Será mantido pelo Grupo de Estudos do Terreiro da Vó Benedita

Tentaremos colocar aqui a religião de uma forma pratica com uma linguagem simples de se entender, sem usar expressões antigas e desconhecidas, mas sim simplificando, da forma que nosso mentor o Caboclo das Sete Encruzilhadas quer que seja nossa religião.

A Umbanda é simples, pessoas que não estudam que não se atualizam que tem medo, que tem vaidade que complicam nossa Sagrada.

Em 2013 nosso grupo de Estudos foi focado em temas básicos da Umbanda, e conseguimos construir um conjunto de 10 apostilas básicas , com assuntos essenciais a nossa religião.

No ano de 2014 iremos focar assuntos mais complexos e misteriosos de nossa Umbanda e ate mesmo de outras religiões.

Estaremos fazendo sempre uma vez ao mês na primeira ou segunda terça feira do mês.

Teremos uma hora de palestra sobre algum desses assuntos, com algum convidado participando e depois uma hora de desenvolvimento aos médiuns da casa

Lembrem disso...o desenvolvimento do médium não deve ser apenas espiritual, mas também desenvolver seu intelecto...estudar...entender as obrigações que são pedidas e feitas.

Contatos e sugestões :

João Carlos Galerani Junior - paijoaozinho@terreirodavobenedita.com

Dirigente do Terreiro da Vó Benedita

Terreirodavobenedita.com

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Apostila IX - Outubro 2013

Reflexão

LÁGRIMAS DA UMBANDA

Um dia na espiritualidade superior, alguns espíritos se reuniram e sonharam com um local onde o amor, a fé, a caridade e a humildade fossem os pilares de um lindo trabalho espiritual.
Um trabalho voltado ao amor ao próximo e a caridade.
E assim surgiu a nossa linda e sagrada Umbanda.
Os nossos mentores e nossas guias espirituais conspiraram para que tudo desse certo.
Reuniu algumas pessoas na terra com os mesmos ideais.
Trabalharam firme para que estas pessoas se encontrassem e assim colocando em prática o que antes era ainda um sonho.
Uma pena que algumas das pessoas escolhidas desviaram-se do caminho tão lindamente preparado.
E exercem uma "Umbanda" tão diferente da que fora sonhado.
E mais errados são aqueles que "usam" o nome dos nossos tão queridos guias para dizer aquilo que pensam.
Sempre negando a verdadeira realidade.
E continuam praticando rituais mentirosos e falsas ideologias.
Muitas vezes me pego pensando, no que me levou a ser Umbandista!
E nos últimos tempos isto tem sido mais constante!
Devo confessar que todos os dias, tenho muitas alternativas, até mesmo a alternativa de mudar.
Mas invariavelmente chego sempre a mesma conclusão.
Sou umbandista por que amo esta religião, e ela me permite praticar o bem, ajudar quem realmente precisa.
Ela me fez crescer e aprender a amar a vida. E me ensinou a enxergar o mundo de uma forma diferente,
Alargando meus horizontes, não me deu riquezas materiais, mas me deu paz, me deu compreensão.
Trouxe acalento nas horas mais dolorosas, me fez conhecer muitas pessoas.
Algumas que já passaram outras ainda estão presentes em minha vida. E olha que outras eu nem conheço pessoalmente.
Aprendi como princípios básicos desta religião o amor, a fé, a humildade e a caridade.
Foi a Umbanda com estes princípios que aprendi a amar.
Aí de repente eu vejo pessoas que contrariam todas essas práticas quase centenárias da Umbanda.
E é tão triste contrariar as leis de Olorum .
Por isso chora minha mãe Oxum.E assim rezo:
- Oxum lava meus olhos, Oxum lava a minha alma, Oxum mãe das águas, lava o meu coração, Oxum flor das águas, lava o meu coração, que a enxurrada de suas águas tome conta de mim, e leve minhas mágoas!
Que assim seja!





Congresso Nacional de Umbanda.
Propõe-se uma “Carta Magna de Umbanda”
A proposta em relação a um Congresso sempre se fez importante no tocante a assuntos de alta relevância para a religião. Porém é hora de realizarmos um trabalho voltado a normatizações, o que não quer dizer codificação temos que ter um posicionamento único em relação à própria religião. É necessário que haja o comprometimento de todos para realizarmos uma plataforma de compreensão dentro do conceito religioso. Para isto segue abaixo uma proposta inicial para ser discutida e melhorada através de todos os que estarão participando. O Congresso Nacional de Umbanda, que será realizado em 2014, proposto pelo MPU segue respeitando todas as vertentes e linhas de estudo, sendo assim não segrega ou discrimina nenhum tipo de opinião que não seja para enaltecer o meio.  Não será colocado em pauta nenhum assunto de cunho litúrgico ou que faça parte de qualquer ritual, entende-se assim que existe dentro da religião colocações que servem a todos, estas devem ser enaltecidas por todos como fonte básica onde parte a própria religião. Propõe-se uma “Carta Magna de Umbanda” e através desta, todos poderão assinar dando uma referencia única. Esta referencia respeita os ditames da sublime forma de interpretação da base religiosa, podendo ser um documento Nacional onde através dele podemos nos diferenciar de trabalhos que não condizem com a realidade da Umbanda. 
Sabemos que muitos que não comungam de nossa fé e acabam por interpretá-la de maneira errônea, dando conotações equivocadas que influenciam a opinião pública e a mídia. A partir do momento que realizarmos este trabalho, estaremos protegendo nosso conceito básico, dando força a todas as casas que professam a fé religiosa de Umbanda.  Através desta Carta Magna de Umbanda podemos cobrar de órgãos governamentais e não governamentais, que respeitem os direitos existentes na Constituição Brasileira colocando este documento como referencia de interpretação de nossa religião. 
O trabalho foi apresentado em reunião dia 14 de Abril na Rua Brigadeiro Jordão, 297 Ipiranga a partir das 9h00 da manhã. Cada órgão federativo, representado pelos seus diretores, sacerdotes e lideranças se empenharam na ajuda em relação à trazer propostas para o Congresso Nacional de Umbanda, a direção foi do MPU todos unidos com  responsabilidade pela Umbanda.
O Congresso tem por finalidade agregar todas as vertentes, escolas, federações, templos, escritores, pensadores, imprensa, filósofos, doutores que estão inseridos na religião de Umbanda com a finalidade de atingir a opinião pública sobre o que é Umbanda, sua cultura social, política e religiosa. Temos a responsabilidade de fundamentar um pensamento único em relação a alguns pontos específicos.  Estes pontos são aspectos claros existentes em qualquer vertente da Religião de Umbanda e passam a ser uma forma de normatizar uma base. A normatização nada mais é do que uma forma de trazer  a unidade, coerente e inteligente para difundirmos a nossa religião respeitando a liturgia e os estudos aplicados em cada vertente. 
O lançamento oficial do Congresso Nacional de Umbanda foi na Câmara dos Vereadores de São Paulo dia 17 de Agosto a partir das 13h00 onde iniciou o cadastro das autoridades e posteriormente a leitura das propostas já apresentadas. neste dia foi assinado o primeiro documento oficializando a realização do Congresso. 
Atualização dia 18 de Agosto de 2013
Congregamos as diferenças através do diálogo, defendemos a posição religiosa, que é de mostrar que a Umbanda é uma religião que combate o negativismo, as trevas, educando seus seguidores atuando sobre a égide do Criador. Assim semeando a PAZ!!!
Divulgamos a Luz da Umbanda, como fonte viva de crescimento espiritual e através dos postulados elaborados neste Congresso definitivamente a religião fica protegida dos falsos religiosos, dos enganadores da fé.
Renovação... é uma postura de ideias formatadas de pensamentos  e ações, que tem como objetivo posicionar a religião de Umbanda em seus postulados básicos que seguem nesta Carta Magna de Umbanda.
Todas as propostas aqui elaboradas não estão finalizadas, são para apreciação e avaliação para traçarmos as melhores formas de abordar os temas. Nos Foros realizaremos os debates e assim com a opinião dos presentes estaremos melhorando este documento. Contamos ainda com a participação pelo site, http://www.congressonacionaldeumbanda.com.br/site/.

Carta Magna de Umbanda
A Umbanda é religião e tem em seus fundamentos  a base na crença em um Único Deus,  e sua estrutura se estende através do panteão de forças que cremos em nossa liturgia, os Orixás.
Acreditamos nos espíritos da Umbanda com suas linhas e sublinhas, onde os denominamos de guias espirituais.
Dando por verdade que a religião teve as influências das filosofias Indígena, Africana, Kardecista e Católica.
Cremos em Oxalá - Jesus Cristo e seguimos seus ensinamentos.
Possui sacramentos e ritos próprios de batismo, casamento e fúnebre.
A Umbanda é uma religião de culto a natureza através dos Orixás, sendo assim é uma religião ecológica. Seus ritos são realizados através de orações, que podem ser cantadas, ritmadas com a utilização de instrumentos musicais.
Todos estes aspectos dentro da religião de Umbanda se sustentam como fonte de atuação através da prática caritativa, assistencialista e religiosa aos que a ela recorrem.
 A Umbanda atua na elevação e educação religiosa praticando trabalhos que visam a evolução do ser humano.
Entende-se que a religião de Umbanda, respeitando suas influências, é genuinamente brasileira, com duas características em sua origem:
Primeira- que ela é milenar em suas atribuições espirituais em relação a manifestações.
Segunda– que se iniciou através do Médium Zélio Fernandino de Moraes com a terminologia Umbanda, em 15 de Novembro de 1908, em Neves, Niterói, através do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Ainda o médium Zélio teve a manifestação de Pai Antônio, que nos trouxe o sincretismo dos Orixás.
A Umbanda se pratica por meio da doação pessoal, onde os médiuns de forma voluntária atuam na ajuda mutua, visando a Caridade. Possuem compromisso, onde a responsabilidade é o alicerce ético na prática religiosa no combate do baixo espiritismo.
A Umbanda é:  Doação, Caridade, Compromisso, Prosperidade.
Doação - A Umbanda tem no voluntariado a forma de crescimento natural da religião, onde a participação se faz fundamental.
Caridade -  A ação caritativa é uma das formas da elevação do espírito.  Fora da caridade não existe a compreensão da missão evolutiva do religioso de Umbanda.
Compromisso  - A Umbanda tem no médium compromissado com o bem, com a verdade, com a lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal, com o respeito, a essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
Prosperidade -  A Umbanda defende que todo seguidor da religião deve ser prospero. A prosperidade se da pelo esforço constante do conhecimento e trabalho individual, onde amparado por sua fé conquista seus objetivos.

Racismo
 A Umbanda é uma religião brasileira e assim como seu povo que é miscigenado, existindo a representação de várias raças. A Umbanda é o exemplo inter-racial e responde por ela mesma, pois tem em sua base o negro o indígena e o europeu. Mostra-se como exemplo de cultura e educação, coibindo qualquer forma preconceituosa.
Homossexualidade
Na Umbanda todo ser humano é visto como irmão (a) espiritual, sendo aceita qualquer orientação sexual.  Assim a religião entende e acolhe espíritos e não o gênero. Discriminação e preconceito, não são ensinados pelos nossos guias, entendendo que a Umbanda acolhe a todos.
Encarnamos com propósitos e escolhas, sendo fundamental respeitarmos o livre arbítrio da escolha pessoal de cada indivíduo.

Drogas
Todos que recorrem aos vários Templos de Umbanda encontrarão o lado assistencialista. O dependente químico deve ser tratado sem aspectos preconceituosos, tendo total assistência por parte da religião de Umbanda.
A Umbanda respeita a vontade do individuo em buscar e aceitar o tratamento espiritual.
Deve ser observado e respeitado nos tratamentos, o lado psicológico, o comprometimento químico e atenção espiritual para o dependente e sua família. 
Eutanásia / Suicídio
A Umbanda, por valorizar a vida, nos aspectos terreno e espiritual, entende que a passagem deve ser natural, respeitando a Lei do carma e aprendizados importantes ao espírito.
Só o Criador através de Sua Onisciência, Onipresença e Onipotência sabe o momento do desenlace carnal daquele indivíduo.
Práticas que atentam contra a vida, seja de que forma for, não são aceitas pela religião de Umbanda.
Aborto
 Entende-se que a partir da concepção já existe vida, um espírito que anseia por sua evolução.
As observações dos resgates espirituais, através dos acontecimentos, necessitam ser levados em consideração.
A Umbanda é contra a prática do aborto; porém, quando existe o risco de morte da mãe, o arbítrio deve ser dela.
O aconselhamento direto com os guias de Umbanda é fundamental para que as ações sejam feitas sempre baseadas na espiritualidade.
Violência doméstica
  A Umbanda não aceita qualquer forma de violência doméstica, atendendo aos parâmetros da legislação vigente com destaque para:  Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente, Leis de proteção à mulher e a Carta das Nações Unidas (ONU), onde os direitos da pessoa humana devem ser preservados, combatendo qualquer tipo de violência doméstica.
O papel da mulher  na sociedade
 A Umbanda defende o direito de igualdade, onde a mulher deve ocupar qualquer posição com o mesmo tratamento.
As mulheres na Umbanda estão em todos os níveis hierárquicos da religião, mostrando a toda sociedade o exemplo a ser seguido. Entendemos que a religião de Umbanda é exemplo a todos os segmentos religiosos, pois valorizamos as mulheres em seu exercício sacerdotal.

Pedofilia / Maus tratos
A Umbanda não aceita qualquer forma de ato que atente contra a criança e o adolescente, em especial os casos de pedofilia e maus tratos, e defende que as Leis já estabelecidas devam ser aplicadas.
Pessoas que possuem desvio de conduta podem estar sendo obsidiadas, ou mesmo necessitam de acompanhamento psicológico, unido de orientação espiritual.

Posicionamento e ética em relação à Umbanda e outras religiões
A Umbanda traz em si a base religiosa que deve ser respeitada. Amar, respeitar, não julgar, não caluniar, atuar sempre com verdade, na base do bem, da educação e da elevação.
O posicionamento ético em qualquer religião deve se basear em tais atributos, manifestado pelo verdadeiro religioso de Umbanda.
 Sobre a questão inter-religiosa a Umbanda respeita todas as religiões e busca o Estado Laico, não discriminando nenhum tipo de manifestação religiosa que vise o respeito e evolução do ser humano.
                                               Sobre os médiuns e assistidos
 Os médiuns e assistidos em geral são vistos como religiosos e devem agir como tal, acreditando em Deus, nos Orixás e guias espirituais, possuir os atributos da Fé, amar seu semelhante, não julgar, jamais caluniar, ser um pacificador, estar a serviço do bem e jamais utilizar o seu conhecimento de forma torpe. Estes atributos são posicionamentos éticos para todos que comungam da Fé de Umbanda.

Candidatos à política  na  Umbanda
A Umbanda exige que todo candidato que se apresente dentro da religião, concorde, se comprometa e assine documento público com o compromisso de seguir a “Carta Magna de Umbanda”. Assumindo sua posição expondo em seu próprio site, blog e em suas redes sociais.
Entendendo que este documento protege a religião de oportunistas e pessoas mal intencionadas.
Para tanto, a religião deve estar apontando qualquer tipo de possível desvio de comportamento do possível representante da religião.
Ensino religioso
A Umbanda defende o ensino religioso nas escolas de forma ecumênica, porém, enfatiza a inclusão da Carta Magna de Umbanda como fonte didática e a música umbandista como forma de inclusão social.
Assim como as demais religiões, a Umbanda passa a ter um documento que esclarece de forma objetiva sua base.
Conceitos, Umbanda no Mundo e Jurídicos.
A Umbanda não aceita e não compactua com trabalhos de ordem trevosa, não faz amarração, ou atua de maneira que corrompa a base da família. Não cobra trabalhos caritativos de atendimento e aconselhamento, porém, temos que ter ressalva em relação aos elementos ritualísticos utilizados.
A Umbanda esta em vários Países do Mundo, levando a Paz e a Elevação de uma Religião que defende os direitos pela igualdade, respeitando a pluralidade de cada Nação. As bases da “Carta Magna de Umbanda” são os princípios seguidos por religiosos de Umbanda pelo Mundo.
A Umbanda como religião ecológica, tem em seus seguidores os defensores da natureza.  Entendemos que o Orixá é a força da natureza em nosso planeta e manifestação do Criador em nós. Sendo o nosso maior altar a própria natureza.  Observamos que não cabe á nenhum umbandista cultuar despachos em zonas publica urbano, visto que os pontos de irradiação estão juntos a natureza.  Sabemos da  necessidade de fazer oferendas ao povo da rua, nossos exus e pombagiras,  porém é  importante que  haja o levantamento dos despachos antes do raiar do dia, respeitando as pessoas que professam outras crenças e a ordem publica.
Do ponto de vista administrativo jurídico -  A Carta Magna de Umbanda defende a necessidade de organização jurídica e administrativa, no que diz respeito a organização dos templos e federações.



Caboclos

A presença dos Caboclos nas Giras de Umbanda nos leva a refletir sobre a importância do meio natural que nos acolheu e nos ajuda a compreender que somos parte da Criação Divina e, por isso mesmo, precisamos viver em harmonia com o Todo. Eles são um exemplo de forma de vida simples, natural, livre de preconceitos e artifícios, de arrogância e de vaidade. Sua atuação junto de nós é libertadora, própria daqueles que evoluíram.
  
Caboclos e Pretos-Velhos manipulam ervas de todos os Orixás porque têm essa autorização e conhecimento, conforme o grau elevado que os distingue.

Existem Falanges de doutrinadores, de guerreiros, de “feiticeiros” (isto é, que atuam mais fortemente na quebra de magias negativas), de curadores, de justiceiros etc.

Os Caboclos são profundos conhecedores das ervas e dos seus princípios ativos. Suas “receitas” (banhos, defumações, oferendas etc.) costumam produzir curas inesperadas. Conhecem como ninguém o Reino Vegetal e podem nos ensinar o valor e a melhor utilização das ervas e dos alimentos vindos da terra.

Também grandes conhecedores da Magia, nos seus trabalhos costumam utilizar pembas, velas, essências, flores, ervas, pedras, frutas, vinho, sumo de ervas, raízes, cipós e sementes, entre outros elementos. Usam charutos e fumos à base de ervas para defumar o ambiente e as pessoas presentes, recolhendo e neutralizando as cargas densas que os envolvam.

Sua forte carga magnética nos impulsiona a ir em frente, a enfrentar os obstáculos com coragem e determinação. Porque Caboclo é o Arquétipo do guerreiro corajoso, valente, simples, honrado, justo e harmonizado com as Forças da Mãe Natureza. Pela simples presença entre nós, quando incorporados em seus médiuns, já nos imantam com essas fortes energias e nos estimulam a conseguir nossos objetivos. São “caçadores”, vão buscar e nos ensinam a buscar o  melhor para a nossa evolução.

Grandes doutrinadores e disciplinadores, são muito atuantes na orientação de sessões de desenvolvimento mediúnico, uma vez que os Guias Espirituais agem principalmente sobre o mental do médium, que está relacionado ao Chacra Frontal, regido por Pai Oxóssi, justamente o Regente do Mistério Caboclo.

Também atuam nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, na quebra de demandas, entre outros trabalhos espirituais de Umbanda, utilizando vários recursos magísticos nos quais são iniciados. Não ostentam conhecimentos, colocam-nos em prática!

Seus assobios e brados  assemelham-se a mantras. Cada Caboclo emite um som, de acordo com o trabalho que vai realizar, criando condições que facilitem a incorporação e liberando bloqueios energéticos dos médiuns e consulentes. Os assobios traduzem sons básicos das Forças da Natureza, dão um impulso no campo magnético (corpo espiritual) do médium para direcioná-lo corretamente, liberando-o de cargas negativas, larvas e miasmas astrais. Nos consulentes, produzem igual efeito.

Os Caboclos incorporados também costumam estalar os dedos, bater no peito e estender o braço na direção do Altar. Tudo isto tem um significado magístico-religioso:

●Estalar dos dedos - Nossas mãos têm vários terminais nervosos que se comunicam com os sete chacras principais e com os chacras menores do nosso corpo. O estalar dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (a parte gordinha da palma da mão) e reequilibra a rotação e a frequência de todos os chacras  que voltam a funcionar plenamente. O equilíbrio vibracional gera a consequente descarga de energias desequilibradas (“negativas”). Ao estalar os dedos, o Caboclo provoca essas reações no campo magnético do médium ou, conforme o caso, descarrega o campo do consulente. Ao estalar os dedos da mão esquerda, ele absorve negatividades e faz uma limpeza energética; e quando estala os da mão direita, ele irradia cargas altamente positivas e reenergiza, acalma, cura etc.

●Bater no peito - Com isso, o Caboclo ativa o chacra Cardíaco do médium e equilibra suas emoções, possibilitando uma sintonia mais apurada com o medianeiro e a efetivação de um bom trabalho espiritual.

●Estender os braços (ou um braço) para o Altar - Com esse gesto, o Caboclo lança uma “flecha energética” que ativa os Poderes e Forças assentados e firmados no Terreiro, conforme a necessidade do trabalho espiritual a realizar.

Esses procedimentos criam um grande centro de Forças que facilita o amparo aos consulentes, ao próprio Terreiro e a toda a corrente mediúnica.

Alguns Caboclos, quando se despedem do Terreiro, dizem que vão “para Aruanda”, ou “para a cidade da Jurema”. Outros falam que vão “subir para o Humaitá”, e assim por diante. São referências às colônias astrais que existem ligadas ao planeta Terra, onde eles habitam, conforme o respectivo grau de evolução. E muitas vezes os Caboclos responsáveis por Terreiros levam para essas colônias os dirigentes e demais integrantes da corrente mediúnica (durante o desdobramento normal dos seus espíritos que acontece durante o sono físico), a fim de participarem de trabalhos de auxílio a encarnados e desencarnados, para estudarem e ou receberem. Um trabalho espiritual de Umbanda não termina no Terreiro, ele prossegue no Astral. Por isso, é importante que os médiuns sigam as orientações dos Guias Espirituais sobre os preceitos para antes e depois das Giras (manter pensamentos e sentimentos elevados e uma vida diária equilibrada, inclusive no campo sexual; abster-se, ao menos por 24 horas antes e depois do trabalho espiritual,  do uso de bebida alcoólica, fumo e de qualquer substância nociva, mantendo uma alimentação isenta de alimentos de origem animal, porque são de difícil digestão; etc.).