Será mantido pelo Grupo de Estudos do Terreiro da Vó Benedita

Tentaremos colocar aqui a religião de uma forma pratica com uma linguagem simples de se entender, sem usar expressões antigas e desconhecidas, mas sim simplificando, da forma que nosso mentor o Caboclo das Sete Encruzilhadas quer que seja nossa religião.

A Umbanda é simples, pessoas que não estudam que não se atualizam que tem medo, que tem vaidade que complicam nossa Sagrada.

Em 2013 nosso grupo de Estudos foi focado em temas básicos da Umbanda, e conseguimos construir um conjunto de 10 apostilas básicas , com assuntos essenciais a nossa religião.

No ano de 2014 iremos focar assuntos mais complexos e misteriosos de nossa Umbanda e ate mesmo de outras religiões.

Estaremos fazendo sempre uma vez ao mês na primeira ou segunda terça feira do mês.

Teremos uma hora de palestra sobre algum desses assuntos, com algum convidado participando e depois uma hora de desenvolvimento aos médiuns da casa

Lembrem disso...o desenvolvimento do médium não deve ser apenas espiritual, mas também desenvolver seu intelecto...estudar...entender as obrigações que são pedidas e feitas.

Contatos e sugestões :

João Carlos Galerani Junior - paijoaozinho@terreirodavobenedita.com

Dirigente do Terreiro da Vó Benedita

Terreirodavobenedita.com

domingo, 9 de junho de 2013

Apostila VII - Junho 2013


Texto para reflexão:
O que é ser umbandista!!!
Ser umbandista não é ser apenas religioso. É ser cristão.
Ser umbandista não é ostentar uma crença. É vivenciar a fé sincera.
Ser umbandista não é ter uma religião especial. É saber que tem grande responsabilidade para consigo mesmo e para com o próximo.
Ser umbandista não é querer superar o próximo. É querer superar a si mesmo através da reforma íntima e das boas ações.
Ser umbandista não é construir templos de pedra. É transformar o coração em templo eterno.
Ser umbandista não é apenas aceitar a reencarnação. É compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Ser umbandista não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber. É comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.
Ser umbandista não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura. É transformar os livros e suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança. Ter grande conhecimento sem no entanto vivenciar é o mesmo que falar e não fazer.
Ser umbandista não é internar-se no Centro Espírita ou Terreiro, fugindo do mundo para não ser tentado. É conviver com todas as situações, sem alterar-se. O umbandista consciente é umbandista no centro, terreiro, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sózinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.
Ser umbandista não é ser diferente. É ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus. Não é mostrar-se que é bom e sim provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente. Anormal é não ser bom.
Ser umbandista não é curar ninguém. É contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.
Ser umbandista não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros. É ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e na sua própria fé, que estão na sua vontade sincera e perseverante de melhorar a si próprio.
Ser umbandista não é consolar-se em receber. É confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".
E por fim, ser umbandista não é esperar que Deus desça até onde nós estamos. É subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre, buscando sempre o auxílio ao próximo, a pratica do bem e da caridade.
Isto é ser umbandista!




                                 




Sonhos na mediunidade
Os sonhos são produções espontâneas do inconsciente, sem a participação direta do ego.
Eles brotam das conexões psíquicas que formam os nós das redes dos complexos. São expressões do Espírito que aliviam as tensões geradas pelo conjunto das emoções das experiências reencarnatórias. Não são quimeras nem fantasias, mas legítimas imagens carregadas de significado aparentemente incompreensível.
São resultantes simbólicos das intensas emanações das experiências vividas pelo espírito, que ficam gravadas no perispírito. Essas experiências podem ser ocorrências no momento do sono, da vida atual, de vidas passadas, assim como prognósticos quanto ao futuro.
Os sonhos que retratam vivências do espírito durante o sono do corpo físico, contêm menos símbolos e são mais nítidos e lógicos do que aqueles que trazem informações sobre vidas passadas.
Porém, qualquer que seja o conteúdo dos sonhos, ele sempre terá símbolos a serem decodificados.
A existência da faculdade mediúnica desenvolvida favorece a produção de sonhos com fraco conteúdo simbólico, pois o inconsciente dos médiuns ostensivos é mais aberto à consciência.
Tal abertura favorece o alívio natural das tensões inconscientes, conforme o médium for lidando harmonicamente com os fenômenos resultantes de sua relação com o espiritual.
Embora os sonhos retratem aspectos da vida do sonhador, contendo realidades que lhe pertencem, alguns médiuns têm a facilidade de sonhar com informações sobre a vida de outras pessoas.
Isso é raro e denota a existência de uma faculdade psíquica especial.
Há pessoas que sonham com eventos que freqüentemente terminam por acontecer. São os chamados sonhos premonitórios.
Esse tipo de mediunidade não só decorre do contato do médium com espíritos que lhe proporcionaram conhecimentos além do senso comum, como também por conta da flexibilidade maior do médium em vasculhar seu inconsciente, obtendo mais amplas informações para antever o futuro. Não são previsões absolutas, mas possibilidades de ocorrência, com altos níveis de probabilidade. A premonição é sempre uma possibilidade e não uma ocorrência futura absoluta.
Os sonhos dos médiuns podem estar misturados com idéias, emoções e informações de espíritos desencarnados que com eles mantêm contato próximo. Espíritos que porventura se encontrem no campo psíquico do médium, poderão, por pregnância, alterar o conteúdo de seus sonhos. Os símbolos neles presentes podem estar misturados aos próprios do inconsciente do médium. Os tipos de símbolos servem como elementos de identificação de sonhos que são vivências espirituais, dos sonhos comuns e oriundos da psiquê do próprio indivíduo. É sempre oportuno que os médiuns ostensivos levem seus sonhos para interpretação a pessoas que tenham conhecimento psicológico e espírita, e que poderão melhor auxiliá-los na compreensão dos símbolos neles presentes.
As pessoas que sonham freqüentemente com outras que já faleceram, parentes ou não, possuem um tipo de mediunidade a que chamo mediunidade onírica, pois ocorre durante o sono e só é percebida após o acordar. Seu desenvolvimento está associado à identificação dos personagens desencarnados presentes nos sonhos, bem como à interpretação adequada das mensagens neles existentes..
Do Livro: Psicologia e mediunidade - Adenáuer Novaes

















Descarrego


Descarrego, o “des” significa tirar o “carrego” Carrego seria um “peso” algo que carregamos, aquilo que não faz parte da nossa essência e que de alguma forma nos foi colocado, por outros, e até por nós mesmos consciente ou inconscientemente, ou ainda por fatores karmicos!
Obs. Fatores Karmicos= Lei do retorno, que trás consigo os resultado de ações pretéritas, boas ou ruins. Tudo funciona dentro das Leis do Ser Supremo, dificuldades ou facilidades aparentemente sem uma causa real ou lógica.
Na Umbanda, O DESCARREGO, é um termo comum, assim como seu uso dentro das cerimônias, a pessoa atendida, médium da casa(integrante do grupo) ou consulente(frequentador ou visitante) que esteja “carregado” será purificado, liberto destas energias negativas, ou entidades negativas e perturbadoras, os chamados dentro da linguagem umbandista de kiumbas(no kardecismo são chamados obsessores).
Fatores que são eliminados pelo desgarrego:
1) Energias Negativas(vibrações criadas pela própria pessoa, através dos seus pensamentos, ou através de pensamentos ou ações mágicas de outros, sejam encarnados ou desencarnados)
2) Larvas Astrais(formas pensamentos, seres elementares criados através de pensamentos pertinentes e repetitivos, esses pensamentos adquirem “vida própria” no mundo astral, e passam a se alimentar da energia da ou das pessoas, que os criaram)
3) Kiumbas ou os chamados Espíritos Obsessores, são entidades, que por motivos diversos perseguem ou se ligam as pessoas(suas vítimas) de forma a lhe sugarem energias vitais e/ou influenciarem negativamente.
4) Espíritos da categoria de sofredores, entidades que se afeiçoam a pessoa, podem ser até mesmo parentes e amigos desencarnados, esses espíritos algumas vezes não sabem que não pertencem mais a este mundo físico, algumas vezes até o sabem, mas por gostarem do encarnado ficam a lhe acompanhar, procurando “ajuda-lo”, o que não é possivel pelo fato de não terem a devida “força ou luz” para este fim”
Forma como são feitos os descarregos:
O médium irá captar essas energias negativas e transmuta-las através de sua sensibilidade, tirando literalmente as energias negativas do corpo perispiritual do atendido e passando ao seu, como essas energias não lhe são próprias, elas serão captadas e facilmente eliminadas por esse captador. Esse tipo de DESCARREGO elimina as energias da categoria 1 acima mencionada (energias negativas)
Outras vezes o médium devidamente “incorporado” irá buscar a ou as entidades obsessoras, para que sejam doutrinadas e afastadas dentro da cerimônia. Categoria 3 Kiumbas ou Obsessores.
Da mesma forma os chamados Eguns Sofredores, irão ser doutrinados, auxiliados e encaminhados, muitas vezes eles tem que se manifestar em um médium do grupo, para receber parte da energia vital do mesmo e sofrer o chamado “choque da carne” que vem a ser a sua própria comunicação através de um médium para assim tomarem a “consciência” que não mais pertencem a este mundo físico, posteriormente são levados aos hospitais da espiritualidade ou a escolas de doutrinação.
No caso da categoria 2, larvas astrais ou seja formas pensamentos que criaram seres elementares, eles terão que usar outras formas de DESCARREGO, o que chamamos de SACUDIMENTO, porque larvas e seres astrais desta categoria não são humanos e portanto não se comunicam através de médiuns(ainda bem) e não possuem um entendimento para doutrinação, sendo apenas digamos assim, para exemplificar, um “programa de computador” que saiu do controle, assumindo atitudes próprias. Neste caso eles são eliminados pelos elementos da natureza, agua(agua e líquidos de axé), terra(farinhas) , ar(fumaça da queima de ervas e polvora), e principalmente pelo fogo(polvora, velas), dai a necessidade dos rituais com estes elementos. A larva astral é literalmente destruida, por este ritual(procedimento) assim como se destroi um parasita do corpo, se destroi estes parasitas da alma, eles são vivos e vivem no astral se unindo a sua vítima através dos chakras e perispírito da mesma, assim como um carrapato ou sanguessuga, e sua forma assemelha-se inclusive a essas criaturas.
Adaptacao do texto: http://www.paicarlosdeoxossy.com/news/o-que-e-descarrego-na-umbanda.


Kiumbas
Kiumbas, ou Quiumbas,  são espíritos trevosos ou obsessores,  que se encontram desajustados perante à Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.
Os Kiumbas, por não terem leis nem regras, podem se manifestar dentro de uma corrente de Kimbanda, Batuque e demais, quando a conduta for deturpada pelo médium, podendo inclusive tomar o lugar do Exu Guardião de um médium de má conduta mediúnica.
É comum médiuns que trabalham com magia negra, feitiçarias e afins terem afastadas as suas próprias entidades, que atuam somente nas leis de Deus, e serem substituídas por pseudo-entidades que se apresentam como se fossem as suas entidades, mas são Kiumbas.
Mediunicamente, quando um Kiumba assume a frente da mediunidade de uma pessoa, devido a sua má postura e opção pelo mal propriamente dito, a vida desta pessoa tende a envolver-se de doenças, rebeldias, vícios, deturpação sexual, aversão social e intolerância ao meio, afundando-se em trevas de seus próprios desejos e vaidades.
Existem vários casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, vaidosos, que abrem as portas da sua mediunidade para a atuação de Kiumbas. Estas entidades, verdadeiros marginais do baixo astral,  tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda.
Em muitas incorporações, ou "supostas incorporações", estas entidades espirituais ora se apresentam como um Guia Espiritual, ora como um Guardião. Vamos entender o trabalho dos Kiumbas, para uma fácil identificação:
O Kiumba é aquele que caminha nas periferias do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos empedernidos e malfajejos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazê-lo. Tudo o que pertence luz e o que é do bem, eles desejam a todo custo aniquilar. Esses espíritos atuam onde conhecemos como“Umbral”, uma região das dimensões densas que não existe ordem de espécie alguma.  Muitos são recrutados através de emolumentos, pelos líderes do baixo  astral para que atuem em contra algum desafeto.
As infiltrações destes marginais das sombras são organizadas. Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada Boiadeiros. Esta linha poderosa de trabalho é especializada em desobsessão, e na captura desses marginais. Os Boiadeiros  conduzem até nós médiuns estes espíritos, principalmente nos trabalhos de transporte, para  que através da mediunidade seja possível tratá-los, ou seja os corpos negativos  são paralisados através da incorporação. Desta forma, eles são acorrentados e conduzidos para as celas prisionais das Confrarias de Umbanda. Nestes pontos do astral são esgotados em suas tormentas, em seus mentais desajustados, para que consequentemente possam adquirir sinais de consciência. Após este dolorido processo de reformulação, transformar-se-ão em um sofredores, donde numa etapa posterior são encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais apropriados para estes fins, pois através do sofrimento,  toda a maldade adquirida será neutralizada,  partindo para uma libertação do atraso espiritual, finalmente para as reencarnações. Muitas vezes este processo leva muitos anos, até séculos, senão milênios.
O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos “Kiumbas” nos importunem, é o mesmo da desobsessão, no entanto, o decurso para “tratá-los” é predicado da Umbanda, sendo cada situação analisada de forma particular pelos Guias Espirituais.
















Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Caixa de texto: O Ponto Riscado na Umbanda é Poder de Magia e traz toda a força misteriosa da escrita astral que tem o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar e equilibrar qualquer Energia, o Terreiro ou até os médiuns, pois atua em seus campos energéticos e mediúnicos. Não pode existir um Terreiro sem o testemunho dos Pontos Riscados, isto é, da Pemba. Assim pode-se afirmar, sem a menor dúvida, que a Pemba é o instrumento mais poderoso da Umbanda, pois sem os pontos riscados nada se pode fazer com segurança.
Os pontos podem ser riscados em espaços fechados ou abertos. Se em espaço fechado a ação é concentrada, delimitada e limitada, cria-se um verdadeiro campo de força. Usado em solicitações específicas e nos pontos identificatórios. Quando riscado em espaço aberto a ação é ampla, vasta, envolve a todos e a todo o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou Mãe Espiritual.

Os pontos podem ser riscados fechados ou abertos. Se fechado a ação é concentrada, delimitada e limitada, cria-se um verdadeiro campo de força. Usado em solicitações específicas e nos pontos identificatórios. Quando riscado aberto a ação é ampla, vasta, envolve a todos e a todo o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou Mãe Espiritual.

O Ponto Riscado pode ser Identificatório, que é uma das grandes provas para confirmar que o médium está capacitado para conquistar um novo grau, uma vez que se a Entidade não estiver realmente bem incorporada, e isso se deve somente à capacidade mediúnica do médium, ele não saberá e não conseguirá riscar com firmeza e clareza o ponto que identificará o Guia Espiritual entre os demais, é uma espécie de assinatura pessoal; pode ser Magístico ou Simbólico, que tem várias funções pois pode ser energizador, protetor, irradiador, desagregador, transmutador, entre muitas.
O estudo formalizado desse tipo de ponto riscado não existe, pois esse conhecimento é de ‘poder do Astral Superior’, no entanto, é importante seguir algumas bases e livros Sagrados milenares, assim como algumas bases cabalísticas para tentarmos compreender esse grandioso Mistério; ou o ponto riscado pode ser ainda Simbólico, que tem um grande valor e poder mágico pois são sinais expressos em formas que dão a entender uma intenção, uma ação ou uma direção.

Caixa de texto: Vemos nos terreiros vários objetos sendo usados como instrumentos de trabalho, são poderosos elementos energéticos que facilitam a ação espiritual beneficiando o assistido. Entre tantos elementos como águas, charuto, pedras, ervas, velas, toalhas, quero chamar a atenção para a PEMBA.
A PEMBA é um dos elementos de maior poder energético que a Umbanda tem e é usada durante, antes e depois de uma gira espiritual acontecer, além disso, é um elemento que representa e atua na Umbanda em todos os sentidos e de várias formas. Não é à toa que nos referimos aos médiuns umbandistas como “filhos de pemba”, não é à toa que a pemba não pode faltar em qualquer ato ritualístico da Umbanda, seja casamento, batizado, ato fúnebre ou mesmo nas giras assistenciais, não é à toa que, antes do atendimento assistencial, pontos são riscados pelos guias e, com certeza, conhecem coisas que nós nem fazemos ideia.
Quando ela é usada como pó junto com a energia do sopro, envolve todo o ambiente e todos os espíritos encarnados e desencarnados de forma poderosíssima, iniciando um trabalho de limpeza, harmonização ou até de descarga;  claro que isso depende da composição dos elementos adicionados à Pemba que está sendo utilizada e da forma que é soprada essa Pemba.



Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Quando usada nos PONTOS RISCADOS, o símbolo riscado transforma-se em um Símbolo Sagrado com grande Poder de Ação, traz toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza,  portanto têm o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os médiuns pois atuam em seus campos mediúnicos.

Importante comentar que a escrita mágica simbólica com seus infinitos signos e símbolos é tão antiga quanto a humanidade e são encontrados pelos arqueólogos em construções antiquíssimas, em túmulos, dentro de templos religiosos, lugares de cultos, seitas. Mesmo porque a comunicação escrita surge através de símbolos, traços, pontos e não através de letras como estudamos hoje. Portanto, essa escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado à disposição da humanidade pelos povos antigos e pelos seres espirituais superiores que dela muito tem se servido no decorrer dos séculos.

A Pemba também é usada no médium como forma de Cruzamento, esse ato melhora a mediunidade, protege, potencializa o dom mediúnico etc. O Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda importantíssimo. Sabemos que um médium de incorporação antes de iniciar seus trabalhos espirituais tem que ser cruzado abrindo e fechando canais energéticos, magnéticos e divinos.

Claro que não para por aqui, mas acredito que com essas informações dá para se ter uma idéia de como é necessário o conhecimento e o bom senso, afinal é necessário saber confeccionar e consagrar uma pemba, saber preparar as misturas e saber assoprá-las, saber o que representa, pelo menos alguns Símbolos Sagrados e suas funções, direções, energias, pontos de entrada e saída.

Saiba que, infelizmente, têm muitas pessoas riscando pontos aleatoriamente sem um pingo de cuidado e conhecimento e, com isso, estão abrindo portais negativos, ativando baixo astral e, pior, invertendo pontos Sagrados sem ao menos se darem conta do reflexo de suas ações. Saiba, o mau uso da Pemba ou do Ponto riscado pode levar a consequências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhando os fios, o que acabará provocando curtos-circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.

Não podemos esquecer que simbolicamente a PEMBA é a caneta da Umbanda, é com ela que registramos todas nossas ações no Livro Sagrado da Lei.
Espero que com isso esclarecido acenda-se  a Luz  do Conhecimento, da Responsabilidade e do Bom Senso sobre todos e que, acima de tudo, nos tornemos capacitados para lidar com tantas coisas Sagradas e com tantas pessoas necessitadas.

Pontos Riscados Umbandistas

01 Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções lhes são dadas por eles.
02 –  Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica.
03 Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e ondas vibratórias que são realizadoras e, assim que são riscados, são ativados e começam a trabalhar.
04 – Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais são retirados modelos de símbolos e signos mágicos, os quais assim que são riscados e ativados aqui no plano material, religam-se a elas que lhes darão sustentação nos trabalhos que serão realizados.
05 – Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns bastante conhecidos e de fácil identificação e interpretação, enquanto a maioria nos são desconhecidos e praticamente impossível de serem identificados e classificados.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Pontos Riscados Umbandistas

06 – Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares porque assim, suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo espaço físico coletivo.
07 – A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade e, tem sido encontrados signos e símbolos em construções antiqüíssimas dentro de túmulos e urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado a disposição da humanidade pelos seres espirituais superiores e que dela, muitos tem se servido no decorrer dos séculos.
08 – Algumas ordens antiqüíssimas criaram, a partir de signos e símbolos, suas escritas mágicas sagradas e cada uma delas serviu-se ou ainda se serve da sua simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem significado especial e interpretação própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado a nossa disposição por Deus.
09 – Os guias espirituais de Umbanda servem-se de uma certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas apenas, pois pode-se encontrar pontos riscados de diferentes entidades, a reprodução de símbolos e signos idênticos.
10 – Na Umbanda, manifestam-se através de nomes simbólicos muitos poderes divinos que são em si, mistérios cujas atuações estão voltadas para o crescimento religioso dos seres e dos símbolos riscados pelos guias, nos seus pontos, estão indicando mistérios firmados e ativados por eles.

Simbologia nos pontos riscados



Caixa de texto: CÍRCULO representa o espírito puro, simboliza o Criador, a consciência humana reconhecendo a eternidade, o Universo e a perfeição. É um símbolo universal de unidade, totalidade e infinito.
Já um PONTO representa o ser Supremo, a energia concentrada. A CRUZ é o símbolo que representa a fé e a submissão ao Sagrado, a LINHA HORIZONTAL representa o corpo, a matéria – é o lado mundano – e a LINHA VERTICALrepresenta a alma em busca do retorno ao Criador – é o lado Divino.
LINHAS SINUOSAS representam a vibração do mar, a regeneração e os mistérios da vida.
O QUADRADO representa os quatro elementos: terra, fogo, água e ar.
O TRIÂNGULO representa a força Divina, a trindade Pai, Filho e Espírito Santo ou Olorum, Oxalá e Ifá.
O ARCO e FLECHA é a força espiritual, energia e potência. A ESPADA representa a alma em busca do Criador, a luta do trabalho, o guerreiro.
O CORAÇÃO representa almas em posições equilibradas, o amor e a doçura.


As estrelas são o símbolo da verdade, do espírito e da esperança.

ESTRELA DE QUATRO PONTAS se assemelha a uma cruz e nos remete ao nascimento de Jesus e principalmente à finalidade da sua vinda: o amor incondicional. A ESTRELA DE CINCO PONTAS ou Pentagrama é um símbolo poderoso de proteção e equilíbrio. Cada uma de suas pontas representa um dos quatro elementos manifestados – Fogo, Ar, Água e Terra – mais o elemento unificador: o Espírito.

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Simbologia nos pontos riscados

O Hexagrama ou ESTRELA DE SEIS PONTAS é formada por dois triângulos e representa todas as Forças do Espaço em equilíbrio. É um símbolo potente que retrata o macrocosmo – Deus, o Universo ou Energias mais altas – em equilíbrio com o microcosmo – a raça humana, a Terra ou Energias Evidentes.
ESTRELA DE SETE PONTAS ou Septagrama é um símbolo de integração e tão mística quanto o número de suas pontas. Representa a inteligência oculta, é associado aos sete planetas da astrologia clássica e a outros sistemas do Sete, tal como os chacras do Hinduísmo.
ESTRELA BRANCA representa a luz dos espíritos e a ESTRELA GUIA (com cauda) é o símbolo da capacidade de acompanhamento.

Cada ponto tem suas particularidades, seus elementos e seu modo de riscar onde absolutamente tudo tem um significado diferente. Compreender e saber “ler” os pontos riscados é um dever de todo médium e uma técnica que só se aprende com muito estudo, observação e trabalho.

Um pouco mais sobre o Ponto Riscado

Li esse texto e achei conveniente e pertinente dividi-lo com todos.
O ponto riscado é um fundamento que nasceu juntamente com a religião de Umbanda. Mais do que simples desenhos, os pontos riscados são símbolos sagrados, além de ser um dos elementos que demonstram a autenticidade da incorporação.
A entidade que realmente está incorporada em seu médium deve passar seu ponto riscado e/ou ponto cantado os quais serão confirmados pela entidade chefe da casa.
Não existe entidade na Umbanda que não risque ponto. De Exu à Ibeijada todas as entidades, se entidades de verdade, devem riscar e firmar seu ponto.
É através dele que a entidade indica sua origem e linha de trabalho e busca as energias para o cumprimento de sua missão.
Obviamente que um médium em desenvolvimento não terá suas entidades riscando ponto da noite para o dia. Assim como o desenvolvimento mediúnico, é algo a ser trabalhado a longo prazo, pois, só se risca o ponto completo a entidade que está “firme”, ou seja, que já tem um domínio maior sobre a matéria do médium.
O médium em desenvolvimento, muitas vezes sem notar, passa por inúmeras experiências. Às vezes aparecem símbolos em sua mente, sonham com pontos riscados e cantados, etc. Essas experiências nada mais são do que a espiritualidade preparando o médium para o desenvolvimento. Como já foi tratado em inúmeros textos, o desenvolvimento mediúnico não ocorre apenas dentro do terreiro, mas ele é constante em nossas vidas. Por tal razão o médium deve estar sempre em sintonia com a espiritualidade, a fim de contribuir para o próprio progresso.
Quando se vê “médiuns” em que suas “entidades” tremem ao riscar o ponto, ou “rabiscam” a tábua com símbolos indefinidos ou até mesmo se negam a riscar o ponto, é um evidente sinal que seu desenvolvimento ainda não está completo. Que ainda possuem uma consciência que interfere na vontade entidade.
A entidade quando de fato incorporada, risca sem medo e sem dúvida, pois ela conhece o ponto a ser riscado. Falta nas situações apontadas acima, sintonia entre o médium e sua entidade e até mesmo o próprio desenvolvimento do médium.
O médium jamais deve forçar sua entidade a nada. Muitas vezes o médium na pressa de “se desenvolver” realiza atos que apenas o irão expor. Quando chegado o momento de riscar seu ponto a entidade irá fazer sem qualquer hesitação. Qualquer interferência do médium na incorporação é prejudicial, mesmo nos casos da mediunidade tida por consciente.
Muitas vezes, a entidade, quando entende que já chegou momento, começa seu ponto, com, por exemplo, uma flecha, uma folha, um raio, etc., e o deixa aberto. Não se trata do seu ponto riscado, mas sim de seu começo. Com o passar do tempo ela irá completando até dizer que está
pronto. O circulo ao redor da tábua se dá apenas após a confirmação do ponto, sendo, geralmente, feito pela primeira vez pela própria entidade chefe.


Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

Um pouco mais sobre o Ponto Riscado
Já os médiuns graduados, estes já passaram pelo desenvolvimento inicial, por isso suas entidades riscam por completo sem qualquer hesitação. Se a hesitação houver, é sinal que seu desenvolvimento também não foi completo ou está inadequado para a formação que possui.
Dessa forma, verifica-se que apenas após a entidade riscar seu ponto e ele for confirmado pelo guia chefe da casa, é que a entidade estará de fato incorporada. Por essa razão é totalmente equivocado a utilização de materiais pela entidade antes de sua confirmação.
Por exemplo, utilização de capa e chapéu para exu, bengala para preto velho, bicos e enfeite para as crianças, ciganos, etc., por “entidades” que não riscaram o ponto. Ora, se ela não riscou ponto, não se sabe quem é, não se sabe se de fato é a entidade ou se a própria cabeça de médium. Nem todo Exu usa capa! Nem todo preto velho usa bengala! Nem toda criança usa enfeites e bico! Por essa razão esses elementos só poderão ser utilizados pelo médium em que a entidade riscou e teve seu ponto confirmado, pois somente aí ELA poderá escolher de fato os elementos que deseja utilizar em seu trabalho e não o médium.
Também é desaconselhado o médium em desenvolvimento procurar na internet pontos riscados ou comprar os famigerados livros de pontos riscados. O ponto riscado é algo individual de cada entidade. Mesmo que duas entidades pertençam a mesma falange, como por exemplo, do Caboclo Sete Flechas, raramente o ponto dessas entidades serão idênticos. Haverá sim semelhanças, mas cada espírito terá suas peculiaridades.
O ponto riscado, como dito acima, virá com naturalidade, com o tempo e não da noite para o dia como pensam alguns. A pressa só atrapalhará o sadio desenvolvimento do médium.
O médium não deve se sentir menosprezado por que sua entidade não riscou ponto. O desenvolvimento mediúnico não é igual para todos, pois cada pessoa possui a mediunidade em um determinado nível sendo alguns mais aguçados que outros. Como dito acima, deve ter paciência e buscar o correto desenvolvimento passo a passo.
Os pontos riscados além de identificar a entidade, poderão ser utilizados para descarregos, firmezas, amacis, cura, segurança, etc. São pontos que a entidade, após sua confirmação, utilizará em seus trabalhos. Cada símbolo, cada risco tem um significado o qual deve ser explicado pela entidade que o risca.
Esse é um fundamento que não deve se perder! Nasceu com a Umbanda e nela deve permanecer. Têm-se relatos de terreiros que se dizem de Umbanda, em que não se é riscado ponto. Trata-se de completo absurdo! O fato de não se riscar ponto está abrindo campo para mistificações, além de comprometer a própria segurança da casa.
Para encerrar, como sempre é dito em nossa casa, para exemplificar a importância do ponto riscado: “sentar no chão, comer doce e pedir benção é fácil, qualquer um faz sem precisar estar incorporado! Mas riscar seu ponto, confirmá-lo e dar seu ponto cantado, apenas as verdadeiras entidades irão fazer!”
“Umbanda tem fundamento e é preciso preparar!”
A Pemba na Umbanda

Um dos elementos indispensáveis à Liturgia Umbandista, porém pouco comentado e estudado, é a PEMBA.
Mas, de onde veio esse elemento? Qual sua função? Qual sua história? Para que é utilizado? O que representa cada cor? 

Buscar-se-á neste humilde texto responder essas indagações, a fim de oportunizar aos nossos filhos de fé, e irmãos em geral, o esclarecimento sobre esse instrumento sagrado tão utilizado por todos os nossos guias espirituais.
Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

Ao comprar uma Pemba nova, em qualquer loja de Umbanda deste país, certamente você irá encontrar um folheto dentro da embalagem, com as seguintes informações:

"Pemba Legítima Africana" - Recuse imitações!

"A PEMBA é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem, fabricada com o pó extraído dos MONTES BRANCOS KABANDA, é empregada em todos os RITOS E CERIMÔNIAS, festas, reuniões ou solenidades africanas e umbandistas. 

Nas tribos de UMBANDA, BACONGO E CONGOS, é usada a PEMBA sob todos os pretextos. Quando é declarada a guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a PEMBA para vencer os inimigos; por ocasião dos casamentos, os noivos são pelos padrinhos esfregados com a PEMBA para que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negócio esfrega um pouco de PEMBA nas mãos; em questões de amor então, bem grande é a influencia da PEMBA, usando-a as jovens como se fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem deseja. "

Como era fabricada a PEMBA na antiguidade? 

Era privilegio do SACERDOTE MAIS VELHO DA TRIBO a direção dos trabalhos da fabricação da PEMBA. Esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo SACERDOTE, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber água, apenas fumando o seu cachimbo, que era considerado sagrado. 

Durante três dias e três noites e às vezes mais, a PEMBA era trabalhada, acompanhada por música de CONGO, as virgens cantavam sem cessar preces à VIRGEM PEMBA para que esta transmita todas as suas virtudes a que estão fabricando. 

A PEMBA É OBJETO DE GRANDE COMERCIO ENTRE OS AFRICANOS 

LENDA DA PEMBA 

Contam as lendas das tribos Africanas o seguinte sobre a PEMBA: 

M. PEMBA era o nome de uma gentil filha do SOBA LI-U-THAB, SOBA poderoso dono de grande região e exercendo a sua autoridade sobre um grande numero de TRIBOS. 

M. PEMBA estava destinada a ser conservada para ser virgem para ser ofertada as divindades da TRIBO, acontece porem que um jovem estrangeiro audaz, conseguiu penetrar nos sertões da ÁFRICA, e se enamorou perdidamente por M. PEMBA. 

M. PEMBA por sua vez correspondeu fervorosamente a este amor e durante algum tempo gozaram as delicias que estão reservadas aos que se amam. 

Porem não há bem que sempre dure, o SOBA poderoso foi sabedor destes amores e uma noite de luar mandou degolar o jovem estrangeiro e jogar o seu corpo no RIO SAGRADO U-SIL para que os crocodilos o devorassem. 

Não se pode descrever o desespero de M. PEMBA e para prova de sua dor esfregava todas as manhas o seu lindo corpo e rosto com o pó extraído nos MONTES BRANCOS KABANDA e a noite para que seu pai não soubesse dessa sua demonstração de prazer pela morte e seu amante, lavava-se nas margens do RIO DIVINO U-SUL. 

Assim fez durante algum tempo, porem, um dia pessoas de sua tribo que sabiam dessa paixão de M. PEMBA, e que assistiam a seu banho viram com assombro que M. PEMBA elevava-se no espaço ficando em seu lugar uma grande quantidade de massa branca lembrando um tubo. 

Apavoradas correram contar ao SOBA o que viram este desesperado quis mandar degolar a todos, porem como eles haviam passado nas mãos e corpos o pó deixado por M. PEMBA notaram que a cólera do SOBA se esvaia, e que ele tinha se tornando bom não castigando os seus servos. 

Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

“Começou a correr a fama das qualidades milagrosas da massa deixada por M. PEMBA e atravessou esta e muitas gerações chegando até nossos dias prestando benefícios àqueles que dela se tem utilizado.”

Pois bem, essas informações interessantes, porém não seguras, são encontradas dentro de qualquer caixa de Pemba. Não são informações seguras porque não citam a fonte, ou, ao menos, o autor do texto. Por isso, toda história lá contada deve ser vista com reservas.

Há também indicações de como e quando usar. Todavia, optei por não transcrevê-las aqui, por entender se tratar de informações superficiais que não iriam acrescentar em nada nosso estudo, pelo contrário, poderiam confundir o leitor.

Entretanto, havemos de concordar que a origem da Pemba é, sem sombras de dúvidas, Africana.
Ela é confeccionada com uma substância chamada “caulim” (argila pura de cor branca), Importado da África. Em razão da dificuldade de importação, o “caulim” foi substituído pelo “calcário” e a ”tabatinga”.

Sua confecção é bem simples: Basta misturar uma pequena quantidade do material citado acima triturado com um pouco de goma arábica diluída em um pouco de água, Deixá-la secar um pouco, e antes que a massa endureça dar a ela o formato desejado.
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Trata-se de um dos elementos indispensáveis dentro da liturgia Umbandista. É um elemento sagrado que, quando imantado, cruzado, pela entidade, torna-se uma ferramenta poderosa. É por meio dela que o guia espiritual irá fazer seu ponto riscado.

O Ponto riscado é a identidade do guia. É através do ponto que ele será identificado e confirmado. Cada risco feito na tábua de ponto tem o seu por quê. Tais símbolos informam qual é a entidade, de onde ela vem, atua na força de quem, entre outras coisas. Também, os símbolos riscados podem invocar a defesa contra os ataques inferiores, ou também o ataque contra os mesmos.

Esses símbolos são trazidos pela própria entidade. Não é o médium que cria tais pontos. Muito menos copia de alguns dos livros infelizes que existem por aí. Se o médium está realmente incorporado, a entidade irá riscar seu ponto com muita segurança e irá explicar exatamente o que ele representa.

"O ponto quando riscado cria um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas."

Também, é bom esclarecer que, mesmo sendo duas entidades de mesmo nome, dificilmente o ponto riscado será idêntico, vez que, por mais que sejam espíritos ligados à mesma falange, possuem ainda certa individualidade. Todavia, alguma semelhança sempre haverá.

A Penba também pode ser usada para riscar objetos, portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de caminhos.

Também, utiliza-se a Pemba para riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns e das pessoas da Assistência. E assim é feito, geralmente, para dar a eles proteção. Também é utilizada antes da realização do amaci. A Pemba, juntamente com as águas puras e ervas sagradas fortalecem a coroa do médium, trazendo maior sintonia entre ele (o médium) e suas entidades espirituais.
Os Pontos Riscados a Pemba e sua Magia

A Pemba na Umbanda

Em alguns casos específicos a Pemba pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é utilizado para determinados trabalhos e até mesmo, colocado dentro do próprio amaci. Todavia, não existe na Umbanda qualquer ritual de "sopro de pó de pemba", como existe no Candomblé.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsqWqdi-eyv9rPNES_syBzX5LrGHltPy_TV_RVJywwX2le_8fdfYn4ZlTJfPFywM98cIP8ua2kRlVmh9jBrSVl04McPDJwoX9Q2R1Uizu6NX3USrNY65alKZkL5UnUcR_lMK9aZbVu054g/s1600/DSC03566.JPGAs cores das Pembas representam à linha de qual entidade está utilizando ou a linha que se está invocando. Assim, por exemplo, um Caboclo de Ogum certamente irá riscar seu ponto de vermelho, o de Oxossi de verde, o de Xangô de marrom e assim por diante.

É bom lembrar que a Pemba não é sagrada por si mesma. Uma Pemba comprada em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será apenas um giz como outro qualquer, sem nenhuma utilidade espiritual.

Todavia, a Pemba que é cruzada e abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira arma para aqueles que sabem manipulá-la. É um instrumento de luz usado pelo guia, essencial em qualquer trabalho de Umbanda.  

Também é comum se falar em "Lei da Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão "Filhos de Pemba" é utilizada para identificar os filhos de Umbanda, aqueles que estão cumprindo as diretrizes de Aruanda.

Por fim, para homenagear esse instrumento sagrado, segue o ponto cantado na abertura de todos os trabalhos de Umbanda:

 “Ô salve a Pemba!
Também salve a toalha!
Ô salve a Pemba!
Também salve a toalha!
Salve a coroa,
É de nosso Zambi é o maior!
Salve a coroa!
É de nosso Zambi é o maior!”

Fica aqui meu apelo: ESTUDEM…

Chega de boas intenções.

Precisamos SABER, ENTENDER e AGIR COM RESPONSABILIDADE E SABEDORIA.

Mesmo porque, de boas intenções o inferno está cheio…

Axé a todos, aproveitem essas poucas informações sobre a pemba e os pontos riscados e estimulem-se a estudar mais a Umbanda e seus fundamentos.

Este texto sobre os Pontos Riscados e a Pemba surgiu a partir de pesquisa na web nos seguintes sites:

Fontes: