Será mantido pelo Grupo de Estudos do Terreiro da Vó Benedita

Tentaremos colocar aqui a religião de uma forma pratica com uma linguagem simples de se entender, sem usar expressões antigas e desconhecidas, mas sim simplificando, da forma que nosso mentor o Caboclo das Sete Encruzilhadas quer que seja nossa religião.

A Umbanda é simples, pessoas que não estudam que não se atualizam que tem medo, que tem vaidade que complicam nossa Sagrada.

Em 2013 nosso grupo de Estudos foi focado em temas básicos da Umbanda, e conseguimos construir um conjunto de 10 apostilas básicas , com assuntos essenciais a nossa religião.

No ano de 2014 iremos focar assuntos mais complexos e misteriosos de nossa Umbanda e ate mesmo de outras religiões.

Estaremos fazendo sempre uma vez ao mês na primeira ou segunda terça feira do mês.

Teremos uma hora de palestra sobre algum desses assuntos, com algum convidado participando e depois uma hora de desenvolvimento aos médiuns da casa

Lembrem disso...o desenvolvimento do médium não deve ser apenas espiritual, mas também desenvolver seu intelecto...estudar...entender as obrigações que são pedidas e feitas.

Contatos e sugestões :

João Carlos Galerani Junior - paijoaozinho@terreirodavobenedita.com

Dirigente do Terreiro da Vó Benedita

Terreirodavobenedita.com

terça-feira, 16 de abril de 2013

Apostila V - Abril 2013


Gira de desenvolvimento -  Grupo de Estudo -  Apostila 5 – 13/04/2013

 

 

 

O Poder das Velas


A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos.
A vela desperta nas pessoas sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.
Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.
Se uma pessoa evoca suas forças mentais, com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível e as energias de retorno serão sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.
Ao acender velas para as almas, para o anjo-da-guarda, para os pretos-velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Congá, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa.
VELAS QUEBRADAS
Velas Quebradas não devem ser usadas pois um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos e se estão quebradas já não estão perfeitas.



APAGAR UMA VELA
Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente, JAMAIS o faça soprando a vela. Velas de ritual só podem ser apagadas com abafador ou com os dedos, jamais sopre essas velas.

Oxalá: Branca
Oxóssi: Verde
Xangô: Marrom
Ogum: Vermelha
Iemanjá: Azul claro
Oxum: Azul Anil, Amarelo
Iansã: Amarela
Omulú: Branca
Nanã: Roxa -Lilas
Ibeji: Rosa
Ossain: Amarela

Outras cores utilizadas para Entidades e Orixás na Umbanda

Anjo da Guarda : Branca
Caboclo de Ogum: Branca e Vermelha ou Vermelha
Caboclo de Oxóssi: Verde
Caboclo de Xangô: Marrom
Caboclas: Branca e Verde
Boiadeiro: Branca
Marinheiro: Branca e Azul
Baiano: Branca
Criança: Rosa
Pretos  Velhos: Branca e preta
Pretas  Velhas: Branca e preta
Exú: Preta ou Vermelha e preta
Pomba  Gira: Vermelha

Lembramos que as entidades podem especificar a suas velas com outras cores dependendo da linha que eles trabalham mudando assim estas especificações.

EX:Um preto velho que trabalha na energia da linha de Yemanjá pode querer vela Azul e outras e outras entidades também e etc.

Mais estranho que seja devemos deixar as entidades escolherem suas radiações e não escolher por elas.




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A LINHA DOS CABOCLOS
Todos os Caboclos são regidos por um Mistério Maior que pertence ao Trono do Conhecimento (Regência do Orixá Oxóssi). 
Mas cada Caboclo (ou Cabocla) vem na Irradiação de um ou mais Orixás, pois eles próprios são “filhos”de determinado Orixá e perante outros Orixás foram iniciados para trabalharem em Seus Mistérios  
Os Caboclos são espíritos muito esclarecidos e caridosos, tiveram encarnações como cientistas, sábios, magos, professores etc. Alguns, em determinada encarnação, foram mesmo nativos (chamados de indígenas, aqui no Brasil). Enfim, no decorrer de encarnações, elevaram-se e vêm na Umbanda para auxiliar aos irmãos enfermos da alma e do corpo. Muitos são escolhidos pela Espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou então de seus médiuns.
Nem todo Caboclo foi, necessariamente, um indígena.
Os espíritos que atuam na Umbanda como Caboclos têm origens culturais e religiosas diversas, e nem todos foram indígenas (assim como nem todo Preto-Velho foi um Negro escravizado). O que lhes dá “ a patente” de Caboclo é o seu grau de elevação perante as Leis do Criador. São espíritos que habitam da 4ª Faixa Vibratória Positiva para cima e que trazem no íntimo um profundo senso de Fraternidade e Irmandade para com toda a Criação Divina.
Caboclos e Pretos-Velhos manipulam ervas de todos os Orixás porque têm essa autorização e conhecimento, conforme o grau elevado que os distingue.
 Existem Falanges de doutrinadores, de guerreiros, de “feiticeiros” (isto é, que atuam mais fortemente na quebra de magias negativas), de curadores, de justiceiros etc.
 Os Caboclos são profundos conhecedores das ervas e dos seus princípios ativos. Suas “receitas” (banhos, defumações, oferendas etc.) costumam produzir curas inesperadas. Conhecem como ninguém o Reino Vegetal e podem nos ensinar o valor e a melhor utilização das ervas e dos alimentos vindos da terra.
Também grandes conhecedores da Magia, nos seus trabalhos costumam utilizar pembas, velas, essências, flores, ervas, pedras, frutas, vinho, sumo de ervas, raízes, cipós e sementes, entre outros elementos. Usam charutos e fumos à base de ervas para defumar o ambiente e as pessoas presentes, recolhendo e neutralizando as cargas densas que os envolvam.
Grandes doutrinadores e disciplinadores, são muito atuantes na orientação de sessões de desenvolvimento mediúnico, uma vez que os Guias Espirituais agem principalmente sobre o mental do médium, que está relacionado ao Chakra Frontal, regido por Pai Oxóssi, justamente o Regente do Mistério Caboclo.
Também atuam nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, na quebra de demandas, entre outros trabalhos espirituais de Umbanda, utilizando vários

recursos magísticos nos quais são iniciados. Não ostentam conhecimentos, colocam-nos em prática!
Seus assobios e brados  assemelham-se a mantras. Cada Caboclo emite um som, de acordo
Os Caboclos incorporados também costumam estalar os dedos, bater no peito e estender o braço na direção do Altar. Tudo isto tem um significado magístico-religioso:
Alguns Caboclos, quando se despedem do Terreiro, dizem que vão “para Aruanda”, ou “para a cidade da Jurema”. Outros falam que vão “subir para o Humaitá”, e assim por diante. São referências às colônias astrais que existem ligadas ao planeta Terra, onde eles habitam, conforme o respectivo grau de evolução. E muitas vezes os Caboclos responsáveis por Terreiros levam para essas colônias os dirigentes e demais integrantes da corrente mediúnica (durante o desdobramento normal dos seus espíritos que acontece durante o sono físico), a fim de participarem de trabalhos de auxílio a encarnados e desencarnados, para estudarem e ou receberem. 
Caboclo “Pena”: Todo Caboclo Pena traz uma qualidade voltada para ensinar, doutrinar. A pena é de Oxóssi, Orixá do Conhecimento.
Caboclo “Flecha”: Todo Caboclo Flecha traz duas qualidades fundamentais: uma voltada para o Conhecimento (pois a flecha é de Oxóssi) e a outra voltada para o Sentido da Direção (porque a flecha também aponta numa direção, ela dá direção- Qualidade de Yansã). São Caboclos que atuam para dar um direcionamento na busca do Conhecimento, na expansão do nosso aprendizado. E a cor que aparecer no nome do Caboclo dará o campo específico da sua atuação.
Caboclo “Folha”: Todo Caboclo Folha traz qualidades de Oxóssi, pois a folha é de Oxóssi, o Senhor do Reino Vegetal.  E a cor da folha indicará qual outro Orixá os rege e o campo específico de suas atuações.
Caboclo “Pemba”: Todo Caboclo Pemba traz qualidades de Oxum (Trono Mineral), pois a pemba é um mineral. São Caboclos de Oxóssi e Oxum. Oxóssi traz o Conhecimento e a expansão; Oxum é agregadora, atrai e reúne com
LINHAS DE TRABALHOS
CABOCLO(A)S DA MATA –  que tiveram contatos com a civilização
CABOCLO(A)S DA MATA VIRGEM -  Que não tiverma contato com a Civilização
CARACTERISTICAS DOS CABOCLOS COM OS ORIXAS
CABOCLOS DE OMULÚ
São espíritos dos antigos “pajés” das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho,em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.
CABOCLAS DE IANSÃ
São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão

(descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.
CABOCLAS DE IEMANJÁ
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.
CABOCLOS DE OGUM
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.
CABOCLOS DE XANGÔ
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.
CABOCLOS DE OXOSSI
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.
CABOCLAS DE NANÃ
Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.
 CABOCLAS DE OXUM
Incorporam de forma suave, são calmas e gostam de tratar da saúde.
 ELEMENTOS DA LINHA
Habitat:  matas e ambientes da vibração originária
Libação:  
água de côco, mate, mel com água, caldo de cana, vinho tipo moscatel
Ervas:  
cipó cabeludo, cipó caboclo, eucalipto, guiné caboclo, guiné pipi, samambaia
Flores:  
girassol, flor de ipê, palmas de diversas cores, conforme a vibração originária
Saudação: Okê, Caboclo!

TIPOS DE MEDIUNIDADE


MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO

É aquele em que o espírito, o Guia, O Protetor, ou qualquer outra Entidade se manifesta através da incorporação.
A incorporação (Entidade incorporante) dá lugar ao espírito comunicante. É a forma mais útil, permitindo-nos o entendimento direto e pessoal com as Entidades, possibilitando-nos o esclarecimento espiritual.

MÉDIUM VIDENTE
É um médium muito útil e raro nos trabalhos, pois serve para ver os espíritos que vibram nos mesmos.
Os médiuns videntes descobrem a verdadeira identidade dos espíritos manifestados e verificam se está havendo mistificação. Pode haver a vidência no ambiente, no espaço ou à distância, no tempo, ou seja, fatos a ocorrer ou já ocorridos em outros tempos.
A vidência normalmente se manifesta na infância, estendendo-se até a maturidade, quando a mesma, na maioria dos casos desaparece, somente voltando quando o médium inicia seu desenvolvimento.

MÉDIUM OLFATIVO
É o médium que tem a faculdade de sentir a aproximação das Entidades, através do olfato.

MÉDIUM AUDITIVO
A forma mais comum desta faculdade é a Telepatia. ou transmissão direta de pensamentos, emoções ou impressões. É uma forma não sensorial relativa ao cérebro ou a parte dele chamado sensório, sensações, próprio para transmitir sensações, comunicação entre duas ou mais pessoas. O médium ouve sons, ruídos e etc...

MÉDIUM DE DESDOBRAMENTO
É aquele que possui a faculdade de aparecer ao mesmo tempo em dois lugares diferentes, quer durante o sono quer em atividade normal, podendo ocorrer por ocasião de emoções violentas, agonia de morte, doenças graves ou espontaneamente através de materialização da alma.

MÉDIUM DE TRANSPORTE
É aquele que possui a faculdade de, através da concentração, transportar-se a outro lugar, isto é, em transe, sua alma se afasta do corpo e vai a lugares distantes, mas não se materializam como os médiuns de desdobramento, permanecendo invisível para os demais.

MEDIUM INTUITIVO                                                                                                             Uma modalidade de telepatia, quando a transmissão do pensamento se dá por meio do Espírito do médium, ou melhor de sua alma. Ela recebe o pensamento do Espírito que se manifesta e o transmite. Nessa situação o médium tem consciência do que fala ou escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento.
MEDIUM DESCARREGO                                                                                     acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora um espírito de baixa vibração energética, mental e emocional com intuito de “limpeza”.
MÉDIUNS DE EFEITO FÍSICOS                                                                                          São os mais aptos, especialmente, à produção de fenômenos materiais, como movimentos de corpos inertes, os ruídos, a deslocação, o levantamento e a translação de objetos, etc. Sempre neste fenômenos há o concurso voluntário ou involuntário de médiuns dotados de faculdades especiais
MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIVOS                                                        São pessoas suscetíveis de pressentir a presença dos Espíritos, por impressão vaga, como ligeiro atrito em todos os membros, fato que não logram explicar. Tal sutileza pode essa faculdade adquirir; que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas também a sua individualidade
MÉDIUNS PSICOFÔNICOS OU FALANTES                                                            É a faculdade que permite aos Espíritos, utilizando os órgãos vocais do encarnado, transmitirem a palavra audível a todos que presentes se encontrem . Os médiuns falantes, de maneira geral são intuitivos ou conscientes, sendo o intérprete ou mensageiro. O estilo, o vocabulário, a construção das frases são suas, mas a idéia é do Espirito.
MÉDIUNS SEMIMECÂNICOS                                                                                   Também denominados Semi-intuitivos. Eles sentem que, à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo, têm consciência do que escrevem, à medida que as palavras se formam. Neste casos, o pensamento acompanha as palavras.
MÉDIUNS POLÍGRAFOS                                                                                          São aqueles cuja escrita se modifica em decorrência do Espírito que se comunica, ou que são aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida.

MÉDIUNS ILETRADOS                                                                                              Os que escrevem como médiuns, sem saber ler, nem escrever, no estado ordinário. Muito raros; mais que os anteriores.

MÉDIUNS POLIGLOTAS OU XENOGLOTAS                                                                      São aqueles que escreve ou falam, sob a influência dos Espíritos, em idiomas que lhe são desconhecidos.
MÉDIUNS CURADORES                                                                                                             Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Geralmente a faculdade é espontânea e, embora haja a utilização do fluido magnético, alguns médiuns curadores jamais ouviram falar do magnetismo. Ex: - benzedeiras.

CARACTERISTICAS MEDIUNICAS

CONSCIENTE
O médium consciente que não foi instruído e preparado passa por dilemas e por vezes dúvida se é ou não um manifesto da Entidade. Essa dúvida ocorre porque mesmo o médium "tomado" pela Entidade, sente, ouve e vê e domina quase todas ou quase todas as reações físicas. Não sabe, no entanto, que a mediunidade de incorporação consciente nada tem a ver com a parte sensorial ou motora e sim com a parte mental intuitiva. Uma vez que desconhece a interferência direta exterior de uma força inteligente, que age sobre a sua aura, transferindo vitalidade para a aura da pessoa "carregada", acredita, que é a sua própria vontade.

SEMI-CONSCIENTE
É o médium cuja inconsciência não é total, porém é dominado em suas partes sensoriais e motoras, ou seja, a entidade incorporante consegue dominar seu corpo físico assim como envolver ou frenar todo o seu sistema nervoso ou neuro-sensorial e faz uma espécie de ligação com o psiquismo. Assim como que em passividade, deixando que a comunicação da Entidade incorporante se processe firmemente (na maioria das vezes, não consegue interferir), sente que seus órgãos, naquela ocasião ou transe, não são mais seus.
Dá-se com o médium semi-inconsciente uma espécie de afastamento forçado de sua vontade, de uma ação ou força de interferir na atuação ou na comunicação da Entidade incorporante.
Quando o médium é bem equilibrado acontece quase sempre um fenômeno curioso com ele. Durante a ocasião em que se processou a incorporação, sabe de tudo o que se passou (ou passa com ele ou em torno dele), ou guarda ligeiras recordações, ou acontece mesmo de esquecer ou ainda lhe é difícil reter corretamente na memória as comunicações faladas ou cantadas (na Umbanda). Guarda apenas na memória, por vezes, o sentido ou impressões boas ou más causadas por ela (a comunicação) ou pelo espírito incorporante sobre as outras pessoas. Mas isso acontece quando o médium tem de facto e de direito o dom da mecânica de incorporação.

INCOSCIENTE
Sem consciência ou com desconhecimento do alcance moral do que praticou. Parte de nossa vida psíquica da qual não temos consciência.
É muito comum o médium reclamar deste tipo. Após a incorporação o médium "dorme", acordando após a desincorporação sem noção de tempo e do que se passou com ele.

CLASSIFICAÇÃO MEDIUNICA
MÉDIUNS FACULTATIVOS OU VOLUNTÁRIOS:                                                Só se encontram entre pessoas que tem conhecimento mais ou menos completo dos meios de comunicação com os Espíritos, o que lhes possibilita servir-se, por vontade própria, de suas faculdades. Não que realizem quando queiram os fenômenos, pois sem a vontade do Espírito que se irá comunicar nada conseguirão, porém, são senhores da faculdade que possuem, não permitindo que se dêem comunicações extemporâneas e em momentos impróprios. Sabem que possuem a faculdade e se predispõem ao intercâmbio com o mundo dos Espíritos.
MÉDIUNS NATURAIS OU INVOLUNTÁRIOS:                                                  Também denominados "Inconscientes", pelo Codificador, por não terem consciência da faculdade que possuem. São aqueles cuja influência se exerce a seu mau grado. Existem entre as pessoas que nenhuma idéia fazem do Espiritismo, e nem dos Espíritos, até mesmo entre as mais incrédulas e que servem de instrumento, sem o saberem e sem o quererem.
Os fenômenos espíritas de todos os gêneros podem operar-se por influência destes últimos, que sempre existiram, em todas as épocas e no seio de todos os povos. A ignorância e a credulidade lhe atribuíram um poder sobrenatural e, conforme os tempos e os lugares, fizeram deles santos, feiticeiros, loucos ou visionários. O Espiritismo mostra que com eles, apenas se dá a manifestação espontânea de uma faculdade natural.



DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

A força mediúnica aumenta quanto mais ela for empregada no campo da CARIDADE.
Para isso deve haver desenvolvimento metódico, regrado e bem conduzido. É
necessário um período preliminar de adaptação do Médium com o ambiente e
sobretudo, com o conjunto de forças magnéticas que se forma em dado local, quando
pessoas de objetivos idênticos se reúnem e se afinizam.

O desenvolvimento mediúnico se apresenta de duas formas:

NATURAL: à medida em que evolui e se moraliza, a pessoa adquire facilidades psíquicas e desenvolve suas qualidades mediúnicas.

PROVA: a muitos, entretanto, a mediunidade surge como prova de fogo, recebem-na com poderoso auxílio para sua evolução.