnados, esses espíritos algumas vezes não sabem que não pertencem mais a este mundo físico, algumas vezes até o sabem, mas por gostarem do encarnado ficam a lhe acompanhar, procurando “ajuda-lo”, o que não é possivel pelo fato de não terem a devida “força ou luz” para este fim”
Forma como são feitos os descarregos:
O médium irá captar essas energias negativas e transmuta-las através de sua sensibilidade, tirando literalmente as energias negativas do corpo perispiritual do atendido e passando ao seu, como essas energias não lhe são próprias, elas serão captadas e facilmente eliminadas por esse captador. Esse tipo de DESCARREGO elimina as energias da categoria 1 acima mencionada (energias negativas)
Outras vezes o médium devidamente “incorporado” irá buscar a ou as entidades obsessoras, para que sejam doutrinadas e afastadas dentro da cerimônia. Categoria 3 Kiumbas ou Obsessores.
Da mesma forma os chamados Eguns Sofredores, irão ser doutrinados, auxiliados e encaminhados, muitas vezes eles tem que se manifestar em um médium do grupo, para receber parte da energia vital do mesmo e sofrer o chamado “choque da carne” que vem a ser a sua própria comunicação através de um médium para assim tomarem a “consciência” que não mais pertencem a este mundo físico, posteriormente são levados aos hospitais da espiritualidade ou a escolas de doutrinação.
No caso da categoria 2, larvas astrais ou seja formas pensamentos que criaram seres elementares, eles terão que usar outras formas de DESCARREGO, o que chamamos de SACUDIMENTO, porque larvas e seres astrais desta categoria não são humanos e portanto não se comunicam através de médiuns(ainda bem) e não possuem um entendimento para doutrinação, sendo apenas digamos assim, para exemplificar, um “programa de computador” que saiu do controle, assumindo atitudes próprias. Neste caso eles são eliminados pelos elementos da natureza, agua(agua e líquidos de axé), terra(farinhas) , ar(fumaça da queima de ervas e polvora), e principalmente pelo fogo(polvora, velas), dai a necessidade dos rituais com estes elementos. A larva astral é literalmente destruida, por este ritual(procedimento) assim como se destroi um parasita do corpo, se destroi estes parasitas da alma, eles são vivos e vivem no astral se unindo a sua vítima através dos chakras e perispírito da mesma, assim como um carrapato ou sanguessuga, e sua forma assemelha-se inclusive a essas criaturas.
Adaptacao do texto: http://www.paicarlosdeoxossy.com/news/o-que-e-descarrego-na-umbanda.


Kiumbas
Kiumbas, ou Quiumbas,  são espíritos trevosos ou obsessores,  que se encontram desajustados perante à Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.
Os Kiumbas, por não terem leis nem regras, podem se manifestar dentro de uma corrente de Kimbanda, Batuque e demais, quando a conduta for deturpada pelo médium, podendo inclusive tomar o lugar do Exu Guardião de um médium de má conduta mediúnica.
É comum médiuns que trabalham com magia negra, feitiçarias e afins terem afastadas as suas próprias entidades, que atuam somente nas leis de Deus, e serem substituídas por pseudo-entidades que se apresentam como se fossem as suas entidades, mas são Kiumbas.
Mediunicamente, quando um Kiumba assume a frente da mediunidade de uma pessoa, devido a sua má postura e opção pelo mal propriamente dito, a vida desta pessoa tende a envolver-se de doenças, rebeldias, vícios, deturpação sexual, aversão social e intolerância ao meio, afundando-se em trevas de seus próprios desejos e vaidades.
Existem vários casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, vaidosos, que abrem as portas da sua mediunidade para a atuação de Kiumbas. Estas entidades, verdadeiros marginais do baixo astral,  tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda.
Em muitas incorporações, ou "supostas incorporações", estas entidades espirituais ora se apresentam como um Guia Espiritual, ora como um Guardião. Vamos entender o trabalho dos Kiumbas, para uma fácil identificação:
O Kiumba é aquele que caminha nas periferias do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos empedernidos e malfajejos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazê-lo. Tudo o que pertence luz e o que é do bem, eles desejam a todo custo aniquilar. Esses espíritos atuam onde conhecemos como“Umbral”, uma região das dimensões densas que não existe ordem de espécie alguma.  Muitos são recrutados através de emolumentos, pelos líderes do baixo  astral para que atuem em contra algum desafeto.
As infiltrações destes marginais das sombras são organizadas. Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada Boiadeiros. Esta linha poderosa de trabalho é especializada em desobsessão, e na captura desses marginais. Os Boiadeiros  conduzem até nós médiuns estes espíritos, principalmente nos trabalhos de transporte, para  que através da mediunidade seja possível tratá-los, ou seja os corpos negativos  são paralisados através da incorporação. Desta forma, eles são acorrentados e conduzidos para as celas prisionais das Confrarias de Umbanda. Nestes pontos do astral são esgotados em suas tormentas, em seus mentais desajustados, para que consequentemente possam adquirir sinais de consciência. Após este dolorido processo de reformulação, transformar-se-ão em um sofredores, donde numa etapa posterior são encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais apropriados para estes fins, pois através do sofrimento,  toda a maldade adquirida será neutralizada,  partindo para uma libertação do atraso espiritual, finalmente para as reencarnações. Muitas vezes este processo leva muitos anos, até séculos, senão milênios.
O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos “Kiumbas” nos importunem, é o mesmo da desobsessão, no entanto, o decurso para “tratá-los” é predicado da Umbanda, sendo cada situação analisada de forma particular pelos Guias Espirituais.
















Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Caixa de texto: O Ponto Riscado na Umbanda é Poder de Magia e traz toda a força misteriosa da escrita astral que tem o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar e equilibrar qualquer Energia, o Terreiro ou até os médiuns, pois atua em seus campos energéticos e mediúnicos. Não pode existir um Terreiro sem o testemunho dos Pontos Riscados, isto é, da Pemba. Assim pode-se afirmar, sem a menor dúvida, que a Pemba é o instrumento mais poderoso da Umbanda, pois sem os pontos riscados nada se pode fazer com segurança.
Os pontos podem ser riscados em espaços fechados ou abertos. Se em espaço fechado a ação é concentrada, delimitada e limitada, cria-se um verdadeiro campo de força. Usado em solicitações específicas e nos pontos identificatórios. Quando riscado em espaço aberto a ação é ampla, vasta, envolve a todos e a todo o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou Mãe Espiritual.

Os pontos podem ser riscados fechados ou abertos. Se fechado a ação é concentrada, delimitada e limitada, cria-se um verdadeiro campo de força. Usado em solicitações específicas e nos pontos identificatórios. Quando riscado aberto a ação é ampla, vasta, envolve a todos e a todo o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou Mãe Espiritual.

O Ponto Riscado pode ser Identificatório, que é uma das grandes provas para confirmar que o médium está capacitado para conquistar um novo grau, uma vez que se a Entidade não estiver realmente bem incorporada, e isso se deve somente à capacidade mediúnica do médium, ele não saberá e não conseguirá riscar com firmeza e clareza o ponto que identificará o Guia Espiritual entre os demais, é uma espécie de assinatura pessoal; pode ser Magístico ou Simbólico, que tem várias funções pois pode ser energizador, protetor, irradiador, desagregador, transmutador, entre muitas.
O estudo formalizado desse tipo de ponto riscado não existe, pois esse conhecimento é de ‘poder do Astral Superior’, no entanto, é importante seguir algumas bases e livros Sagrados milenares, assim como algumas bases cabalísticas para tentarmos compreender esse grandioso Mistério; ou o ponto riscado pode ser ainda Simbólico, que tem um grande valor e poder mágico pois são sinais expressos em formas que dão a entender uma intenção, uma ação ou uma direção.

Caixa de texto: Vemos nos terreiros vários objetos sendo usados como instrumentos de trabalho, são poderosos elementos energéticos que facilitam a ação espiritual beneficiando o assistido. Entre tantos elementos como águas, charuto, pedras, ervas, velas, toalhas, quero chamar a atenção para a PEMBA.
A PEMBA é um dos elementos de maior poder energético que a Umbanda tem e é usada durante, antes e depois de uma gira espiritual acontecer, além disso, é um elemento que representa e atua na Umbanda em todos os sentidos e de várias formas. Não é à toa que nos referimos aos médiuns umbandistas como “filhos de pemba”, não é à toa que a pemba não pode faltar em qualquer ato ritualístico da Umbanda, seja casamento, batizado, ato fúnebre ou mesmo nas giras assistenciais, não é à toa que, antes do atendimento assistencial, pontos são riscados pelos guias e, com certeza, conhecem coisas que nós nem fazemos ideia.
Quando ela é usada como pó junto com a energia do sopro, envolve todo o ambiente e todos os espíritos encarnados e desencarnados de forma poderosíssima, iniciando um trabalho de limpeza, harmonização ou até de descarga;  claro que isso depende da composição dos elementos adicionados à Pemba que está sendo utilizada e da forma que é soprada essa Pemba.



Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Quando usada nos PONTOS RISCADOS, o símbolo riscado transforma-se em um Símbolo Sagrado com grande Poder de Ação, traz toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza,  portanto têm o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os médiuns pois atuam em seus campos mediúnicos.

Importante comentar que a escrita mágica simbólica com seus infinitos signos e símbolos é tão antiga quanto a humanidade e são encontrados pelos arqueólogos em construções antiquíssimas, em túmulos, dentro de templos religiosos, lugares de cultos, seitas. Mesmo porque a comunicação escrita surge através de símbolos, traços, pontos e não através de letras como estudamos hoje. Portanto, essa escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado à disposição da humanidade pelos povos antigos e pelos seres espirituais superiores que dela muito tem se servido no decorrer dos séculos.

A Pemba também é usada no médium como forma de Cruzamento, esse ato melhora a mediunidade, protege, potencializa o dom mediúnico etc. O Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda importantíssimo. Sabemos que um médium de incorporação antes de iniciar seus trabalhos espirituais tem que ser cruzado abrindo e fechando canais energéticos, magnéticos e divinos.

Claro que não para por aqui, mas acredito que com essas informações dá para se ter uma idéia de como é necessário o conhecimento e o bom senso, afinal é necessário saber confeccionar e consagrar uma pemba, saber preparar as misturas e saber assoprá-las, saber o que representa, pelo menos alguns Símbolos Sagrados e suas funções, direções, energias, pontos de entrada e saída.

Saiba que, infelizmente, têm muitas pessoas riscando pontos aleatoriamente sem um pingo de cuidado e conhecimento e, com isso, estão abrindo portais negativos, ativando baixo astral e, pior, invertendo pontos Sagrados sem ao menos se darem conta do reflexo de suas ações. Saiba, o mau uso da Pemba ou do Ponto riscado pode levar a consequências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhando os fios, o que acabará provocando curtos-circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.

Não podemos esquecer que simbolicamente a PEMBA é a caneta da Umbanda, é com ela que registramos todas nossas ações no Livro Sagrado da Lei.
Espero que com isso esclarecido acenda-se  a Luz  do Conhecimento, da Responsabilidade e do Bom Senso sobre todos e que, acima de tudo, nos tornemos capacitados para lidar com tantas coisas Sagradas e com tantas pessoas necessitadas.

Pontos Riscados Umbandistas

01 Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções lhes são dadas por eles.
02 –  Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica.
03 Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e ondas vibratórias que são realizadoras e, assim que são riscados, são ativados e começam a trabalhar.
04 – Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais são retirados modelos de símbolos e signos mágicos, os quais assim que são riscados e ativados aqui no plano material, religam-se a elas que lhes darão sustentação nos trabalhos que serão realizados.
05 – Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns bastante conhecidos e de fácil identificação e interpretação, enquanto a maioria nos são desconhecidos e praticamente impossível de serem identificados e classificados.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Pontos Riscados Umbandistas

06 – Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares porque assim, suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo espaço físico coletivo.
07 – A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade e, tem sido encontrados signos e símbolos em construções antiqüíssimas dentro de túmulos e urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado a disposição da humanidade pelos seres espirituais superiores e que dela, muitos tem se servido no decorrer dos séculos.
08 – Algumas ordens antiqüíssimas criaram, a partir de signos e símbolos, suas escritas mágicas sagradas e cada uma delas serviu-se ou ainda se serve da sua simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem significado especial e interpretação própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado a nossa disposição por Deus.
09 – Os guias espirituais de Umbanda servem-se de uma certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas apenas, pois pode-se encontrar pontos riscados de diferentes entidades, a reprodução de símbolos e signos idênticos.
10 – Na Umbanda, manifestam-se através de nomes simbólicos muitos poderes divinos que são em si, mistérios cujas atuações estão voltadas para o crescimento religioso dos seres e dos símbolos riscados pelos guias, nos seus pontos, estão indicando mistérios firmados e ativados por eles.

Simbologia nos pontos riscados



Caixa de texto: CÍRCULO representa o espírito puro, simboliza o Criador, a consciência humana reconhecendo a eternidade, o Universo e a perfeição. É um símbolo universal de unidade, totalidade e infinito.
Já um PONTO representa o ser Supremo, a energia concentrada. A CRUZ é o símbolo que representa a fé e a submissão ao Sagrado, a LINHA HORIZONTAL representa o corpo, a matéria – é o lado mundano – e a LINHA VERTICALrepresenta a alma em busca do retorno ao Criador – é o lado Divino.
LINHAS SINUOSAS representam a vibração do mar, a regeneração e os mistérios da vida.
O QUADRADO representa os quatro elementos: terra, fogo, água e ar.
O TRIÂNGULO representa a força Divina, a trindade Pai, Filho e Espírito Santo ou Olorum, Oxalá e Ifá.
O ARCO e FLECHA é a força espiritual, energia e potência. A ESPADA representa a alma em busca do Criador, a luta do trabalho, o guerreiro.
O CORAÇÃO representa almas em posições equilibradas, o amor e a doçura.


As estrelas são o símbolo da verdade, do espírito e da esperança.

ESTRELA DE QUATRO PONTAS se assemelha a uma cruz e nos remete ao nascimento de Jesus e principalmente à finalidade da sua vinda: o amor incondicional. A ESTRELA DE CINCO PONTAS ou Pentagrama é um símbolo poderoso de proteção e equilíbrio. Cada uma de suas pontas representa um dos quatro elementos manifestados – Fogo, Ar, Água e Terra – mais o elemento unificador: o Espírito.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Simbologia nos pontos riscados

O Hexagrama ou ESTRELA DE SEIS PONTAS é formada por dois triângulos e representa todas as Forças do Espaço em equilíbrio. É um símbolo potente que retrata o macrocosmo – Deus, o Universo ou Energias mais altas – em equilíbrio com o microcosmo – a raça humana, a Terra ou Energias Evidentes.
ESTRELA DE SETE PONTAS ou Septagrama é um símbolo de integração e tão mística quanto o número de suas pontas. Representa a inteligência oculta, é associado aos sete planetas da astrologia clássica e a outros sistemas do Sete, tal como os chacras do Hinduísmo.
ESTRELA BRANCA representa a luz dos espíritos e a ESTRELA GUIA (com cauda) é o símbolo da capacidade de acompanhamento.

Cada ponto tem suas particularidades, seus elementos e seu modo de riscar onde absolutamente tudo tem um significado diferente. Compreender e saber “ler” os pontos riscados é um dever de todo médium e uma técnica que só se aprende com muito estudo, observação e trabalho.

Um pouco mais sobre o Ponto Riscado

Li esse texto e achei conveniente e pertinente dividi-lo com todos.
O ponto riscado é um fundamento que nasceu juntamente com a religião de Umbanda. Mais do que simples desenhos, os pontos riscados são símbolos sagrados, além de ser um dos elementos que demonstram a autenticidade da incorporação.
A entidade que realmente está incorporada em seu médium deve passar seu ponto riscado e/ou ponto cantado os quais serão confirmados pela entidade chefe da casa.
Não existe entidade na Umbanda que não risque ponto. De Exu à Ibeijada todas as entidades, se entidades de verdade, devem riscar e firmar seu ponto.
É através dele que a entidade indica sua origem e linha de trabalho e busca as energias para o cumprimento de sua missão.
Obviamente que um médium em desenvolvimento não terá suas entidades riscando ponto da noite para o dia. Assim como o desenvolvimento mediúnico, é algo a ser trabalhado a longo prazo, pois, só se risca o ponto completo a entidade que está “firme”, ou seja, que já tem um domínio maior sobre a matéria do médium.
O médium em desenvolvimento, muitas vezes sem notar, passa por inúmeras experiências. Às vezes aparecem símbolos em sua mente, sonham com pontos riscados e cantados, etc. Essas experiências nada mais são do que a espiritualidade preparando o médium para o desenvolvimento. Como já foi tratado em inúmeros textos, o desenvolvimento mediúnico não ocorre apenas dentro do terreiro, mas ele é constante em nossas vidas. Por tal razão o médium deve estar sempre em sintonia com a espiritualidade, a fim de contribuir para o próprio progresso.
Quando se vê “médiuns” em que suas “entidades” tremem ao riscar o ponto, ou “rabiscam” a tábua com símbolos indefinidos ou até mesmo se negam a riscar o ponto, é um evidente sinal que seu desenvolvimento ainda não está completo. Que ainda possuem uma consciência que interfere na vontade entidade.
A entidade quando de fato incorporada, risca sem medo e sem dúvida, pois ela conhece o ponto a ser riscado. Falta nas situações apontadas acima, sintonia entre o médium e sua entidade e até mesmo o próprio desenvolvimento do médium.
O médium jamais deve forçar sua entidade a nada. Muitas vezes o médium na pressa de “se desenvolver” realiza atos que apenas o irão expor. Quando chegado o momento de riscar seu ponto a entidade irá fazer sem qualquer hesitação. Qualquer interferência do médium na incorporação é prejudicial, mesmo nos casos da mediunidade tida por consciente.
Muitas vezes, a entidade, quando entende que já chegou momento, começa seu ponto, com, por exemplo, uma flecha, uma folha, um raio, etc., e o deixa aberto. Não se trata do seu ponto riscado, mas sim de seu começo. Com o passar do tempo ela irá completando até dizer que está
pronto. O circulo ao redor da tábua se dá apenas após a confirmação do ponto, sendo, geralmente, feito pela primeira vez pela própria entidade chefe.


Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Um pouco mais sobre o Ponto Riscado
Já os médiuns graduados, estes já passaram pelo desenvolvimento inicial, por isso suas entidades riscam por completo sem qualquer hesitação. Se a hesitação houver, é sinal que seu desenvolvimento também não foi completo ou está inadequado para a formação que possui.
Dessa forma, verifica-se que apenas após a entidade riscar seu ponto e ele for confirmado pelo guia chefe da casa, é que a entidade estará de fato incorporada. Por essa razão é totalmente equivocado a utilização de materiais pela entidade antes de sua confirmação.
Por exemplo, utilização de capa e chapéu para exu, bengala para preto velho, bicos e enfeite para as crianças, ciganos, etc., por “entidades” que não riscaram o ponto. Ora, se ela não riscou ponto, não se sabe quem é, não se sabe se de fato é a entidade ou se a própria cabeça de médium. Nem todo Exu usa capa! Nem todo preto velho usa bengala! Nem toda criança usa enfeites e bico! Por essa razão esses elementos só poderão ser utilizados pelo médium em que a entidade riscou e teve seu ponto confirmado, pois somente aí ELA poderá escolher de fato os elementos que deseja utilizar em seu trabalho e não o médium.
Também é desaconselhado o médium em desenvolvimento procurar na internet pontos riscados ou comprar os famigerados livros de pontos riscados. O ponto riscado é algo individual de cada entidade. Mesmo que duas entidades pertençam a mesma falange, como por exemplo, do Caboclo Sete Flechas, raramente o ponto dessas entidades serão idênticos. Haverá sim semelhanças, mas cada espírito terá suas peculiaridades.
O ponto riscado, como dito acima, virá com naturalidade, com o tempo e não da noite para o dia como pensam alguns. A pressa só atrapalhará o sadio desenvolvimento do médium.
O médium não deve se sentir menosprezado por que sua entidade não riscou ponto. O desenvolvimento mediúnico não é igual para todos, pois cada pessoa possui a mediunidade em um determinado nível sendo alguns mais aguçados que outros. Como dito acima, deve ter paciência e buscar o correto desenvolvimento passo a passo.
Os pontos riscados além de identificar a entidade, poderão ser utilizados para descarregos, firmezas, amacis, cura, segurança, etc. São pontos que a entidade, após sua confirmação, utilizará em seus trabalhos. Cada símbolo, cada risco tem um significado o qual deve ser explicado pela entidade que o risca.
Esse é um fundamento que não deve se perder! Nasceu com a Umbanda e nela deve permanecer. Têm-se relatos de terreiros que se dizem de Umbanda, em que não se é riscado ponto. Trata-se de completo absurdo! O fato de não se riscar ponto está abrindo campo para mistificações, além de comprometer a própria segurança da casa.
Para encerrar, como sempre é dito em nossa casa, para exemplificar a importância do ponto riscado: “sentar no chão, comer doce e pedir benção é fácil, qualquer um faz sem precisar estar incorporado! Mas riscar seu ponto, confirmá-lo e dar seu ponto cantado, apenas as verdadeiras entidades irão fazer!”
“Umbanda tem fundamento e é preciso preparar!”
A Pemba na Umbanda

Um dos elementos indispensáveis à Liturgia Umbandista, porém pouco comentado e estudado, é a PEMBA.
Mas, de onde veio esse elemento? Qual sua função? Qual sua história? Para que é utilizado? O que representa cada cor? 

Buscar-se-á neste humilde texto responder essas indagações, a fim de oportunizar aos nossos filhos de fé, e irmãos em geral, o esclarecimento sobre esse instrumento sagrado tão utilizado por todos os nossos guias espirituais.
Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

Ao comprar uma Pemba nova, em qualquer loja de Umbanda deste país, certamente você irá encontrar um folheto dentro da embalagem, com as seguintes informações:

"Pemba Legítima Africana" - Recuse imitações!

"A PEMBA é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem, fabricada com o pó extraído dos MONTES BRANCOS KABANDA, é empregada em todos os RITOS E CERIMÔNIAS, festas, reuniões ou solenidades africanas e umbandistas. 

Nas tribos de UMBANDA, BACONGO E CONGOS, é usada a PEMBA sob todos os pretextos. Quando é declarada a guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a PEMBA para vencer os inimigos; por ocasião dos casamentos, os noivos são pelos padrinhos esfregados com a PEMBA para que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negócio esfrega um pouco de PEMBA nas mãos; em questões de amor então, bem grande é a influencia da PEMBA, usando-a as jovens como se fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem deseja. "

Como era fabricada a PEMBA na antiguidade? 

Era privilegio do SACERDOTE MAIS VELHO DA TRIBO a direção dos trabalhos da fabricação da PEMBA. Esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo SACERDOTE, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber água, apenas fumando o seu cachimbo, que era considerado sagrado. 

Durante três dias e três noites e às vezes mais, a PEMBA era trabalhada, acompanhada por música de CONGO, as virgens cantavam sem cessar preces à VIRGEM PEMBA para que esta transmita todas as suas virtudes a que estão fabricando. 

A PEMBA É OBJETO DE GRANDE COMERCIO ENTRE OS AFRICANOS 

LENDA DA PEMBA 

Contam as lendas das tribos Africanas o seguinte sobre a PEMBA: 

M. PEMBA era o nome de uma gentil filha do SOBA LI-U-THAB, SOBA poderoso dono de grande região e exercendo a sua autoridade sobre um grande numero de TRIBOS. 

M. PEMBA estava destinada a ser conservada para ser virgem para ser ofertada as divindades da TRIBO, acontece porem que um jovem estrangeiro audaz, conseguiu penetrar nos sertões da ÁFRICA, e se enamorou perdidamente por M. PEMBA. 

M. PEMBA por sua vez correspondeu fervorosamente a este amor e durante algum tempo gozaram as delicias que estão reservadas aos que se amam. 

Porem não há bem que sempre dure, o SOBA poderoso foi sabedor destes amores e uma noite de luar mandou degolar o jovem estrangeiro e jogar o seu corpo no RIO SAGRADO U-SIL para que os crocodilos o devorassem. 

Não se pode descrever o desespero de M. PEMBA e para prova de sua dor esfregava todas as manhas o seu lindo corpo e rosto com o pó extraído nos MONTES BRANCOS KABANDA e a noite para que seu pai não soubesse dessa sua demonstração de prazer pela morte e seu amante, lavava-se nas margens do RIO DIVINO U-SUL. 

Assim fez durante algum tempo, porem, um dia pessoas de sua tribo que sabiam dessa paixão de M. PEMBA, e que assistiam a seu banho viram com assombro que M. PEMBA elevava-se no espaço ficando em seu lugar uma grande quantidade de massa branca lembrando um tubo. 

Apavoradas correram contar ao SOBA o que viram este desesperado quis mandar degolar a todos, porem como eles haviam passado nas mãos e corpos o pó deixado por M. PEMBA notaram que a cólera do SOBA se esvaia, e que ele tinha se tornando bom não castigando os seus servos. 

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

“Começou a correr a fama das qualidades milagrosas da massa deixada por M. PEMBA e atravessou esta e muitas gerações chegando até nossos dias prestando benefícios àqueles que dela se tem utilizado.”

Pois bem, essas informações interessantes, porém não seguras, são encontradas dentro de qualquer caixa de Pemba. Não são informações seguras porque não citam a fonte, ou, ao menos, o autor do texto. Por isso, toda história lá contada deve ser vista com reservas.

Há também indicações de como e quando usar. Todavia, optei por não transcrevê-las aqui, por entender se tratar de informações superficiais que não iriam acrescentar em nada nosso estudo, pelo contrário, poderiam confundir o leitor.

Entretanto, havemos de concordar que a origem da Pemba é, sem sombras de dúvidas, Africana.
Ela é confeccionada com uma substância chamada “caulim” (argila pura de cor branca), Importado da África. Em razão da dificuldade de importação, o “caulim” foi substituído pelo “calcário” e a ”tabatinga”.

Sua confecção é bem simples: Basta misturar uma pequena quantidade do material citado acima triturado com um pouco de goma arábica diluída em um pouco de água, Deixá-la secar um pouco, e antes que a massa endureça dar a ela o formato desejado.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPwI8dqFte22UY82Lxc3wOkrnw-B94ckDsFQXe6zgTE1s3LO4iRJF1LW_NSh_CA0-2Ie_6xnQyiN7f-vQ175Fz8ALforjYL-IuCieIO42LqTsQgd8f4hoBDcvf9AHtKoE5yMlflttsWSbf/s1600/ponto.jpg
Trata-se de um dos elementos indispensáveis dentro da liturgia Umbandista. É um elemento sagrado que, quando imantado, cruzado, pela entidade, torna-se uma ferramenta poderosa. É por meio dela que o guia espiritual irá fazer seu ponto riscado.

O Ponto riscado é a identidade do guia. É através do ponto que ele será identificado e confirmado. Cada risco feito na tábua de ponto tem o seu por quê. Tais símbolos informam qual é a entidade, de onde ela vem, atua na força de quem, entre outras coisas. Também, os símbolos riscados podem invocar a defesa contra os ataques inferiores, ou também o ataque contra os mesmos.

Esses símbolos são trazidos pela própria entidade. Não é o médium que cria tais pontos. Muito menos copia de alguns dos livros infelizes que existem por aí. Se o médium está realmente incorporado, a entidade irá riscar seu ponto com muita segurança e irá explicar exatamente o que ele representa.

"O ponto quando riscado cria um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas."

Também, é bom esclarecer que, mesmo sendo duas entidades de mesmo nome, dificilmente o ponto riscado será idêntico, vez que, por mais que sejam espíritos ligados à mesma falange, possuem ainda certa individualidade. Todavia, alguma semelhança sempre haverá.

A Penba também pode ser usada para riscar objetos, portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de caminhos.

Também, utiliza-se a Pemba para riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns e das pessoas da Assistência. E assim é feito, geralmente, para dar a eles proteção. Também é utilizada antes da realização do amaci. A Pemba, juntamente com as águas puras e ervas sagradas fortalecem a coroa do médium, trazendo maior sintonia entre ele (o médium) e suas entidades espirituais.
Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

Em alguns casos específicos a Pemba pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é utilizado para determinados trabalhos e até mesmo, colocado dentro do próprio amaci. Todavia, não existe na Umbanda qualquer ritual de "sopro de pó de pemba", como existe no Candomblé.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsqWqdi-eyv9rPNES_syBzX5LrGHltPy_TV_RVJywwX2le_8fdfYn4ZlTJfPFywM98cIP8ua2kRlVmh9jBrSVl04McPDJwoX9Q2R1Uizu6NX3USrNY65alKZkL5UnUcR_lMK9aZbVu054g/s1600/DSC03566.JPGAs cores das Pembas representam à linha de qual entidade está utilizando ou a linha que se está invocando. Assim, por exemplo, um Caboclo de Ogum certamente irá riscar seu ponto de vermelho, o de Oxossi de verde, o de Xangô de marrom e assim por diante.

É bom lembrar que a Pemba não é sagrada por si mesma. Uma Pemba comprada em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será apenas um giz como outro qualquer, sem nenhuma utilidade espiritual.

Todavia, a Pemba que é cruzada e abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira arma para aqueles que sabem manipulá-la. É um instrumento de luz usado pelo guia, essencial em qualquer trabalho de Umbanda.  

Também é comum se falar em "Lei da Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão "Filhos de Pemba" é utilizada para identificar os filhos de Umbanda, aqueles que estão cumprindo as diretrizes de Aruanda.

Por fim, para homenagear esse instrumento sagrado, segue o ponto cantado na abertura de todos os trabalhos de Umbanda:

 “Ô salve a Pemba!
Também salve a toalha!
Ô salve a Pemba!
Também salve a toalha!
Salve a coroa,
É de nosso Zambi é o maior!
Salve a coroa!
É de nosso Zambi é o maior!”

Fica aqui meu apelo: ESTUDEM…

Chega de boas intenções.

Precisamos SABER, ENTENDER e AGIR COM RESPONSABILIDADE E SABEDORIA.

Mesmo porque, de boas intenções o inferno está cheio…

Axé a todos, aproveitem essas poucas informações sobre a pemba e os pontos riscados e estimulem-se a estudar mais a Umbanda e seus fundamentos.

Este texto sobre os Pontos Riscados e a Pemba surgiu a partir de pesquisa na web nos seguintes sites:

Fontes: