Será mantido pelo Grupo de Estudos do Terreiro da Vó Benedita

Tentaremos colocar aqui a religião de uma forma pratica com uma linguagem simples de se entender, sem usar expressões antigas e desconhecidas, mas sim simplificando, da forma que nosso mentor o Caboclo das Sete Encruzilhadas quer que seja nossa religião.

A Umbanda é simples, pessoas que não estudam que não se atualizam que tem medo, que tem vaidade que complicam nossa Sagrada.

Em 2013 nosso grupo de Estudos foi focado em temas básicos da Umbanda, e conseguimos construir um conjunto de 10 apostilas básicas , com assuntos essenciais a nossa religião.

No ano de 2014 iremos focar assuntos mais complexos e misteriosos de nossa Umbanda e ate mesmo de outras religiões.

Estaremos fazendo sempre uma vez ao mês na primeira ou segunda terça feira do mês.

Teremos uma hora de palestra sobre algum desses assuntos, com algum convidado participando e depois uma hora de desenvolvimento aos médiuns da casa

Lembrem disso...o desenvolvimento do médium não deve ser apenas espiritual, mas também desenvolver seu intelecto...estudar...entender as obrigações que são pedidas e feitas.

Contatos e sugestões :

João Carlos Galerani Junior - paijoaozinho@terreirodavobenedita.com

Dirigente do Terreiro da Vó Benedita

Terreirodavobenedita.com

segunda-feira, 11 de março de 2013

Apostila IV - Março 2013


Gira de desenvolvimento -  Grupo de Estudo -  Apostila 3 – 09/03/2013

DEFUMAÇÃO – QUAL A SUA FUNÇÃO .

Em todos os terreiros de umbanda iremos nos deparar com um momento chamado defumação. E como diz um de nossos pontos cantados "Filho quer se defuma,Umbanda tem fundamento, é preciso preparar..."

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem cai pela primeira vez assistir a um trabalho.

A principal função da defumação realizada tanto na Umbanda quanto nas demais seitas religiosas através dos tempos, desde a Antiguidade, é com a queima de ervas e resinas, modificar a energia existente no ambiente para equilibrá-lo de acordo com a necessidade.

Na Umbanda, a defumação é realizada no início dos trabalhos, realizando a limpeza do ambiente, do corpo de médiuns e dos assistentes. Dependendo dos trabalhos realizados, deve-se limpar o ambiente com a defumação mais de uma vez ao longo do dia, para atrair e facilitar o trabalho que esteja sendo realizado pelas entidades.

Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso aura e nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.

Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe, pois interpenetra os campos astral e mental e o aura, tornando-os novamente “libertos” de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.

Além de suas propriedades astrais a defumação ajuda a mente do médium e da assistência, ou dos residentes daquele local, a entrarem em contato com os guias e protetores. Ou seja, o perfume da defumação estimula nossos centros nervosos (plexos) a captarem com mais qualidade as energias superiores, mantendo a mente da pessoa mais concentrada e propícia a esta percepção.




PRETO VELHO
Quando se fala em preto-velho, estamos falando de uma grande linha, ou seja, uma grande faixa vibratória onde espíritos afins se “encaixam” para cumprirem sua missão.
Esses espíritos foram ex-escravos e negros africanos que não chegaram a ser escravos. Constam também dessa linha espíritos que não foram escravos nem negros, mais que por afinidade  e experiência de vidas escolheram a Umbanda para cumprirem sua missão.
O termo “Velho”, é para sinalizar sua experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho, subentendemos que essa pessoa já tenha vivido muito mais tempo. Adquirindo assim mais coisas para contar e passar, principalmente essa mesma pessoa já viveu o suficiente para ter aprendido a ter paciência, compreensão, menos ansiedade para a vida.
Eles pode se apresentar como Vovó, Vovô, Pai, Mãe, Tio, Tia devido a  escolha em uma de suas vidas encarnatórias. Esta linha como outras foram escolhidas por representar a luta de um povo em cima de preconceitos, exploração etc..., muitos foram escravos mas nem sempre no tempo do Negros Africanos no Brasil, foram escravos em outras épocas outros lugares etc.
  A grande característica dessa linha é o conselho. É devido a esse fator que carinhosamente dissemos que são os “Psicólogos da Umbanda”.
Suas vestimentas e apetrechos são bem simples, não necessitam de muitos artifícios para trabalhar, necessitam apenas contar com a atenção e a concentração do seu médium durante a consulta. Usam cachimbo, lenços, toalhas e as vezes fumo de rolo e cigarro de palha.
Sua forma de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito. A vibração começa com um “peso” nas costas e uma inclinação de tronco para frente, e os pés fixados no chão. Se locomovem apenas quando incorporam para as saudações necessárias (atabaque, gongá e Babá) e depois sentam e praticam sua caridade.
Essa simplicidade se expande, tanto na sua maneira de ser e de falar. Usam vocabulário simples, sem palavras rebuscadas. Sua maneira carregada de falar é para dar idéia de antiguidade.
Além disso os Preto-Velhos nos ajudam a enxergar que a prática da caridade, é vital para nossa evolução espiritual.
A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mais como cada médium possui uma coroa diferente, isso determina as diferenças entre os Preto-Velhos.
Essas diferenças ocorrem porque Preto-velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência daquela força da natureza para quem eles trabalham.

As Falanges dos Preto-velhos:

1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)
Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas oferendas são entregues nas praias.

2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)
Com Yori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças.

3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)
Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas .

4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)
Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebem suas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.

5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)
Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.

6. Falange do Povo de Luanda (Pai José)
Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no cruzeiro de cemitério.

7. Falange de Bengala (Pai Tomé)
Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas.

Oferendas:

Cada Preto-Velho tem sua oferenda e gosto, mas citaremos algumas para conhecimentos.
odos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com lingüiça picada e comidas típicas do interior e da época em que viveram.

Bebidas:

Vinho, Café , Caldo de Cana, dentro das bebidas podem existir alguma particularidades como ... Arruda , Cravo, Canela... etc.

Ervas:

Arruda, Guiné, Benjoim, Cipreste, Folhas de Café, Alfavaca e Vassourinha Branca, etc...

SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS

Para cada Orixá e Linha de Umbanda, fazemos uma saudação verbal específica, saudando a entidade, demonstrando assim nosso respeito.

Entretanto não se preocupe em lembrar de tudo, pois à todos os Orixás ou entidades, que trabalham na Umbanda, basta dizer Saravá! (salve) .

Saudação :

Oxalá
Saudação:Epa babá
Êpa Babá – siginifica olá, com admiração e espanto, ao ancestral dos ancestrais.


Iemanjá
Saudação:Odô Yá
Odoia ou Odociaba – significam Mãe das águas

Nanã
Saudação:Saluba Nana

Saluba Nana singnifica: “nos refugiamos em Nanã” ou salve, a senhora do posso, da lama”.


Oxum
Saudação:Ora Yeyê-ô
Ora Aie Ie o – Aieieo – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãezinha.


Ogum
Saudação:Ogum Yê
Ogum iê! – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum senhor dos caminhos.


Xangô
Saudação:Kaô Cabecile

Kaô kabecilê! (ou Kaô kabecilê obá) – Saudação ao Orixá Xangô que significa – venham ver (admirar, saudar) o Rei (Alteza) da Casa


Iansã
Saudação:Eparrei Oyá
Epa Hei – saudação a Orixá Iansã e significa falar com espanto Olá. Esse espanto de grandeza de admiração ao ver o Orixá e dizer a ele Olá Iansã, Olá Oiá. Slave a Mãe dos elementos.


Oxóssi
Saudação:Okê Aro
Okê! Okê Arô! – saudação ao Orixá Oxossi significa Autoridade, rei, que fala mais alto, ou seja salve o Rei que é aquele que fala mais alto.

Obaluaê
Saudação:Atotô
Atotô – saudação para o Orixá Omolu, significando “Silêncio! Ele está aqui!”
O grande Rei da Terra

Oxumaré

Saudação: Arroboboi

Arroboboi - Significado da saudação: Senhor das águas supremas



Banho de Amaci


É o banho mais conhecido pelas pessoas que começam a frequentar os Centros de Umbanda e que somente deve ser preparado por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-de-Santo, Zelador(a) do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que pode ser preparado da cabeça aos pés, ou simplesmente da cabeça, porque é preparado de acordo com o Santo, Orixá protetor do filho, iniciante na Umbanda. O banho de amaci é próprio para a cabeça onde reside o nosso Santo Protetor, nosso Guia Espiritual. Só podem tomar o banho de amaci aqueles que forem frequentar e desenvolver-se na gira de Umbanda, no Centro ou Terreiro. O próprio adepto não deve nunca prepará-lo e nem tomá-lo em casa; existe todo um ritual para que seja feito o amaci da Umbanda, isto é, ervas selecionadas de acordo com o Santo do Iniciante, bem como dia e hora apropriados, e demais requesitos que o banho exige







Glossario da Umbanda

ABRIR A GIRA = abertura dos trabalhos nos terreiros.
ADEJÁ ou ADJÁ = Sineta ritual, de alumínio ou cobre, constituído de uma, duas, três ou mais campânulas, usada no Candomblé.
ALDEIA = morada dos Caboclos na Aruanda.
ALGUIDAR = recipiente de barro, espécie de bacia, muito utilizada em entregas e oferendas.
AMACI = Preparado líquido, à base de ervas sagradas maceradas em água.
AMALÁ = comida de santo, oferecida em agradecimento, louvor e também pedido aos Orixás.
APARELHO = médium.
ARIAXÉ = Ponto central do terreiro, de onde emana o axé do terreiro, onde se encontram enterrados os "fundamentos" (folhas, pedras, objetos e símbolos mágicos).
ARUANDA = céu, paraíso, plano espiritual elevado, morada dos espíritos umbandistas, morada dos Orixás. 
ARUÊ = Salve!
ASSENTAMENTO = 1. Representação material do Orixá regente de uma pessoa, composta de otás (pedras onde é "fixado" o Orixá), os elementos que o representam, suas insígnias principais, moedas, etc.
ATABAQUE = instrumento musical, espécie de tambor, utilizado nos terreiros.
AXÉ = poder que emana dos Orixás, energia vital, força invisível, mágica e sagrada. 
BABALORIXÁ ou BABÁ = pai de santo
BAIXAR = diz-se de um espírito quando incorpora no médium.
BANDA = designa a linha espiritual da entidade.
BANHO DE DESCARREGO = preparado líquido de ervas sagradas para limpeza e afastamento de vibrações negativas que se toma após o banho de asseio, despejando-o sobre o corpo, excetuando a cabeça.
BATER-CABEÇA = Saudar os Orixás, inclinando-se até tocar com a cabeça o solo. Cumprimentar respeitosa e humildemente determinada Entidade, inclinando-se até tocar com a testa o chão, quando se está diante dela.
BATER PARA O SANTO = tocar os atabaques no ritmo peculiar a determinado Orixá.
BEJA = cerveja branca.
BOLAR NO SANTO = Transe mediúnico incompleto, comum nos médiuns iniciantes ou despreparados. Forma preliminar e desordenada de transe que precede a iniciação. Animismo.
BURRO = modo como os Exus denominam seus médiuns na Umbanda. 
CABAÇA = vasilha feita do fruto maduro do cabaceiro depois de retirado o miolo.
CABEÇA-FEITA = Médium desenvolvido. Médium já cruzado no terreiro. Médium que já passou pela Obrigação de Cruzamento. Médium que já tem o Orixá “Dono da cabeça” definido.
CABOCLO = espírito de índio ou mestiço.
CACIQUE = chefe de corrente espiritual composta de índios. 
CAIR NO SANTO = transe mediúnico do não iniciado ou daquele que ainda não se encontra preparado para tal. 
CALUNGA GRANDE = oceano, mar.
CALUNGA PEQUENA = cemitério.
CAMBONO ou CAMBONE = Auxiliar das entidades incorporadas e dos leigos quando não entendem suas orientações. Auxiliar nos cultos.
CAMBURECO = homem, rapaz. 
CAMOLETE ou TORÇO= Pano de cabeça.
CAMUCITÊ = Altar. Congá. Peji.
CAMUTUÊ ou CAMUTUÁ = cabeça.
CANELA PRETA = soldado da polícia.
CANJIRA = construção na entrada do Terreiro, à esquerda, onde ficam assentados os Exus.
CANZUÁ ou CAZUÁ = Palavra de origem kimbundo que significa “cabana”, “casa”.
CAPANGUEIRO = o mesmo que “companheiro” na Umbanda. 
CAPITÃO = fiscal de trabalhos no terreiro.
CARICÓ = Templo. Terreiro.
CARREGADO = pessoa sob a injunção de fluídos espirituais maléficos.
CARURUTO = charuto.
CATULÁ = anular um trabalho de magia negra.
CAVALO = modo como as entidades denominam os seus médiuns na Umbanda.
CENTRO = Terreiro. Centro de Umbanda.
CHEFE DE CABEÇA = Modo como se designa o guia-chefe do médium. Pai ou Mãe (Orixá) de cabeça.
COISA FEITA = Diz-se do trabalho feito para levar o mal a alguém. Despacho maléfico. Feitiço. Bruxaria.
COITÉ = Cuia feita do fruto do coitezeiro. Cuia feita da casca de coco.
COMPADRE = modo popular de se referir a Exu.
CONGÁ ou GONGÁ = palavra de origem banto que designa "altar sagrado, composto por imagens de devoção. 
CORPO FECHADO = designa a pessoa que se crê a salvo da influência de maus espíritos.
CORREDOR DE GIRAS = frequentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso espiritual com nenhum deles.
CURANDÔ = curador, curandeiro.
CURIADÔ = bebida que os guias tomam. 
CURIAR = Comer. Beber.
CURIMAR = Cantar. Entoar pontos cantados.
CURIMBA = Dança do Orixá ou entidade no terreiro. Orquestra do terreiro, formada por cantores e instrumentos musicais, tais como, atabaques, tambor, agogô, chocalho, berimbau, violão, entre outros. 
CURIMBAR = dançar cantando.
CURUMIM = criança.
DAR FIRMEZA AO TERREIRO = Designa uma série de procedimentos de segurança antes do início de uma gira, no intuito de afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais no terreiro, tais como: riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc.
DAR PASSAGEM = diz-se quando o guia do médium o deixa para que outra entidade nele se manifeste.
DAR PASSES = axé da entidade transmitido ao assistido através do médium incorporado.
DEMANDA = desentendimento, problema, feitiçaria contra alguém.
DANDALUNDA = outro nome dado a Iemanjá, tais como Janaína ou Mãe Dandá.
DAR COMIDA AO SANTO = Oferenda de produtos alimentícios ao santo com o objetivo de receber o seu axé. Amalá.
DEFUMAR = limpar alguém, local ou alguma coisa de maus fluídos.
DESCARGA = ritual para afastar do corpo de alguém ou de um ambiente fluídos maléficos.
DESCARREGAR = Procedimento que visa livrar alguém de fluídos maléficos. Despachar restos de vela, pontas de charuto e demais sobras do trabalho da entidade em local adequado.
DESCER = diz-se quando o orixá ou a entidade vai incorporar no médium.
DESMANCHAR TRABALHO = anular os efeitos de trabalho de magia negra sobre uma pessoa.
DESPACHO = trabalho entregue em lugar determinado, conforme orientação de entidade espiritual, geralmente da esquerda, para desmanche de trabalhos de magia negra, feitiço.
DIA DE OBRIGAÇÃO = dia de sessão em que os médiuns observam certos atos do ritual umbandista e cumprem tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.
EGUN = Espírito desencarnado.
ELEDÁ = conjunto formado pelo Orixá “dono da cabeça” e o Orixá secundário, denominado ajuntó.
ENCOSTO = espírito desencarnado que compartilha dos pensamentos e fluídos dos encarnados, influenciando-os e prejudicando-os, conscientemente ou não, com suas vibrações.
ENCRUZA = cruzamento de ruas e rodovias no plano material, domínio de Kiumbas. Encruza espiritual é uma encruzilhada astral para colocar oferendas, sendo o correto.
ENCRUZAR ou CRUZAR = ritual que consiste em fazer uma cruz com a pemba na testa, na nuca, nas palmas das mãos e no dorso dos pés dos médiuns, no intuito de fortificar a sua mediunidade, estabelecendo uma ligação mais firme com os seus guias espirituais e protegê-lo contra influências maléficas.
ENDÁ = sineta litúrgica usada na Umbanda.
ENFORCADO = Espírito obsessor. Kiumba.
ENGIRA = Gira. Trabalho. Sessão.
ENGOMA = Conjunto de instrumentos musicais utilizados num terreiro. Atabaques.
ENTIDADES = seres espirituais.
ERÊ = Espírito que adota o psiquismo infantil para se comunicar com os encarnados. Espírito de criança.
ESPÍRITO DE LUZ = espírito sábio, benevolente, de elevada conduta moral.
ESPÍRITO OBSESSOR = espírito atrasado moralmente, algumas vezes, francamente malvado, que convive com o encarnado em perfeita comunhão de pensamentos. 
ESTRELA DE SEIS PONTAS = símbolo que traduz o poder equilibrador do universo.
FALANGE = grupo de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente vibratória (linha).
FALANGEIRO = espírito pertencente a uma determinada falange.
FAZER MESA = abrir a sessão, abrir a gira.
FECHAR A GIRA = encerrar a gira ou qualquer cerimônia no terreiro em que houve formação de corrente vibratória.
FECHAR A TRONQUEIRA = designa o ato de defumar os quatro cantos do terreiro evitando que espíritos perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.
FILHO (A) DE FÉ = adepto da Umbanda. 
FILHO (A) DE SANTO = médium iniciante ou não que trabalha em um terreiro.
FIRMA = peça central da guia (colar) utilizada pelos iniciados. É colocada no ponto em que a guia é amarrada para fechá-la.
FIRMAR = concentrar-se para incorporar.
FIRMAR PORTEIRA = procedimento de segurança, realizado antes do início do trabalho, que consiste em defumar ou riscar um ponto especial na entrada do templo, para protegê-lo de más influências.
FIRMAR PONTO = Procedimento que consiste no canto coletivo do ponto da entidade que irá dirigir os trabalhos, objetivando evocá-la ao mesmo tempo em que se forma a corrente mediúnica. Riscar o ponto de determinada entidade. Designa o momento em que a entidade risca seu ponto, dando prova de sua identidade.
FIRMEZA = conjunto de objetos com força mística (axé), que enterrados no chão protegem e dinamizam forças espirituais no terreiro.
FORÇA ESPIRITUAL = diz-se do médium que ao incorporar revela poderes e conhecimento diferentes ou além de sua capacidade moral, intelectual e espiritual.
FUNDAMENTOS = leis de Umbanda, suas crenças e procedimentos.
FUNDANGA = queima de pólvora.
GANGA = Um dos tipos de Kiumba, erroneamente chamado de Exu.
GANZÁ = instrumento musical.
GARRAFADA = bebida para fins medicinais, preparada com ervas curtidas ou maceradas, misturadas em aguardente ou água.
GIRA ou ENGIRA = culto para entidades e Orixás, onde se dança ao som de cânticos. Corrente espiritual. Caminho.
GUIA = 1. Colar ritualístico representativo de uma entidade espiritual, constituído de miçangas de cristal e/ou de porcelana, pedras ou metal, nas cores que os identificam. 2. Orixá ou entidade espiritual.
GUIA DE CABEÇA = Orixá principal que é pai ou mãe de cabeça do médium.
GUIA DE FRENTE = a primeira Entidade que se manifesta no médium, não necessariamente sendo o seu Guia de Cabeça.
HALO = Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação. Aura. Auréola circular presente na cabeça de imagens de santos e anjos.
HOMEM DAS ENCRUZILHADAS ou HOMEM DA RUA = Exu.
HUMAITÁ = palavra do tupi-guarani que significa, literalmente, “a pedra agora é negra”. Diz-se que Humaitá é a morada, o reino de Ogum. 
IABÁ = cozinheira especialista no preparo de comida de santo.
INCORPORAR = Entrar em transe mediúnico. “Receber” a entidade espiritual.
IORUBÁS = negros africanos que falam a língua Nagô.
IR PARA A RODA = desenvolvimento da mediunidade do iniciado na corrente mediúnica.
JACUTÁ = Altar. Terreiro.
JUNTÓ ou AJUNTÓ = Orixá secundário, que forma um par vibracional com o Orixá regente da coroa do médium.
JUREMA = 1. Uma das caboclas de Oxossi, chefe de falange. 2. Cidade espiritual onde habitam os Caboclos índios, também conhecida como Juremá.
KIUMBA = Encosto. Espírito obsessor. Espírito zombeteiro. Espírito maléfico.
LAÇAR O COBRERO = oração que se escreve com tinta em volta do "cobrero" para curá-lo.
LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA = semente de um tipo de capim, com o qual se confeccionam terços, guias (especialmente a de Pretos-Velhos), entre outros objetos de culto.
LAVAGEM DE CABEÇA = a lavagem de cabeça é feita derramando-se o amaci sobre a cabeça do médium, enquanto se entoa um ponto. A confirmação do guia de cabeça verifica-se após a lavagem da mesma, quando o guia incorpora e risca seu ponto em frente ao congá.
LEGIÃO = Falange. Grupo de espíritos.
LEI DE UMBANDA = designa a crença na Umbanda e em seus rituais.
LINHA BRANCA = linha de guias espirituais que são falangeiros dos Orixás.
LINHA CRUZADA = diz-se quando duas ou mais linhas se unem com o fim de tornar mais forte um trabalho no terreiro.
LINHA DE CURA = ritual que se ocupa com a cura física e espiritual do adepto.
LÓ = “Partir”, em Iorubá. “Ir ao Ló” é uma expressão utilizada pelos espíritos umbandistas para comunicar que vão desincorporar e partir.
MACAIA = 1. Folhas sagradas. 2. Local na mata espiritual onde se reúnem os caboclos. 3. Mata, floresta, bosque.
MACAIO = coisa ruim, sem valor.
MACUMBA = 1. Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. 2. Termo com que os antigos denominavam os cultos dos escravos nas senzalas. 3. Nome pejorativo com o qual os leigos denominam os “despachos” de rua, os rituais e as religiões afro-brasileiras.
MACUMBADO = pessoa enfeitiçada.
MÃE PEQUENA = médium desenvolvida, que auxilia e substitui a mãe de santo em algumas ocasiões. 
MALEIME = pedido de perdão, de socorro, de clemência, de auxílio, de ajuda, de misericórdia, que pode ser feito em forma de cânticos ou preces.
MANIFESTAÇÃO = Diz-se quando um espírito comunica-se através de um médium. Transe mediúnico. Incorporação.
MARACÁ = chocalho indígena utilizado em solenidades.
MARAFA ou MARAFO = Aguardente. Cachaça. Forma que Exu designa sua bebida.
MATÉRIA = corpo físico.
MIRONGA = Magia. Segredo. Mistério.
MOÇA = forma popular de designar Pombo-gira na Umbanda.
MULECA OU MUREKA = menina, garota.
MUZAMBÊ = Forte. Vigoroso.
NAGÔ = 1. Nome dado aos escravos sudanezes. 2. Religião do antigo reino Iorubá.
NOMINA = Oração guardada num saquinho que deve ser pendurado ao pescoço como amuleto de proteção. Patuá.
OFERENDA = presente para os Orixás, Guias, Exus. 
PADÊ = amalá para Exu.
PÃO BENTO = pão ázimo ou qualquer outro tipo de pão, ao qual se dota de forças mágicas. Nota: pães bentos são utilizados em inúmeros trabalhos, por exemplo, acendendo uma vela branca na margem de mares ou rios, jogando em seguida um pão bento nas águas para localizar o corpo de uma pessoa que morreu afogada.
PATACO = dinheiro, moeda.
PATUÁ = Escapulário que o irmão de fé traz pendurado no pescoço, ou carrega em sua carteira, contendo orações, rezas e elementos.
PEJI ou PEGI = Altar. Congá.
PEMBA = espécie de giz em forma cônica arredondada, utilizado para traçar desenhos de caráter invocatório (pontos), entre outras determinações ordenadas pelos guias. Nota: as diversas cores de pembas permitem identificar a linha a que pertence a entidade trabalhadora.
PERNA DE CALÇA = significa “homem” na linguagem das Entidades.
PITO = Cachimbo ou cigarro de palha usado pelos Pretos-Velhos.
PONTEIRO = pequeno punhal utilizado em rituais e trabalhos de magia. 
PONTO CANTADO = Letra e melodia de cântico sagrado para cada entidade. Espécie de prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair a vibração das linhas, falanges de trabalho e entidades espirituais, assim como homenageá-las quando chegam e despedi-las quando devem partir. Cânticos de louvor, entoados com finalidades rituais em determinadas cerimônias, para trabalhos de descarrego e desenvolvimento mediúnico. Nota: pontos cantados não devem ser deturpados ou modificados, para que sua força não se altere.
PONTO RISCADO = Desenho constituído de sinais cabalísticos, riscados com pemba, que chamam a entidade para o mundo terreno. Sinal, que riscado pelo médium incorporado, identifica a entidade manifestada e fecha o seu corpo contra espíritos e forças perturbadoras.
PORTEIRA = entrada do terreiro.
POVO DA ENCRUZA ou POVO DA RUA = falange de Exus.
PRECEITO = prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.
PUXAR O PONTO = iniciar um cântico.
PURUCADÔ = testa.
QUEBRANTO = mau olhado, feitiço, coisa feita. O quebranto é cortado com benzimento de Pretos Velhos.
QUEBRAR DEMANDA ou QUEBRAR A FORÇA = anular, desmanchar o efeito de um trabalho feito para prejudicar ou perturbar uma pessoa.
QUEBRAR PRECEITO = desrespeitar as regras estabelecidas num ritual ou trabalho. 
QUIMBANDA = linha de trabalhos de esquerda que juntamente com as linhas de direita, formam o equilíbrio na Umbanda. Não é o mesmo que Kimbanda e não é do mal.
QUIZILA, QUEZILA ou QUEZÍLIA = Tabu, aversão, antipatia, repugnância, implicância, interdição, indisposição em relação a algo ou alguém. Conjunto de proibições. 
RABO DE ENCRUZA = kiumba, espírito mau, trevoso, maléfico. 
RABO DE SAIA = mulher. 
RECEBER O SANTO = Incorporar. Entrar em estado de transe com o Orixá ou guia espiritual.
REDENTOR = Jesus Cristo
REINOS = Divisões do mundo espiritual. Domínios dos Orixás na natureza.
RESPONSO = oração dirigida a determinado guia para se conseguir uma graça.
RISCAR PONTO = desenhar sinal cabalístico que identifica determinada entidade espiritual para evocá-la ou a sua vibração ao plano físico. 
ROÇA = terreiro, centro.
SACUDIMENTO = Sacudimento do Centro: limpeza, lavagem e varredura do terreiro. Sacudimento das pessoas: descarrego dos filhos de santo.
SAMBORÊ = termo empregado no Omolokô que significa “sambar”, ou seja, “pular com alegria”. Nos terreiros designa um momento de grande energia. Nota: quando riscam os pontos algumas entidades cantam "Samborê, pemba de Angola" para maior firmeza dos trabalhos. 
SARABUMBA = Salve! O mesmo que Aruê!
SARAVÁ = saudação umbandista que significa “Salve!”, “Viva!”.
SUCÊ OU SUNCÊ = você, tu.
TOCO = vela, charuto, cigarro, banco.
TRONQUEIRA = lugar de grande importância para a segurança do terreiro, localizado de frente para a rua, do lado esquerdo de quem entra.
TUIA = fundanga, pólvora.
TUMBA = palavra congo-angolesa (Kimbundu) que significa parente ou pessoa íntima, mas que no Brasil ganhou o significado de sepultura, campa, jazigo, sepulcro.
UMBANDISTA = praticante, crente, seguidor da Umbanda.
UMBRAL = Purgatório. Região entre o plano físico e espiritual destinada ao esgotamento dos resíduos mentais no processo em que a alma abandona o corpo após sua morte. Estado ou local por onde passam algumas pessoas após a morte. Nota: no umbral os desencarnados experimentam sofrimentos "físicos" e morais, tais como, a sensação da necrose do corpo, o constrangimento de se ver incapaz de ocultar suas mazelas morais e desejos mais íntimos dos olhares de outros espíritos. 
YALORIXÁ ou IALORIXÁ (IÁ, IAIÁ) = mãe de santo.
ZAMBI = Deus supremo na Umbanda. O Criador na Angola, equivalente à Olorun no