Será mantido pelo Grupo de Estudos do Terreiro da Vó Benedita

Tentaremos colocar aqui a religião de uma forma pratica com uma linguagem simples de se entender, sem usar expressões antigas e desconhecidas, mas sim simplificando, da forma que nosso mentor o Caboclo das Sete Encruzilhadas quer que seja nossa religião.

A Umbanda é simples, pessoas que não estudam que não se atualizam que tem medo, que tem vaidade que complicam nossa Sagrada.

Em 2013 nosso grupo de Estudos foi focado em temas básicos da Umbanda, e conseguimos construir um conjunto de 10 apostilas básicas , com assuntos essenciais a nossa religião.

No ano de 2014 iremos focar assuntos mais complexos e misteriosos de nossa Umbanda e ate mesmo de outras religiões.

Estaremos fazendo sempre uma vez ao mês na primeira ou segunda terça feira do mês.

Teremos uma hora de palestra sobre algum desses assuntos, com algum convidado participando e depois uma hora de desenvolvimento aos médiuns da casa

Lembrem disso...o desenvolvimento do médium não deve ser apenas espiritual, mas também desenvolver seu intelecto...estudar...entender as obrigações que são pedidas e feitas.

Contatos e sugestões :

João Carlos Galerani Junior - paijoaozinho@terreirodavobenedita.com

Dirigente do Terreiro da Vó Benedita

Terreirodavobenedita.com

quarta-feira, 15 de julho de 2015

VESTIMENTA



A) A roupa deve ser clara, de preferência branca expressando a pureza, e mais simples
possível, sem adornos ou enfeites, significando a humildade e a igualdade entre irmãos. O
médium não deve usar adornos (pulseiras, colares, anéis, etc.) pelos metais atrapalharem
alguns tipos de vibrações (É cientificamente comprovado que dentre as matérias tangíveis
encontradas em nosso planeta, os metais (ouro, prata, bronze etc.) constituem-se em
substâncias de grande poder magnético atrativo (capacidade de atrair, conduzir e/ou condensar
em seu corpo energias dos mais diferentes níveis e tipos)), além de que não deve ser
esquecido que nós lidamos, muitas vezes, com pessoas mais simples, e o uso desses adornos
pode incomodá-las. A vestimenta poderá ser diferenciada, em giras especiais ou festas. Os
únicos adereços que podem ser usados nas sessões são os indicados pelas entidades e
alianças (casamento, noivado ou compromisso).
Por que usamos o Branco?
Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e
fundamento, é o uso da vestimenta branca. Em 15 de novembro de 1908, data da anunciação
da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de
Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete
Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do
segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os médiuns utilizariam roupas
brancas. Mas, por quê?
Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual,
serenidade e outros valores de elevada estirpe. Vamos encontrar a razão científica do uso da
cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton. Este grande cientista do
século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes.
Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a
religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como
representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si
todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral
todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).
O branco é de Pai Oxalá, regente da Fé no Ritual de Umbanda Sagrada. Como a fé é o
mistério religioso por excelência, o astral tem estimulado o uso dos paramentos brancos. E por
isso, também, que o conjunto dos umbandistas é denominado "O exército branco de Pai Oxalá".
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B) Não devem ser usadas roupas que são usadas no dia a dia, porque elas ficam
impregnadas de vibrações, que podem ser negativas, ou já vir vestido de casa com as roupas
brancas. A roupa deve ser trocada de um trabalho para outro, não só por questão de higiene
física, mas para limpar energias negativas que porventura tenham ficado impregnadas. A roupa
ritualística é de uso pessoal e, de preferência, não deve emprestada para outras pessoas.
Deve-se usar uma roupa branca, simples, sem adornos, separada exclusivamente para os dias
de trabalho. Na Umbanda, o uniforme do médium, ou está no vestiário do terreiro, e, portanto
dentro do cinturão de defesa do mesmo, ou está em casa sendo lavado ou passado, longe do
contato direto com as forças deletérias.
C) De preferência, o médium deve trabalhar descalço, porque os pés, como as mãos, servem
como antenas para receber e doar energias, e o contato dos pés com a terra facilita a descarga
das energias negativas que foram absorvidas.
Os Pés Descalços
O solo, chão representa a morada dos ancestrais e quando estamos descalços tocando
com os pés no chão estamos tento um contato com estes antepassados.
Nós costumamos tirar os calçados em respeito ao solo do terreiro, pois seria como se
estivéssemos trazendo sujeira da rua para dentro de nossas casas.
É também uma forma de representar a humildade e simplicidade do Rito Umbandista.
Além disso, nós atuamos como pára-raios naturais, e ao recebermos qualquer energia mais
forte, automaticamente ela se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium
para que não acumule e leve determinadas energias consigo.
D) O pano branco de cabeça faz parte da vestimenta ritualística, pois filtram formas
pensamento e projeções astrais, além de seu uso significar respeito às forças divinas.
E) As roupas devem ser razoavelmente uniformizadas e confortáveis, de que o médium possa
abaixar-se, erguer os braços e sentar-se no tendo seus movimentos livres, sem expor partes do
corpo e peças. A vestimenta deve ser discreta, sem decotes avançados, camisetas s. blusas de
alcinhas, calças apertadas, blusas ou saias transparentes, que tragam constrangimentos a
outros médiuns e a consulentes. Uma das bases trazidas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas,
por ocasião da anunciação da Umbanda no plano físico, evento histórico ocorrido em 15 de
novembro de 1908, em Neves, Niterói - RJ é a que diz respeito à igualdade.
Sabemos que na atual sociedade, com valores deturpados ou invertidos, é comum as
pessoas avaliarem umas as outras, não pelo grau de espiritualidade, moral, caráter e boas
ações, mas sim pelo que se apresenta em nível de posses.
Dentro deste contexto, é corriqueiro, embora extremamente falho valorizar ou conceituar
os habitantes deste planeta tendo como base a apresentação pessoal externa do indivíduo, ao
invés de se atentar para qualificativos internos. Priorizam-se bens materiais em detrimento das
virtudes.
E é justamente por isto que a Umbanda adotou o vestuário uniforme, para que alguns
assistentes ainda enraizados em equivocados conceitos não tenham como dar vazão a seus
distorcidos juízos de valor.
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Assim, quem adentra por um terreiro na esperança de cura ou melhora de seus
problemas, jamais terá a possibilidade de identificar no corpo mediúnico, todos com trajes
iguais, eventuais ou supostas diferenças intelectuais, culturais e sociais. Não terá a
oportunidade de saber se por trás daquela roupa sacerdotal encontra-se um rico, empresário,
um camelô, ou uma empregada doméstica. Na Umbanda, Sopro Divino que a todos oxigena o
personalismo ou destaque individual é algo que jamais deverá existir. Somos meros veículos de
manifestação da espiritualidade superior, e por isto, devemos sempre nos mostrar
coletivamente, sem identificações pessoais ou rótulos. Somos elos iguais de mesma força e
importância neste campo de amor e caridade denominado Umbanda.
F) A Roupa Branca é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado,
idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas
limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), não se admitindo que um médium,
após seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica
velha, estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada, pois
se trata de um instrumento de trabalho do médium.
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
a) O trabalho exclusivo para o médium, dito de desenvolvimento é por demais importante,
porque propicia ao dirigente a oportunidade de tratar do médium de todas as formas, inclusive
no equilíbrio de sua vibrações com os sés guias.
b) O médium não deve se apressar ou angustiar para conseguir um desenvolvimento rápido,
nem medir seus avanços com dos outros, pois cada um carrega características próprias, além
de momentos diferentes para alcançar os resultados.
c) Não se deve provocar manifestações precipitadas ou extraordinárias nos médiuns iniciantes,
nem usar meios não apropriados.
d) As canalizações dos guias dos médiuns devem ser feitas de maneira suave, equilibrada e
disciplinada, dando oportunidade à mente do médium de se manter ativa e consciente das
vibrações que sente, assim também para que a entidade possa adequar as suas vibrações com
as do médium, atingindo um equilíbrio, segurança e conforto nas comunicações.
PREPARO PARA A REUNIÃO MEDIÚNICA
a) Nas vinte e quatro horas que antecedem os trabalhos, salvo alguns muito poucos com
especiais características, o médium deve abster do sexo, álcool e carne vermelha, pois além de
deixarem vibrações e eflúvios negativos e duradouros na sua psique, são propícios para os
espíritos menos evoluídos, sem luz, sofredores e fingidores, atrapalhando as vibrações do
médium.
b) O dia da reunião mediúnica deve ser encarado com um dia especial por parte do médium.
Além das abstinências citadas no item anterior, é importante que o médium evite os excessos e
os vícios. É como se fosse um estado pré-operatório, no qual os trabalhadores devem se
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alimentar levemente, mantendo-se calmos e descansados e tendo uma noite de repouso até
por mais horas na noite da véspera dos trabalhos, se possível.
c) A preparação mais importante e eficiente continuará sendo a higiene mental (a leitura e o
estudo edificantes, os bons pensamentos e a contínua vigília nos atos). O objetivo é iniciar esta
preparação nos dias dos trabalhos até que se consiga fazer isso diariamente a todo o momento,
lembrando que o bom médium pode ser chamado a trabalhar no sono físico, a qualquer dia e
não apenas no dia da reunião mediúnica.
PROCEDIMENTOS DURANTE OS TRABALHOS
a) Como todas as demais tarefas de um grupo de trabalho espiritual, as reuniões devem ser
encaradas com muita responsabilidade e disciplina, tanto pelo lado dos dirigentes como dos
trabalhadores, sendo um dos pilares fundamentais ao seu bom desenvolvimento.
b) Em todos os aspectos da vida, devemos nos lembrar que a disciplina funciona como peça
realização d
respeitar as normas da casa na qual estão trabalhando.
c) Ao chegar à sala de atendimento, mesmo antes de começarem os trabalhos, o médium não
deve ficar em atitudes ou pensamentos fúteis ou impróprios para o ato, mas deve, desde logo,
procurar se concentrar em seus guias, aquietar o seu corpo e espírito, preferencialmente em
estado de meditação. Com isso, propicia facilidades para que a espiritualidade, que já está a
postos, possa começar a executar alguns trabalhos ou preparações.
d) Com a concentração e meditação antecipadas, o médium tranqüiliza seu corpo físico e
coloca seu corpo astral pronto para o início dos trabalhos. Deve por isso, permanecer calmo e
suave e voltar os seus pensamentos em DEUS e nos seus guias, para fins de melhor
aproveitamento de sua mediunidade.
e) O médium deve ficar todo o tempo com a sua mente concentrada somente na reunião, não
deixando a sua atenção se desviada para nada, mormente com curiosidade relativa aos
trabalhos que estão sendo executados.
f) O conjunto dos médiuns forma uma corrente magnética vibratória que envolve toda a sala de
reunião espiritual, por isso o médium deve manter-se concentrado para não haver quebras ou
sobressaltos, assim como não deve deixar o ambiente antes do término dos trabalhos.
g) O médium nunca deve se esquecer que o seu mentor não trabalha sozinho, mas em
conjunto com as suas qualidades e características, inclusive utilizando dos seus conhecimentos
e da sua moral. Assim, os guias dependem da seriedade, do interesse e da sinceridade do
médium para trabalharem sem errar. Por isso, o médium tem a obrigação de auxiliar
mentalmente aos seus guias durante a realização dos trabalhos.
h) Durante os trabalhos, o médium que não estiver sendo canalizado ou não estiver diretamente
envolvido, não deve pensar que não está sendo utilizado. Os trabalhos são feitos em variadas
nuances e faixas vibratórias, e as suas emanações energéticas podem estar sendo usadas
naquele momento, ainda que não seja de maneira perceptível.
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i) Os cânticos, os pontos riscados, as velas e os copos de água são modalidades de
estabelecer uma determinada faixa vibratória para uma das sete vibrações da Umbanda,
atraindo, assim, a energia propícia para os trabalhos.
CUMPRIMENTO DOS HORÁRIOS
A observância do horário de início e término dos trabalhos deve ser praticada, em respeito
ao plano espiritual, que sempre está pronto para o início no horário estipulado, ao corpo
mediúnico e à assistência.
ASSIDUIDADE AOS TRABALHOS
a) O médium deve evitar faltar aos trabalhos por atrapalhar a programação da assistência feita
pela equipe espiritual, que conta com a presença daquele médium específico por causa de
alguma característica mediúnica que possua que ajudará em um determinado atendimento.
b) Sempre que o médium precisar faltar ao trabalho deve se possível, avisar aos dirigentes o
mais cedo possível, porque assim a espiritualidade fica avisada, fazendo um novo planejamento
e não havendo improvisos ou falta de atendimento.
PREPARAÇÃO COMPORTAMENTAL DOS MÉDIUNS
"Se tiveres que chorar por alguém que errou, chora por ti mesmo. Se tiveres de alterar a voz
com irmãos que julgastes incursos em erro, altera a voz contigo mesmo.
r alguma virtude que não possuis, fala das qualidades dos companheiros
Espírito
Médium é toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos espíritos. A
mediunidade é a faculdade que, se desenvolvida ordenadamente, poderá servir de veículo de
comunicação entre os dois planos da vida, o espiritual e o material. Essa faculdade é inerente
ao homem, porém, usualmente, tal qualificação só se aplica àqueles que, devido a organismos
mais sensíveis, têm a faculdade mediúnica nitidamente caracterizada e manifestada por efeitos
de uma intensidade maior. A mediunidade é um dos recursos mais eficientes para o resgate de
carmas.
A mediunidade é a exteriorização de um dom que aflorou no ser e que, se bem
desenvolvida, irá acelerar sua evolução espiritual. Portanto, não é provação. Também não é
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uma punição cármica, mas um ótimo recurso facultado pela Lei, para a harmonização com
nossas ligações ancestrais.
O médium, desde que integrado à corrente espiritual de um centro de Umbanda, torna-se
beneficiário direto dos orixás, recebendo seu amparo e direção. Mesmo que sua mediunidade
de incorporação demore a aflorar, ou nunca aconteça, está religado aos orixás por sua fé e é
importante para a corrente, que confiará a ele algum outro tipo de trabalho nas atividades da
casa: auxílio ao trabalho dos guias, orientação à assistência, canto dos pontos aos orixás, etc.
Todos os médiuns de uma corrente estão sob a irradiação direta dos orixás.
O terreiro é um lugar de meditação e trabalhos espirituais, não de comentários e
observações. Jesus disse: "Orai e vigiai", para que não penetrem no rebanho ovelhas negras,
evitando assim que se estraguem as outras.
A meditação e a firmeza de cada médium evitam que ocorram fatos desagradáveis durante
os trabalhos.
Todo médium que não esteja concentrado deverá ficar atento na incorporação e
desincorporação de seus irmãos de fé, pois é dever de todos evitarem que acidentes
aconteçam.
Procure dar exemplos de paciência e desprendimento, servindo a todos com bondade e
dedicação.
Não dê ouvidos às intrigas e calúnias. Só as árvores frutíferas são apedrejadas, na tentativa
de derrubar seus frutos. A uma árvore estéril ninguém dá importância. A calúnia muitas vezes é
uma honra para quem a recebe. Nunca pare seu serviço por causa da calúnia, se parar estará
dando razão ao caluniador.
As dúvidas que surgirem no corpo mediúnico deverão ser levadas ao conhecimento do
diretor espiritual, para melhores explicações e esclarecimentos. Quando o médium souber algo
a respeito de seu irmão que o mesmo está sujeito a complicações com terceiros, deverá dirigirse
à Diretoria e explicar o fato, porque o mal se corta pela raiz.
São muitas as oportunidades que o filho de fé recebe, basta saber aproveitá-las.
PREPARAÇÃO COMPORTAMENTAL E DEVERES DOS
CAMBONES E DOS AUXILIARES
"Estamos todos ligados uns aos outros e todos em Deus."
Espírito Miramar
Muitos imaginam que só pode participar das atividades dos terreiros quem é médium de
incorporação. Existem diversas formas de mediunidade e os templos umbandistas necessitam
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de muitas pessoas colaboradoras, para seu bom funcionamento físico e espiritual. Se todos
dentro do terreiro incorporarem, quem irá cantar os pontos, quem irá cambonar, quem irá ajudar
a amparar os médiuns novos que estão aprendendo a girar?
Todos nós podemos vestir o branco, principalmente dentro do coração, isto é, vestir nosso
espírito de branco em prol de um trabalho de caridade e caritativo e verdadeiro. Os cambones
são trabalhadores abnegados que cuidam para que tudo esteja em ordem e atendem às
necessidades dos Guias incorporados, quando precisam de algum elemento material.
São muito importantes e são os grandes responsáveis pelo bom andamento das atividades
do templo, durante um trabalho. São médiuns preparados para a doutrinação de espíritos
menos esclarecidos e para o auxílio na firmeza dos rituais.
Há cambones que não são incorporantes, mas são capacitados e consagrados no trabalho
de auxiliar e servir os mentores e guias durante os trabalhos. Há aqueles que estagiam nessas
funções e preparam seus espíritos para a prática da mediunidade de incorporação. Em algumas
casas, essas funções funcionam como porta de entrada da mediunidade, pois o médium
aprende primeiro a cambonar, para depois vibrar sua mediunidade ativa, junto com os médiuns
mais experientes.
Somente os cambones preparados têm autorização para auxiliar as entidades na
manipulação magística de elementos diversos, pois seu corpo espiritual foi preparado para isso.
DEVERES DOS CAMBONES E DOS AUXILIARES
Preparar-se antes dos trabalhos e concentrar-se durante eles.
Conhecer bem as normas da casa.
Preparar, antes da abertura da gira, o que as entidades costumam solicitar.
Servir e respeitar os Guias e os médiuns. Sempre chamar as entidades pelo seu nome de
força.
Saudar a entidade e acomodá-la no seu lugar.
Entregar para a entidade tudo o que ela solicitar.
Manter-se concentrado e em total sintonia com os Guias que estiver cambonando.
Se a entidade riscar o ponto pela primeira vez, copiá-lo e depois passar para o médium, ou agir
conforme as normas da casa,
Manter-se atento aos atendimentos realizados pêlos Guias, principalmente quando o médium é
iniciante na função. Caso a entidade de algum filho faça algo incompatível com as normas da
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casa, comunicar isso a ela, com muito respeito, explicando-lhe que nessa casa não é permitido
agir daquela maneira.
Esclarecer dúvidas dos consulentes, quanto ao entendimento da fala do Guia, prestando
atenção e anotando as receitas de ervas, acendimento dos charutos, cachimbos, cigarros,
velas, etc.
Anotar o que as entidades indicam aos consulentes: banhos, defumações e outras
recomendações.
Ser discreto e preciso. Não ouvir nem participar do diálogo entre o consulente e a entidade. Se
solicitado na conversa, por qualquer motivo, ser o mais discreto e educado possível. Nunca
revelar o que ouviu durante o atendimento, a não ser para o dirigente da casa, caso seja
necessário.
Nunca interferir nas decisões da entidade.
Agir com atitudes de respeito, amor, caridade e fraternidade, desinteressadamente, em relação
aos consulentes e freqüentadores do templo.
Despedir-se do(s) Guia(s) que cambonou, antes de suas retiradas, agradecendo sua(s)
vinda(s) ao terreiro, desejando-lhe que "Pai Oxalá lhe dê muita luz e força".
Preparar-se sempre, buscando mais esclarecimentos e estudos acerca da espiritualidade.
Em diversos terreiros de Umbanda existe uma classificação para os responsáveis pêlos
serviços gerais:
o Cambone Chefe responsável geral, que prepara e defuma o templo, para que o
sacerdote e os demais médiuns desenvolvam seu trabalho.
o Cambone Sub-chefe responsáveis pêlos médiuns já desenvolvidos.
o Cambone de Terreiro executa serviços gerais e auxilia os médiuns.
o Cambone de Assistência é responsável pelo encaminhamento das
pessoas para as consultas espirituais.
o Cambone Iniciante médium em princípio de aprendizagem.

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